[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Pouco antes da apresentação da quadrilha Abusados da Roça no Arraiá do Povo nesta terça-feira, 24, dia de São João, o marcador Edmilson dos Santos França estava agitado. Não que fosse nervosismo por ter de entrar no Arraial Lampião e Maria Bonita, repleto de espectadores. Mas sim devido a uma experiência nada corriqueira no seu dia-a-dia como líder do grupo. “Nossa, apareceu uma porção de turistas querendo nos fotografar. Acho que tiraram umas 300 fotos. E ainda recebemos um convite pra fazer uma apresentação em Porto Alegre no ano que vem”, exclamou.

A vivência do marcador Edmílson sintetiza o significado de mais um dia de resgate das tradições juninas no Arraiá do Povo. Diante de um excelente público no Arraial Lampião e Maria Bonita, diversas atrações deram um espetáculo de espontaneidade e mostraram o que há de mais genuíno na cultura local.

A própria quadrilha Abusados da Roça foi um dos destaques da programação. Experiente em competições, o grupo foi formado há sete anos e tem, entre suas principais conquistas, um campeonato estadual (2006) e um vice-campeonato brasileiro (2006). Para a apresentação, a quadrilha selecionou o tema “Saudade da tradição”, um exercício de revisão de antigas formas de dançar os folguedos juninos.

“Priorizamos passos da antiga quadrilha caipira, como cara-dura e túnel”, explicou o marcador Edmilson Santos França. Mas o saudosismo não foi a única força motriz da apresentação da Abusados da Roça. “Resgatamos a tradição, mas incorporamos diversos elementos novos. Juntamos manifestações de raiz com a inventividade”, detalhou o marcador.

Graças à mistura de elementos e à animação, a quadrilha foi muito aplaudida. Edmílson ressaltou a oportunidade de se apresentar para um público tão numeroso e diversificado. “É gratificante demais. Se pudéssemos, dançaríamos aqui mais vezes. Esse é, de longe, o melhor local para qualquer quadrilha”. Segundo ele, todos têm a ganhar com o compromisso que o Governo de Sergipe tem demonstrado com a cultura local. “Olha só para esse cenário. Esse resgate é importantíssimo, tanto para os sergipanos, quanto para os turistas. O Governo está de parabéns”, disse.  

Samba-de-coco

Outra atração muito apreciada pelo público foi o grupo de samba-de-coco Nova Geração, do município de Itaporanga D’Ajuda. Originais do povoado Mem de Sá, os brincantes presentearam a platéia com quase meia hora de puro folclore ao som da caixinha, do ganzá e da zabumba, também denominada caceteira.

O líder do grupo, José Francisco Santos Tavares, também conhecido como Seu Zuca, louvou a oportunidade de se apresentar no maior arraial do País. “É um prazer imenso pra nós. Até porque esse Arraiá do Povo está uma lindeza”, destacou.  

Os trios pé-de-serra também não deixaram por menos, e contribuíram para que o Arraial Lampião e Maria Bonita ficasse repleto por quase toda a noite de terça. Com um repertório misto, o trio Cascavel abriu a noite e dificultou as pretensões de quem queria permanecer parado. Em seguida, o trio Itaporanga manteve o ritmo e liderou o arrasta-pé no arraial. O sanfoneiro do grupo, José Renato Santos Raimundo, elogiou o espaço dado aos artistas locais e ressaltou o pagamento imediato aos forrozeiros. “Fazer uma festa desse tamanho e ainda nos pagar na hora? Isso é ótimo. O governador Marcelo Déda faz isso desde que era prefeito, e eu o valorizo desde aquela época”, disse o músico.  

Com a satisfação dos músicos e dos grupos folclóricos, quem ganhou foi o público. A assistente social Edna Alves Bezerra confessou já ser assídua freqüentadora das atrações do Arraial Lampião e Maria Bonita. “Está ótimo, maravilhoso. Já vim vários dias só pra apreciar as quadrilhas”. A aposentada Josélia Aquino também não escondeu seu entusiasmo. “Esse deve ser meu quarto dia aqui. Gostei de todos e continuo adorando”.
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