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A vida de muitos brasileiros que vivem no interior do país é embalada por canções românticas, cujas letras extremamente passionais e a boa aceitação nas camadas populares lhe renderam a alcunha de música brega. É esse universo que está escancarado no documentário ‘Vou Rifar Meu Coração’, dirigido pela cineasta Ana Rieper. O filme só chega aos cinemas em agosto, mas quatro cidades sergipanas tiveram o privilégio de receber o lançamento da obra.

‘Vou Rifar Meu Coração’ foi exibido gratuitamente na última quinta-feira, 31, em um povoado de Moita Bonita, e no dia seguinte na praça central de Laranjeiras. Os municípios de Simão Dias e Canindé de São Francisco recebem o lançamento do filme nos dias 02 e 03 de junho, respectivamente. Todas as exibições contam com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), das prefeituras municipais e do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV).

Como nasceu o filme

Em Laranjeiras, a diretora carioca Ana Rieper contou que a ideia de produzir um documentário sobre o mundo da música brega nasceu no período em que trabalhava na ONG Canoa de Tolda, na região do baixo São Francisco, em Sergipe. “Convivendo com a população local, fiquei impressionada como famílias aparentemente tradicionais falavam sobre amor, paixão e sexualidade de forma aberta”, explicou a cineasta.

Como passou quatro anos vivendo nos municípios ribeirinhos, Ana, que também é antropóloga, estabeleceu uma relação pessoal com os moradores. Frequentando as casas, o comércio e as festas da região, percebeu o quanto era forte o movimento da música brega. “As canções tocavam as pessoas. Notei que havia uma relação direta entre aquelas músicas e quem as ouvia”, relembrou Ana.

Entre a ideia e a finalização, foram aproximadamente oito anos de muito trabalho para viabilizá-lo. O filme virou realidade graças ao patrocínio da Patrobras, através do programa Petrobras Cultural, e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), por meio de uma seleção pública realizada em 2010.

Vibração do público

O apelo popular do documentário fisgou quem acompanhou a exibição em Laranjeiras. Os espectadores iam ao delírio com as canções de Amado Batista, Lindomar Castilho e Pablo do Arrocha, por exemplo. Os depoimentos dos artistas e de personagens interessantíssimos encontrados pela produção também empolgaram bastante, criando uma identificação imediata com o público.

Exemplo disso é dona Maricélia Andrade, 48 anos, que se emocionou em muitas cenas. “Relembrei vários momentos da minha vida com esse filme, pois muitas dessas músicas falam um pouco de mim”, disse Maricélia, que elogiou ainda a iniciativa de exibir o filme em praça pública. “Foi ótimo porque trouxe o cinema para pessoas que não têm condições de ir a um”, comentou.

O casal Mariana e Ednaldo Brasil assistiram ao documentário na primeira fila e rasgaram elogios à produção. “Gostamos muito. Criativo e original”, definiu o rapaz. “Foi muito legal a ideia de passar o filme no meio da praça, pois atraiu a curiosidade dos moradores e despertou  várias reações da plateia, já que muitos se identificaram bastante com as histórias”, disse Mariana.

Exibições

No sábado, dia 2, a sessão ocorreu na Praça Gênis Gomes, em Simão Dias. No domingo, 3, às 21h, sfoi a vez da população de Canindé de São Francisco conferir o lançamento do longa-metragem na Praça Matriz.

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