[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O trabalho de inclusão social realizado pelo Centro de Apoio Pedagógico (CAP) para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual, no bairro São José, ganhou um novo suporte. A Prefeitura de Aracaju pintou todo o centro, reformou uma sala de intervenção precoce especialmente para atender crianças de 0 a 6 anos e a Associação dos Deficientes Visuais de Sergipe (Adevise), que antes funcionava no local, ganhou uma nova sede na Escola de Artes da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju). Além disso, desde ontem a Secretaria Municipal de Educação (Semed) atende à determinação do Governo Federal e incorpora oficialmente o centro, que está ligado ao município e diretamente vinculado ao gabinete do secretário que comandar a pasta da Educação.

A inauguração da nova sala contou com uma curiosidade. A placa descerrada tem uma versão em Braille afixada na parede. “É com alegria que hoje vamos agregar mais um serviço para a comunidade aracajuana e sergipana, porque não há outro centro deste porte no estado de Sergipe. Pessoas de outros municípios também dependem desta instituição para terem seus direitos respeitados”, informou o prefeito Marcelo Déda. A nova sala do CAP vai ser utilizada para estimular crianças a fazer cálculos matemáticos com a técnica chamada de Sorobã, além de aprender a ler e escrever em Braille. “Vamos criar condições para que o pequeno cidadão já comece a ter contato com as técnicas de inclusão, sensibilização, com o suporte educacional e psicológico para poder conviver na integridade de sua condição com outros membros da sociedade”, completou.

O CAP atende atualmente a 144 alunos que, além das técnicas de comunicação em Braille, participam de aulas de educação física adaptada, orientação e mobilidade, música, terapia e natação, dentre outras. Segundo a secretária municipal de Educação, Rosangela Santana, o atendimento prestado aos deficientes em Aracaju é de grande qualidade. “O nosso grupo que se especializou em educação especial é de alta competência, e temos até trabalhos premiados. Isso é resultado do empenho da prefeitura, que não fecha os olhos e nem deixa de ouvir as reivindicações dos deficientes”, afirmou. Uma professora do CAP está sendo capacitada em Salvador pelo Centro de Intervenção Precoce do Instituto de Cegos da Bahia para trabalhar com as crianças de 0 a 6 anos que serão atendidas na nova sala.

A coordenadora do CAP, Margarida Maria Teles, informou que existem atualmente 60 alunos na lista de espera para atendimento no centro e destacou a necessidade de produzir mais livros em Braille para inserir os alunos deficientes no ensino regular. Já o presidente da Adevise, José Francisco Quirino, contou a história de luta dos deficientes visuais em Aracaju e ressaltou o significado da nova sede para a instituição que agora está homologada como sendo de interesse público. Para Manoel Santa Rosa, presidente da Associação Brasileira dos Educadores dos Deficientes Visuais, as conquistas representam a garantia dos direitos de ir e vir dos cidadãos deficientes.

Ampliação do acervo em Braille

Recentemente reformada e ampliada pela Prefeitura de Aracaju, a Biblioteca Clodomir Silva, no bairro Siqueira Campos, tem uma sala de leitura dedicada aos deficientes visuais com vários títulos em Braille no seu acervo. Desde fevereiro deste ano, um curso nesta linguagem está sendo ministrado por Francisco Luiz de Souza, deficiente visual e coordenador do setor de Literatura em Braille da biblioteca, que também conta com um elevador para garantir a locomoção adequada de deficientes físicos.

De acordo com o prefeito Marcelo Déda, não haverá economia de esforços para ampliar cada vez mais o acervo. “Vamos continuar este trabalho não apenas comprando títulos ou buscando os institutos pelo Brasil, mas também fortalecendo o departamento de produção de obras em Braille para que as pessoas tenham acesso à literatura dos mais variados temas e se integrem à vida cotidiana”, garantiu. A nova biblioteca que está sendo construída pela prefeitura no conjunto Augusto Franco também disponibilizará à comunidade acervo em Braille.

Reconhecimento e homenagens

O CAP foi originalmente criado há cinco anos na gestão do ex-prefeito João Augusto Gama, que esteve presente à inauguração da nova sala da instituição e entrega da chave da nova sede da Adevise. “Foi dele a responsabilidade de deflagrar este processo com coragem, porque se ele fosse esperar todo o processo burocrático necessário, talvez tivesse concluído sua gestão sem iniciar as atividades do centro”, destacou o prefeito Marcelo Déda.

A portadora de deficiência visual e ex-aluna da rede municipal de ensino, Gilvaneide Souza Garangal, 23 anos, foi homenageada durante a inauguração e recebeu flores das mãos do prefeito Marcelo Déda. Gilvaneide foi a primeira deficiente a ser aprovada na história do vestibular da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Dos nove portadores de deficiência inscritos este ano nos diversos cursos, a estudante foi a única aprovada e começa a estudar Letras com habilitação em Português a partir de maio.

Ao final da solenidade, de que participaram também o vice-prefeito Edvaldo Nogueira, a procuradora do Idoso e do Deficiente no Ministério Público, Berenice Andrade, e diversos secretários municipais, o grupo de flauta doce Clave de Sol, mantido pelo CAP, e o coral da Adevise, anteciparam o clima junino tocando e cantando com muita animação clássicos do forró.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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