[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Coordenação de Vigilância Epidemiológica (Covep), vem realizando ativamente o monitoramento dos casos de hepatites virais em Aracaju. Dado que a doença não apresenta sintomas, somado ao desconhecimento proporcionado pela descoberta recente da mesma, estima-se que milhões de pessoas em todo Brasil podem ter os vírus das hepatites B e C e não sabem, o que implica em uma busca ativa por parte da Vigilância Epidemiológica em laboratórios e hospitais para o controle e monitoramento dos casos.

Intimamente associada a fatores de higiene pessoal e saneamento básico como falta de água encanada e escoamento de esgotos, como também à transmissão sexual e transfusão sanguínea, a doença já pode ter acometido cerca de 70% dos brasileiros, no caso da hepatite A, e 15% nos casos da hepatite B, é o que estima o Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV). Em Aracaju, 103 pessoas contraíram a doença em 2005, sendo 27 casos do tipo B e 21 do tipo C, tipos da doença onde pode haver uma evolução crônica.

“Por se tratar de uma doença assintomática, já que apenas a hepatite A, que não tem uma evolução crônica, expõe seus sintomas, devem existir inúmeros casos de pessoas que apresentam a doença e não sabem. Desta forma a nossa busca em laboratórios, hemoses e hospitais é ativa. Nós procuramos os casos e vamos ao encontro dessas pessoas para fazer o monitoramento, passando informações e acompanhando o tratamento”, explica a coordenadora da Covep Tânia Maria dos Santos.

Tânia explica que em todas as Unidades de Saúde da Família (USF) do município e no Centro de Tiragem e Acolhimento (CTA) são feitos o diagnóstico e o aconselhamento. Nos casos crônicos, a exemplo dos tipos B e C, o tratamento é ofertado no Núcleo de Hepatites Virais, localizado no Hospital Universitário (HU). Segundo a coordenadora, cuidar da higiene pessoal, das condições sanitárias do ambiente em que vive, usar preservativos e exigir atestado sanguíneo para transfusões são condições para prevenção da contaminação da doença.

Diagnóstico
Hepatite é o termo designado para inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus ou por elementos tóxicos. As hepatites virais têm grande importância pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e crônicas.

Na hepatite A, única em que os sintomas são facilmente percebidos, a transmissão se dá através da água e de alimentos contaminados com o vírus A. Seu tratamento é facilitado pelo fato da doença não apresentar uma evolução crônica. Fraqueza, indisposição, febre baixa, urina escura e fezes embranquecidas são os principais sintomas desse tipo de hepatite.

A hepatite B é transmitida sexualmente ou por contato sanguíneo, por isso também é inserida no programa de DST/Aids. Sua principal característica está no fato de seus sintomas não serem expostos e de desenvolver em 80% dos casos evolução para cura. Sua transmissão também pode ser vertical, transmitida da mãe grávida para o bebê. Apenas 1% dos casos de hepatite B são fulminantes.

Na hepatite C encontramos características semelhantes à B, como por exemplo a falta de sintomas. Sua transmissão se dá por transfusão sanguínea e também por via sexual. Ao contrário da B, 80 % dos casos desta hepatite evoluem em formas crônicas, de modo a inflamar o fígado até que suas capacidades sejam perdidas.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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