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Por Danilo Munduruca, economista da Sedetec*
 
Os resultados do comércio exterior de Sergipe no ano de 2011 são muito expressivos. A partir dos dados divulgados pelo MDIC/SECEX com os números até o mês de setembro, verifica-se que, no fechamento do terceiro trimestre, Sergipe já mostra resultados superiores aos anos de 2009 e 2010. Até o momento, as exportações somam R$ 80.710 milhões. Se o estado não exportasse mais nada no quarto trimestre, o resultado obtido até o momento já seria o terceiro melhor da história, ficando atrás apenas dos anos de 2007 e 2008, quando se exportou, respectivamente, US$ 144.760 milhões e US$ 111.677 milhões.

Analisando-se apenas os dados do terceiro trimestre, verifica-se ainda que o resultado de 2011 é o segundo melhor da sua série histórica, com exportações de US$ 37.912 milhões, atrás apenas de 2007, quando se exportou US$ 38.461 milhões no referido trimestre.
 
Verificando-se apenas o resultado de setembro deste ano, o valor exportado foi de US$ 9.722 milhões, sendo este superior em 28,9% em relação ao mesmo montante exportado em setembro de 2010. Já em relação a agosto deste ano, as exportações variaram negativamente em 42,4%, visto que, no mês anterior, havia sido exportado um total de US$ 16.883 milhões.

O bom resultado das exportações sergipanas em 2011 pode ser atribuído, sobretudo, ao ótimo desempenho do suco de laranja, principal item da pauta estadual. Isto porque houve aumento tanto do volume exportado, quanto da cotação internacional. Em relação ao volume, este passou, no acumulado de janeiro a setembro, de 14.446 toneladas, em 2010, para 20.877 toneladas, em 2011. Já a cotação internacional, no mesmo período, passou de 1.547 US$/ tonelada para 2.036 US$/toneladas.

São destaques ainda na pauta de exportação deste ano os produtos calçadistas (US$ 9.985 milhões), açúcar (US$ 8.873 milhões), outros açúcares (US$ 4.089 milhões) e óleos essências de laranja (US$ 3.654 milhões).

As principais empresas exportadoras do estado, no acumulado do ano corrente, são: Tropfruit Sucos (US$ 26.708 milhões); Maratá Sucos (US$ 17.655 milhões); Azaléia Calçados (US$ 11.761 milhões); Usina Caeté (US$ 8.873 milhões); e Usina São José Pinheiro (US$ 4.089 milhões).

Quanto aos destinos, os principais são: Holanda (US$ 30.811 milhões), que compra, principalmente, suco de laranja e óleos essências de laranja; Rússia (US$ 7.817 milhões), que compra açúcar; Bélgica (US$ 5.030 milhões), que também adquire suco de laranja; Colômbia (US$ 5.015 milhões), que compra, principalmente, calçados e outros açúcares; e, Peru (US$ 2.748 milhões), que adquire, sobretudo, calçados.

Em relação às importações, o valor registrado em setembro foi de US$ 14.363 milhões, sendo este 50,3% menor do que o valor importado em agosto. No ano, o montante importado soma US$ 236.341 milhões, variação positiva de 74,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Dado o expressivo montante importado, o resultado da balança comercial é negativo em US$ 155.631. Já a corrente de comércio, que retrata a inserção de Sergipe no comércio internacional, registra o valor de US$ 317.051 milhões.

Os principais produtos importados por Sergipe são: trigo (US$ 33.188 milhões); coque de petróleo (US$ 30.365 milhões); fosfato de amônio (US$ 25.591 milhões); sulfato de amônio (US$ 16.033 milhões); e outros aparelhos para filtrar ou depurar líquidos (US$ 10.330 milhões). Características comuns aos produtos importados são o fato de todos estes terem como compradores indústrias. Ou seja, os principais produtos importados pelo estado são insumos ou máquinas, demonstrando que as indústrias estão investindo na produção.
 
Estas empresas, na ordem das maiores importadoras, são: Fertilizantes Heringer (US$ 38.584 milhões); Moinho Motrisa (US$ 33.188 milhões); Cimento Poty (US$ 30.761 milhões); Petrobras (US$ 28.961 milhões); e Arumã Embalagens (US$ 24.217 milhões).

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