[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Em noite marcada pela beleza de movimentos em sintonia e por aplausos incessantes do público, um grupo formado por adolescentes atendidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) emocionou a platéia durante a abertura da primeira noite de apresentações da décima edição do Festival Faz Dança de Sergipe, que aconteceu ontem à noite no Teatro Ateneu. O evento prossegue na noite de hoje com apresentação de outros 25 grupos de dança sergipanos.

O grupo formado por 15 adolescentes atendidos pela Semasc participa das atividades do Programa Agente Jovem, que fez a sua estréia na noite de ontem com a coreografia “Encontros e Desencontros”, dirigida e montada pelo coreógrafo arte-educador Sydney Azevedo. Embora os adolescentes participem continuamente de Oficinas de Arte-educação oferecidas pelo Programa, esta foi a primeira vez que o grupo se apresentou em uma casa de espetáculos, que recebe artistas profissionais.

Antes da estréia, o clima era de tranqüilidade e expectativa entre os bailarinos. “Foram dois meses de ensaios intensos para estarmos aqui hoje. Ensaiando duas vezes por dia e até em feriados”, revela a bailarina Ana Paula Santos Nascimento, de 17 anos, uma das bailarinas. Esta é a segunda vez que a Semasc participa do festival. No ano passado, a Semasc levo ao palco um outro grupo formado por crianças e adolescentes inseridos no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Da mesma, no ano passado, eles impressionaram os organizadores do evento, rendendo à Semasc este segundo convite. “É uma responsabilidade grande estarmos aqui representando todos os grupos da Semasc e isto mostra a nossa credibilidade e a confiança que a diretoria deposita em nós”, Ana Paula, se referindo às expectativas da apresentação minutos antes do grupo subir ao palco.

A performance do grupo durou seis minutos e arrancou fervorosos aplausos dos expectadores, que se empolgaram batendo palmas antes mesmo do término da apresentação. Para Marta Maria Fraga de Lima, mãe do bailarino Cléber Fraga de Lima, ver o filho dançar foi emocionante. “Achei uma emoção grande. Para mim como mãe, me sinto uma privilegiada. Assim como as outras mães, tenho muito orgulho. Durante a apresentação me emocionei e chorei”, conta Marta, que, após a apresentação, correu para abraçar o filho. “Meu filho e Íris fizeram um par radiante. Quase não acreditei que fosse ele lá no palco. Era como algo maior. Emocionante ver meu filhinho lá, nem parecia meu bebê. E, se for a vocação dele ser artista, eu vou incentivar muito”, declara, orgulhosa Marta, que, para prestigiar o filho, saiu mais cedo da loja onde trabalha como balconista.

Assim como sua mãe, Cleber, 17 anos, também se emocionou com a apresentação. “É uma emoção muito forte dançar e saber que tem pessoas nos prestigiando, minha mãe reconhecendo o meu trabalho que é sério”, comenta Cleber. “Para se tornar um profissional é preciso se dedicar ao máximo com muito trabalho e compromisso”, afirma o garoto, que não esconde o sonho de se profissionalizar na área. Johonata Santos de Jesus também integra o grupo e adorou o intercâmbio com outros grupos. “Achei bastante legal participar por ser um evento no qual encontramos vários tipos de pessoas com técnicas de dança diferentes e com roupas e danças diferentes”, revela o jovem. “Estar no palco é uma sensação boa e alegre. Para mim, estar aqui é ocupar um espaço que nem todo jovem tem a oportunidade de participar e, como nós, que temos esta oportunidade, se dedicam de coração e alma”, relata Johonata, que há um ano participa do Agente Jovem. “No início eu não tinha muito contato com a dança e era difícil, mas com o tempo fui me aperfeiçoando e me adaptando e vendo que era isso que eu queria”, relembra Johonata. “A dança, além de ser arte e cultura, ela trás uma forma de educação não só para as pessoas que praticam, mas também para quem assiste”, conceitua o jovem.

O talento dos adolescentes surpreendeu até mesmo os pais, que, pela primeira vez, prestigiavam seus filhos. Valdemária dos Santos, mãe de Íris Valdemária dos Santos, de 18 anos, não escondeu a emoção. “Eu achei maravilhoso ver eles dançando. Me senti orgulhosa”, conta, entre sorrisos, Valdemária. “Tive medo de que quando subisse ao palco ela fosse tremer, mas ela foi firme até o fim e meu coração foi a mil vendo minha filha”, observa a mãe, com orgulho. “Parecia um sonho. Eu nunca imaginei que um dia fosse ver minha filha brilhando no palco”, complementa, emocionada, Valdemária dos Santos.

Davi Alves Goodim, 16 anos, se sentiu realizado com a oportunidade que a Semasc lhe ofereceu. “Hoje eu me senti realizado por ser mais um passo que dou na minha vida. No futuro eu pretendo me engajar na dança ou no teatro”, conta o jovem. “Quando eu subi no palco foi muito emocionante porque ensaiamos muito e fizermos muitos sacrifícios como ensaiar nos finais de semana e, quando subimos ao palco, cada um só queria dar o melhor de si”, relembra, minutos depois de se comover com a receptividade do público. “Acho que isto que fizemos hoje pode ser considerado um exemplo porque nós estimulamos as pessoas a quererem dançar e a mostramos como a dança é legal e o quanto faz bem para a saúde e para a alma”, observa o jovem.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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