[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

Por Marcel Resende (*)

Foi lançada na última sexta-feira, 2 de agosto, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a edição de 2013 da pesquisa Tábuas Abreviadas de Mortalidade por Sexo e Idade. O trabalho demonstra, ao longo do período 1980-2010, por meio da análise de alguns indicadores, as taxas de mortalidade em crianças com menos de um ano e de cinco anos por mil nascidos vivos, expectativa de vida ao nascer e sobremortalidade masculina, mudanças profundas na sociedade brasileira, e, por conseguinte, a sergipana, nas últimas três décadas.

Houve diversos avanços, como a grande redução na mortalidade infantil, o aumento da longevidade da população, em especial das mulheres, e a maior sobrevida dos idosos. Mas desafios também estão postos, como o rápido envelhecimento da população e o expressivo aumento da sobremortalidade masculina, principalmente no Nordeste, em grande parte pela violência urbana na faixa etária de 20 a 24 anos.

De acordo com esse estudo, a mortalidade infantil em Sergipe diminuiu 75% de 1980 a 2010. Isso significa que, em 2010, 22,6 crianças com menos de um ano morriam para cada mil nascidos vivos, sendo que em 1980 esse número chegava a 90. Implica dizer que, para cada grupo de mil, 67,5 deixaram de morrer antes de seu primeiro ano.

Os dados de mortalidade na infância, relativos a crianças com menos de 5 anos, seguem a mesma tendência. Em 2010, a taxa foi de 25,8 óbitos para cada mil nascidos vivos, uma redução de 77% em relação a 1980, quando houve 113 mortes para cada mil nascidos vivos.
Importante pontuar que o quarto Objetivo de Desenvolvimento do Milênio (ODM), estipulado pela ONU, tem como meta reduzir em dois terços, até 2015, a mortalidade de crianças menores de 5 anos, tomando 1990 como ano-base. Com esses avanços, Sergipe, assim como o Brasil, bateu, com cinco anos de antecedência, a meta estipulada pelas

Nações Unidas

A expressiva queda de 75% na mortalidade infantil observadas nas últimas três décadas foi um dos principais fatores que colaboraram para um aumento de 18% na longevidade dos sergipanos. A expectativa de vida aumentou de 60,2 anos, em 1980, para 71 anos, em 2010, equivalente a um incremento de 4 meses e 10 dias de vida por ano, em média, ao longo dos últimos 30 anos.

As mulheres continuam vivendo mais do que os homens. Entre os sergipanos, a perspectiva de vida saltou de 57,8 anos para 66,9 anos no mesmo período. Já as sergipanas têm esperança de vida maior, que chegava, em 2010, a 75,2 anos, ante 62,5 anos em 1980.
A diferença do índice entre os sexos aumentou de 4,74 para 8,31 anos, nas últimas três décadas. Uma das razões dessa diferença, a sobremortalidade masculina entre jovens do sexo masculino, de 20 a 24 anos, cresceu 112,3% no período. A sobremortalidade masculina compara a relação entre as taxas de mortalidade de homens e mulheres. O índice passou de 1,9, em 1980, para 4,02, em 2010.

(*) Marcel Resende é Técnico em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Superintendente de Monitoramento e Avaliação da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag) e Coordenador da Sala de Situação do Governo.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.