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As entidades de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) do Nordeste estiveram reunidas em Sergipe, juntamente com a Associação Brasileira de Entidades de Ater – Asbraer, para discutirem o Plano Safra Semiárido, lançado pelo Governo Federal no início de agosto e que prever R$ 7 bilhões em investimentos. As discussões, que aconteceram nos dias 22 e 23, giraram em torno, sobretudo, da ampliação do crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e as dificuldades enfrentadas para o seu implemento junto ao homem do campo.
 
A reunião foi definida numa assembleia regional Nordeste, que teve como discussão a implementação do crédito agrícola, que é importante para o desenvolvimento do produtor e o fortalecimento das instituições que colocam à disposição as políticas públicas. “Estamos fazendo com todas as nossas entidades de Ater, porque nossa preocupação é como utilizar melhor esses recursos e os encaminhamentos que foram dados aqui vão nortear exatamente essa questão, de sentar com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Banco do Nordeste, e dizer que o crédito rural deve ser orientado e bem utilizado para responder melhor aos anseios da sociedade”, disse o presidente da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) e diretor Regional Nordeste da Asbraer, Jefferson Feitoza de Carvalho.
 
Ainda segundo ele, as preocupações enfrentadas pelas instituições que prestam serviços de Ater são as dificuldades de se implementar o crédito, bem como a forma como está chegando ao produtor. “Entre as dificuldades dos agentes financeiros está o fato deles não entenderem qual a melhor forma de chegar à ponta, porque o crédito não é só o financiamento, mas sim toda uma orientação e de educação de como chegar ao produtor”, explicou, acrescentando que “as entidades devem sentar com os agentes financeiros e colocar para eles que o crédito tem toda uma proposta social, econômica e de resultados, porque não adianta está se utilizando milhões e milhões de dinheiro, sem ter resultado”, disse.
 
“Hoje, com o Plano Safra da agricultura familiar temos dificuldades operacionais, tanto dos sistemas Emateres como o do BNB – que é o grande operador do no Pronaf no Nordeste – para conseguir aplicar a totalidade de recursos já disponíveis”, ressaltou o diretor Técnico da Emater do Ceará, Walmir Severo Magalhães.
 
Magalhães frisou ainda que com a reunião, foram levantadas s soluções para consubstanciar um documento que deverá ser levado aos agentes financeiros de forma a dar maior eficiência na aplicação dos recursos. “E também ficou para ser encaminhado um trabalho com proposições ao MDA, para que se faça uma negociação em nível nacional, podendo chegar a alteração de normas de créditos dentro do próprio MCE ou discussões com o Banco Central, e com o Ministério do Planejamento, de forma fortalecer o serviço de assistência técnica e extensão rural proporcionando, dessa forma, a prestação de um serviço de Ater com qualidade”.
 
Já para o diretor Executivo da Asbraer, Hecto Carlos Barreto Sobral, “o papel da Asbraer, nesse espaço de discussão, é justamente buscar elementos técnicos e estratégico que possibilite à entidade a condição de negociar com a presidência do Banco do Nordeste e também com outros bancos uma proposta evidenciando que a Ater tem um papel fundamental no crédito e o seu acesso pelos agricultores familiares”.
 
Entre outros assuntos, também foi discutida a criação da Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater), que é um projeto de lei que está em votação na Câmara Federal que vai definir uma coordenação entre as associadas do Nordeste e do Brasil buscando nas melhores “espertises” do sistema, na questão do planejamento, até na condução da Ater. “Então, a importância desses momentos, para que a agente tenha uma rede Asbraer mais forte e, com isso, a extensão rural chegando com mais qualidade para os agricultores familiares”.
 
As discussões terão continuidade numa próxima reunião que deverá ocorrer em João Pessoa, na Paraíba, nos dias 19 e 20 de setembro. Nela, a Asbraer Nordeste pretende fechar alguns pontos, a exemplo da capacitação para técnicos de Ater e agentes financeiros e apresentar o Termo de Referência de como deverá ser trabalhado o crédito agrícola.

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