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Na tarde desta quarta-feira, 26, centenas de alunos do Colégio Estadual Governador Albano Franco, no bairro Santa Maria, estiveram reunidos no pátio da instituição para acompanhar as primeiras atividades do projeto Escolas Promotoras da Paz, realizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seed),  em parceria com o Comitê Sergipano pelo Desarmamento e a Favor da Vida. Na ocasião, os estudantes assistiram a uma peça teatral e ouviram as palavras de autoridades no assunto.

De acordo com a pedagoga e representante da Seed no comitê, Maésia Vieira Brota, as unidades de ensino escolhidas para fazer parte do projeto pertencem a bairros com altos índices de violência. “A escolas foram escolhidas de acordo com a situação de violência de seus bairros e de problemas de convivência entre alunos e professores e outros alunos. O colégio Albano Franco, apesar de não registrar casos de violência dentro da unidade, está inserido em uma zona de risco, um bairro com altas taxas de criminalidade. Por esse motivo demos o pontapé inicial nessa escola”, explica a professora.

Além do Albano Franco, outras 17 escolas participarão do projeto inicialmente, mas o objetivo da Seed é estendê-lo para todas as unidades da rede. O projeto prevê ações como reunião de sensibilização com os diretores, coordenadores e professores. Além disso, levará às escolas apresentações teatrais para transmitir informações aos alunos sobre o tema, de forma lúdica. Será promovido também um concurso de redação sobre o desarmamento.

A peça foi encenada por estudantes do Colégio Estadual Acrísio Cruz que formam o grupo teatral Juntos e Misturados.  A montagem apresentou o primeiro contato de um jovem com a arma de fogo e as situações que o levaram a cometer atos de violência. O colégio Acrísio Cruz será o próximo a receber o projeto, no dia 28 de setembro.

Tráfico de drogas e outros problemas

De acordo com o comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar, coronel Blauner Poti, o projeto é uma das formas de minimizar as condutas que podem levar à violência. “A Polícia Militar é parceira dessa iniciativa e vai procurar de todas as formas se manter à disposição dos demais parceiros para que o projeto siga em frente, levando reflexão aos jovens e aumentando a sensação de segurança na comunidade”, acentuou.

Ainda segundo o coronel, o consumo e a venda de entorpecentes são os principais problemas enfrentados pela polícia no combate à criminalidade no Santa Maria. “Registramos muitas ocorrências envolvendo o tráfico de drogas, porte ilegal de armas, furtos e roubos a estabelecimentos comerciais e residências. Em relação à comunidade escolar, recebemos denúncias de oferta de drogas aos alunos na porta da escola”, diz cel. Blauner.

De acordo com o coordenador geral do Comitê Sergipano pelo Desarmamento e a Favor da Vida, Fábio Costa, um dos objetivos é “que os alunos propaguem entre os amigos e em casa a cultura da paz, contra a violência e a favor do desarmamento. Outro objetivo é aproximar os órgãos de polícia da escola, no intuito de diminuir a violência dentro da instituição e no seu entorno, sobretudo neste que é o bairro mais violento, segundo dados oficiais”.

Reflexão

Para os alunos do Colégio Albano Franco, casos de violência tornaram-se comuns fora dos muros da escola. “Já vi pessoas pelas ruas com armas e drogas. Soube também de vizinhos meus envolvidos com a criminalidade. Infelizmente essa é uma realidade que vivemos. Os jovens precisam se preocupar mais em como combater a violência. Esse é um tema ao qual poucos jovens dão importância”, declarou Suyelle Ferreira, 17 anos, aluna do 1º ano do ensino médio.

Uma das situações que preocupam Vanclides Souza Bastos, 17 anos, aluno do 1º ano do ensino médio, são as brigas que acontecem fora da escola. “Sabemos de casos de alunos que se encontram na rua para brigar depois da aula. Essas brigas podem levar a situações extremas e acabar em tragédia. É preciso que os jovens reflitam sobre o rumo que eles estão dando à vida deles”, disse o estudante.

Na opinião de Natália Suellen, 16 anos, aluna do 8º ano do ensino fundamental, “eventos como o promovido na tarde de hoje ajudam o jovem a refletir antes de se envolver com a criminalidade”.

Reforço

Para a diretora da escola, professora Nelma Santos, o projeto Escolas Promotoras da Paz dará um reforço às ações de combate à criminalidade  já desenvolvidas pela instituição. “Temos uma equipe gestora preparada não só para enfrentar esse tipo de problema, mas principalmente preveni-lo. A ação do comitê é um reforço bem vindo, e nós só temos a agradecer tudo o que vem a fortalecer o nosso trabalho no sentido de manter nossos alunos longe da criminalidade e da  violência”, destaca a diretora.

Comitê

O Comitê Sergipano pelo Desarmamento e a Favor da Vida está instalado na estrutura da Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Cidadania. Foi criado através do decreto governamental nº 28065, de 03/10/2011, com a missão de gerir a campanha pelo desarmamento e promover publicidade ao estatuto do desarmamento, além de criar postos civis de arrecadação de armas.

É formado por Assembleia Legislativa, Câmara de Vereadores, Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar e Rodoviária Federal, Guarda Municipal, Defensoria Pública, Ministérios Públicos Estadual e Federal, OAB, Sedhuc, Secretaria da Justiça, SSP, Seed, Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social, UFS, TJ, Arquidiocese, Conselho da Comunidade da Execução Penal, Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, Federação dos Conselhos de Segurança Comunitária do Estado de Sergipe, Movimento Evangélico Progressista de Sergipe, Sesi, Sindicato dos Agentes Penitenciários do Estado de Sergipe, Sindicato dos Policiais Civis do Estado de Sergipe, Sociedade Semear, União dos Ministros Evangélicos do Estado de Sergipe, Associação Integrada de Mulheres de Segurança Pública e Confederação das Associações de Moradores de Bairros.

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