[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Ao contrário do que noticiou o Jornal da Cidade em sua edição de hoje, dia 16, sendo, inclusive, manchete de primeira página e reproduzida por várias emissoras de rádio, o detento José Carlos Melo, de 36 anos, não morreu por negligência médica do posto Adel Nunes, no bairro América.
O posto atendeu ao presidiário José Carlos Melo, com suspeita de leptospirose na última quarta-feira, dia 09, e como o caso era grave encaminhou ao Hospital João Alves Filho, onde ele veio a morrer. Ao contrário do que foi alardeado por alguns órgãos da imprensa, o paciente não passou três vezes pelo posto sem que fosse dado o diagnóstico.
A matéria de manchete do Jornal da Cidade traz uma série de informações equivocadas que foram desmentidas pelo próprio diretor da Casa de Detenção de Aracaju, Gisélio Gonçalves Lima. O jornal disse que o preso foi encaminhado três vezes à unidade de saúde da prefeitura, sendo este o principal fator responsável pelo falecimento.
“Quando o preso adoece, ele é direcionado ao serviço social que o encaminha ao posto Adel Nunes e, quando o caso é grave, o posto encaminha o paciente de imediato ao hospital João Alves Filho, como foi o caso de José Carlos. Ele não esteve três vezes no posto”, explicou o diretor durante entrevista a um programa de rádio.
De acordo com Gisélio Gonçalves, o detento adoeceu na quarta-feira da semana passada, dia 09. “Ele foi internado no hospital João Alves no mesmo dia e, para a surpresa nossa, na sexta-feira o preso foi devolvido com um cartão de pedido de alta assinado por ele”, relatou. O diretor estranhou também porque José Carlos é analfabeto e, diante da irregularidade, encaminhou um ofício para a direção do hospital. No documento, ele disse que o preso não tinha vontade própria, pois está sob custódia do Estado, e que seu quadro de saúde era crítico. “Devolvemos o preso ao hospital por volta das 13 horas da sexta-feira e, para nossa surpresa, às 20 horas ele faleceu”, afirmou Gisélio Gonçalves.
De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Mônica Sampaio, “a leptospirose é uma doença de difícil diagnóstico, transmitida pela urina de ratos de esgoto. Os sintomas se confundem com outras infecções, inclusive com a dengue. A doença pode evoluir de duas formas, uma grave, e uma mais leve, que na maioria dos casos (70%) encaminha para a cura”.
O problema da falta de higiene e do grande número de ratos na Casa de Detenção é grave e do conhecimento de todos. O Centro de Controle de Zoonozes da Secretaria Municipal de Saúde, já este ano, esteve no presídio para fazer a desratização, mas a direção informou que não era necessário porque já havia realizado.
A equipe de investigação da SMS visita o presídio sempre que existe comunicação de doenças de notificação compulsória e efetua as medidas de controle. A equipe esteve, inclusive, no dia 10 de agosto para investigar um outro caso suspeito de leptospirose que evoluiu para cura.
Hoje as coordenadoras da Vigilância Epidemiológica Mônica Sampaio, e da Vigilância Sanitária Wandha Karine visitaram o presídio para avaliar a situação. O relatório da visita deve ser divulgado até a próxima sexta-feira.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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