Conselho da Pessoa Portadora de Deficiência elogia ações de inclusão social da PMA
Presidido por Gorete Medeiros, o colegiado e as comissões ajudam ao Conselho na busca dos direitos dos PNEs. Cada comissão tem o seu papel a desenvolver na área de eventos, cultura, educação e desenvolvimento. O Conselho é muito importante, pois luta pelo respeito e direito à cidadania dos assistidos. De acordo com a lei de cotas nº 8.213, as empresas, sejam elas públicas ou privadas, obrigatoriamente, devem empregar portadores de necessidades especiais nos quadros efetivos. Foi determinado um prazo, até o dia 30 deste mês, para que todos os estabelecimentos – bancos, comércio, escolas – empreguem PNEs.
Através de parceria com algumas instituições, o Conselho profissionaliza os deficientes para que eles sejam inseridos no mercado de trabalho. “Nós direcionamos os portadores para instituições como Apada, Apae e outras. Lá eles dão todo um aparato necessário para que eles aprendam a criar, trabalhar em conjunto e acima de tudo respeitar o próximo. Eles também têm que ser um cidadão do amanhã, precisam do direito ao trabalho. O legal é que já existem também alguns aparelhos próprios para deficientes como o TPS 01 (Terminal Telefônico Para Surdos) que facilita a socialização do cidadão”, informa Gorete.
Segundo a advogada do Conselho, Maria Isabel, a sociedade ainda demonstra preconceito com relação aos deficientes e o Conselho permanece na luta constante de inclusão. “O preconceito começa dentro da própria família, infelizmente os próprios familiares têm vergonha deles. Muitos escondem os deficientes; é uma situação lamentável. Precisamos alertar a sociedade que o deficiente não é incapaz, muito pelo contrário, às vezes é até mais capaz de que os ditos ´eficientes´. Um dos maiores cientistas do mundo é deficiente, vive numa cadeira de rodas”, desabafa, acrescentando que recentemente recebeu uma denúncia que um portador de deficiência estava sofrendo maus tratos em casa.
Para a assistente social do Conselho, Selma Cavalcanti, com a união de todos a luta terá resultados significativos. “Nada se consegue fácil. ´Água mole em pedra dura tanto bate até que fura´. Nós mulheres conseguimos um lugar ao sol, bem assim é o deficiente. Hoje já temos deficientes nas faculdades, no mercado de trabalho. Estamos lutando também pra que eles se aceitem como deficientes e não como portador de deficiência, porque quando ele se aceita, ninguém lhe atinge”, esclarece, informando ainda que a Prefeitura no Forró Caju disponibilizou um espaço estruturado para os deficientes.
Carlos Almeida, 37, portador de necessidade especial, concorda que a iniciativa da Prefeitura no evento foi muito importante. “É legal saber que existem pessoas preocupadas com a gente. E o Conselho também ajuda muito; eu gosto muito daqui, sempre participo das festas. Não deixo de participar de nada, eu estou sempre em tudo, é a minha luta. Aqui eu aprendo o que é certo e o que é errado. Nós temos o direito ao lazer e esse espaço nos eventos”, coloca.
Uma outra ação da PMA elogiada pelos membros do Conselho foi a campanha ´Calçada Livre´, desenvolvida por meio da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), que oferece mais segurança no deslocamento nas calçadas de Aracaju. “A cidadania é pra todos: branco, negro, mulher, deficiente etc. O deficiente tem mais dificuldade, porque se cultiva muito o belo, qualquer coisa que foge ao padrão é tido como feio. Eles precisam ser tratados como cidadãos, com igualdade. A campanha que a SMTT está fazendo é muito importante pra os cadeirantes”, comenta Gorete Medeiros.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]