[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Não era Festa de Reis, de São João ou Carnaval. Foi o Projeto Verão que para a área central de Aracaju levou um pouquinho de Laranjeiras na música, dança e alegria do grupo folclórico São Gonçalo do Amarante de Mussuca que na sexta-feira, dia 30, se apresentou para quem trabalhava, comprava ou estava de passagem no calçadão da rua João Pessoa.

Um movimento diferente e singular que modificou a rotina comercial nas últimas duas semanas do mês de janeiro, quando a iniciativa da Prefeitura de Aracaju, executada pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esporte (Funcaju), levou para a capital algumas das mais importantes manifestações folclóricas vindas de diferentes localidades do Estado.

Do povoado Mussuca, em Laranjeiras, além do São Gonçalo veio também o Samba de Pareia e o Reisado do Balde representando a cidade. De Pirambu vieram o Reisado do Marimbondo e o grupo Lariou da Tartaruga. Da cidade de Estância teve o Pisa Pólvora. Os Bacamarteiros de Carmópolis, o Maracatu de Japaratuba e o grupo Parafuso de Lagarto também emprestaram suas tradições ao Projeto Verão. Aracaju também teve seu representante, o grupo Abaô de Capoeira. Em apenas dez dias os freqüentadores do calçadão do centro da cidade viram passar em cortejo séculos de resistência da legítima cultura popular sergipana representada por nove grupos com diferentes particularidades.

No último dia em que o Projeto aconteceu no Centro histórico da cidade, por alguns minutos muitas pessoas pararam o que estavam fazendo, atrasaram a volta para casa depois de um dia de trabalho, desviaram o caminho que seguiam ou interromperam as compras para verem o São Gonçalo passar e, em alguns casos, levar junto seus acompanhantes que seguiram o grupo até o final do cortejo na praça General Valadão onde os componentes ainda tiveram fôlego para uma última apresentação. Em seguida, o teatro do grupo Mombaça de Maruim encerrou o projeto encenando “Como nasce um cabra da peste”.

A platéia

Entre as centenas de pessoas presentes que não ficaram indiferentes ao espetáculo, estava o técnico do Palácio da Justiça, Nilton Lima (41). Ele acompanhou o grupo antes mesmo do início da apresentação, quando ainda preparavam os últimos detalhes. “Eu acho bonito e gosto de acompanhar, ontem também estive aqui”, contou acrescentando que já tinha assistido outra apresentação do grupo no Encontro Cultural de Laranjeiras. “A gente tem que valorizar”, completou.

O movimento colorido do São Gonçalo chamou a atenção da vendedora Eliane da Luz. Ao passarem em frente à loja onde trabalha, os componentes do grupo atraíram para a porta além dela as duas freguesas que atendia naquele momento. “Que idéia ótima, maravilhosa”, disse entusiasmada. “Eu gosto dessas coisas”, emendou enquanto voltava correndo para finalizar o atendimento a suas clientes.

Para muitos, a programação de cultura popular no comércio levada pelo projeto Verão 2004 foi a oportunidade para conhecer e ter um contato mais próximo com um pouco da cultura sergipana. Este foi o caso da vendedora Tâmara Virgínia (20), que já no seu horário de saída do trabalho parou para ver encantada a apresentação. “Eu não conhecia, é ótimo, muito bom. Gostei muito”, declarou.

“Eu só conhecia de ouvir falar, estou adorando, creio que as músicas têm um contexto histórico. Tem idosos e gente nova que vão dar continuidade, o folclore vai continuar. É importante manter contato com o folclore sergipano, isso tem que acontecer sempre, incentivar o conhecimento que é limitado. Acho uma iniciativa importante trazê-los do interior. Eu nasci aqui, tenho 21 anos, mas conheço muito pouco”, comentou a estudante universitária Ingrid Guimarães.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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