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29 de agosto é marcado pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo. Este ano, o Ministério da Saúde adotou como tema “Parece inofensivo, mas fumar Narguilé é como fumar 100 cigarros”. A intenção é conscientizar, principalmente o público jovem das grandes cidades, que têm feito ultimamente o uso deste tipo de fumo, em locais como restaurantes e boates.

O Narguilé é uma estrutura que utiliza o tabaco produzido com essências aromáticas, combinado com o vapor da água para criar a fumaça, que é aspirada através de uma mangueira, de forma que as pessoas fumem juntas.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 30% do total de diagnósticos de câncer estejam associados ao tabagismo. Já nos casos de câncer de pulmão, esse número é de 90%, enquanto para as doenças cardiovasculares, a estimativa é que 35% das pessoas que tiveram infarto no miocárdio e 40% que tiveram derrame são fumantes. Além do mais, o fumo regular é associado a 80% dos efisemas pulmonares e bronquites.

O Brasil é o segundo produtor mundial da folha de tabaco, atrás apenas da China. Em Sergipe, o cultivo do produto é feito principalmente nos municípios de Lagarto, Simão Dias e Umbaúba. Segundo dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas (VIGITEL-2011), Aracaju aparece como a 3ª capital brasileira com o menor percentual de adultos fumantes, com o índice de prevalência em 9% da população, enquanto índice nacional é de 14%. A estimativa é que o número de fumantes no país decresça para 13% em 2015 e 10% em 2022. Um destaque é que na legislação já está instituída, nas três esferas constitucionais, a proibição do fumo em ambientes coletivos (Lei Federal 9.294, Lei Estadual 2.178 e Lei Municipal de Aracaju 9.756).

“Aracaju já está há alguns anos num patamar considerado bom, porém é importante massificar as campanhas contra o fumo. Hoje, o cigarro começa a ser um vício entre os jovens, a partir dos 15 anos. Por isso, pretendemos debater estratégias para reduzir a experimentação e o consumo dos seus produtos derivados. Uma forma de aumentar a qualidade de vida e sobrevida da população”, afirma a coordenadora do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, Lívia Angélica da Silva.

Tratamento contra o Tabagismo

Atualmente, Sergipe conta com 35 municípios e 64 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que já integram o Programa de Tratamento do Fumante. No caso dos tratamentos, a coordenadora estadual, Lívia Angélica, explica que todo o acesso acontece inicialmente pela Atenção Primária.

“Para os casos de média complexidade, os pacientes são encaminhados ao Centro de Tratamento para Fumantes, localizado no Centro de Especialidades Médicas (Cemar) do Conjunto Augusto Franco, em Aracaju. Já para os casos de alta complexidade, o Hospital Universitário é a unidade que atende esse público”, esclarece.

No Cemar do Augusto Franco, o Programa de Tratamento Contra o Tabagismo (TRATE) começou há dois anos. A médica pneumologista Ana Paula, que trabalha no serviço, destaca que apenas 4% dos fumantes conseguem parar de fumar sozinhos.

“A nicotina é uma substância tão poderosa que a fumaça gerada por ela, através do cigarro, causa prazer. Com o tratamento, realizado pelo programa, a média nacional é de que 40% das pessoas deixem o cigarro. No nosso serviço, temos na equipe, além de uma médica, duas enfermeiras, uma assistente social e um psicólogo. Inclusive, tivemos um grupo onde conseguimos que 80% das pessoas parassem de fumar. A demanda é espontânea, por isso, qualquer fumante pode participar. Ele deve levar o cartão SUS e a identidade e, após isso, passa por uma entrevista e é encaixado em alguma turma que temos. O tabagismo é uma doença crônica, mas que tem tratamento”, destacou.

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