[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O sonho de todo trabalhador é um dia montar o próprio negócio. Uma realidade ainda muito longe para grande parte da população brasileira economicamente ativa. Mais difícil ainda é a situação de milhares de famílias que não têm nenhuma fonte de renda e vivem ao acaso de políticas assistencialistas que só aprofundam as desigualdades sociais e aumentam cada vez mais o número de desempregados. Mas pequenos projetos de geração de emprego e renda, desenvolvidos pela Prefeitura de Aracaju, através da Fundat – Fundação Municipal do Trabalho -, vêm ajudando dezenas de famílias da capital a sonhar com o próprio negócio.
Ontem, dia 20, a Fundat encerrou mais um curso de qualificação profissional. Cerca de 20 mulheres participaram do curso básico de corte e costura que foi realizado na Casa da Doméstica, localizada no centro da capital. “O objetivo maior desses programas desenvolvidos pela Prefeitura de Aracaju é formar cooperativas entre as pessoas que participam do curso”, afirmou a coordenadora pedagógica da Fundat, Maria José Santana.
Das 20 mulheres que participaram do treinamento, a maioria não lembra o dia em que recebeu um salário mensal. E o que é pior: muitas sobrevivem da ajuda de familiares. É o caso de Luzinete Apolinário, de 29 anos. Com dois filhos pequenos, ela paga o aluguel com a ajuda da sogra e do ex-marido. “Gostei muito do curso e aprendi muito também convivendo com minhas amigas”, diz sorridente ao mostrar o resultado do curso. “Fiz dois vestidos e um short para as crianças, além de blusas para mim”, reforça.
A situação de Maria Isabel Brasil também não é diferente das demais. Aos 40 anos, desempregada há meses e com nove filhos para criar, ela não perdeu tempo nem a esperança. “Sou cozinheira profissional há mais de 20 anos, mas não perco as oportunidades. Vim fazer este curso porque é mais uma porta que se abre para mim. Estou muito feliz, apesar das dificuldades que tenho tido”, afirma mostrando as três roupas que produziu.

Auto-estima
Segundo a professora que ministrou o curso, Maria das Montanhas, o treinamento vai além da qualificação técnica. Das 180 horas de aulas, o módulo inicial trata das relações interpessoais e de cidadania. “Nós precisávamos entender primeiro os dramas de cada uma delas para depois iniciar o aprendizado. Percebemos ao final que elas saíram com a auto-estima melhor do que quando entraram”, diz. Cerca de 10 horas do curso são destinadas para essa finalidade.
As aulas, que iniciaram no dia 13 de agosto, aconteciam sempre às segundas e às quartas no período da tarde e, apesar da dificuldade de muitas não terem transporte, a freqüência sempre foi satisfatória. Todas elas têm pelo menos 85% de presença nas aulas. “Sempre fiz todo o esforço para não faltar”, diz Edinei Silva Nascimento. Ela mora no povoado Cardoso, município de São Cristóvão, e foi a campeã na produção de roupas. “Consegui fazer nove peças. Fiz roupa para toda a família”, entusiasma-se.
Após a solenidade de encerramento do curso, que contou com as presenças de representantes da Fundat e familiares das novas costureiras, a Prefeitura de Aracaju, juntamente com a Casa da Doméstica, ofereceu um coquetel aos participantes.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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