Alfabetizadores do Programa Brasil Alfabetizado recebem capacitação
Ao todo foram 60 horas de aprendizado, das quais 40 foram ministradas por Formadores da Fundação Banco do Brasil, parceiros do Programa desde a sua primeira etapa. Através da metodologia de conhecidos teóricos como Paulo Freire, Emília Ferreiro e Lev Vygotsky, os formadores realizaram vivências pedagógicas, ressaltando principalmente a importância do planejamento e avaliação.
As 20 horas restantes foram conduzidas pelos coordenadores de turma do Brasil Alfabetizado e técnicos da Secretaria Municipal da Educação (Semed) . Nessa fase foram evidenciadas a importância do letramento e alfabetização, temas trabalhados a partir de dinâmicas e filmes com temáticas educativas. “Esse foi um grupo bastante interessado e experiente, já que são pessoas que educam na própria comunidade da qual fazem parte. Espero que eles continuem desempenhando seu papel de forma tão atuante”, disse a coordenadora de turma Solange Almeida Lima.
As aulas do Programa Brasil Alfabetizado terão início no dia 8 de outubro com 60 turmas e cerca de 1.500 alfabetizandos. Desde 2003 o programa já alfabetizou 2 mil pessoas através da parceria entre Governo Federal, Prefeitura de Aracaju, associações de moradores e outros grupos da sociedade civil organizada. Em Aracaju a Semed fornece capacitação, material e espaço para o funcionamento, tudo com o objetivo de possibilitar a continuidade de alfabetização.
Nessa etapa o programa está distribuído em vários bairros de Aracaju, a exemplo do Santa Maria, Coqueiral, Cidade Nova, Porto Dantas e Japãozinho. As aulas acontecem de segunda a sexta-feira, por duas horas, durante seis meses, contabilizando 240 horas. Os locais variam desde escolas municipais, estaduais, igrejas, até a casa do alfabetizador, que trabalham com no máximo 25 alunos e recebe uma bolsa no valor de R$ 200.
O público-alvo do Brasil Alfabetizado é principalmente os idosos das comunidades periféricas. “Enfrentamos várias dificuldades, mas nada que impeça o bom desenvolvimento do programa e o sucesso das ações, pois o que queremos é que após os seis meses de alfabetização essas pessoas continuem a estudar, procurando uma das nossas 27 unidades de ensino que oferecem o Programa de Aceleração de Jovens e Adultos (Paeja), para continuar aprendendo”, falou a gestora local do Programa Brasil Alfabetizado e Coordenadora de Educação de Jovens e Adultos da Semed, a professora Izabel Cristina Santos.
A gestora falou ainda da importância do trabalho em equipe. “Estamos todos de mãos dadas, por isso, o sucesso do Programa. Vejo que muitos alfabetizadores têm garra para continuar a estudar e vontade de ensinar”, disse. A alfabetizadora Francis de Brito Rangel, que realiza o seu trabalho no Bairro Pereira Lobo, falou da sua vontade de contribuir. “Acho fundamental e me sinto muito satisfeita em tirar as pessoas do analfabetismo, dando-lhes uma consciência social e política, pois os analfabetos ainda são excluídos da nossa sociedade. Muitas vezes precisamos trabalhar como psicólogos e amigos, por isso, queremos que o nosso trabalho seja reconhecido”, finalizou a alfabetizadora.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]