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Por Ana Dulce Melo, repórter da Secom

O resultado do vestibular 2012 da Universidade Federal de Sergipe (UFS) ratifica o empenho do Governo do Estado na qualificação do ensino da rede estadual. Conforme dados do Departamento de Apoio do Sistema Educacional (Dase), da Secretaria de Estado da Educação (Seed), 2.239 alunos foram aprovados no vestibular. Um número 13% maior que o ano passado, quando a rede estadual aprovou 1.980 estudantes.

O bom resultado é decorrente dos investimentos do Governo na capacitação dos professores da Rede e na estrutura das escolas e dos pólos Pré-Universitários. Com 34 pólos espalhados em 18 municípios sergipanos, o Pré-Universitário Seed busca melhorar as condições de acesso ao ensino superior dos alunos do ensino médio da rede pública estadual de educação, bem como dos egressos das escolas públicas, garantindo os conhecimentos necessários ao desenvolvimento de suas potencialidades.

Com carga horária semanal de 15 horas, os professores do Pré-Universitário trabalham dez disciplinas com metodologia de ensino voltada para o processo seletivo e material didático específico. “Os resultados positivos no vestibular são frutos da somatória das ações da escola e do Pré-Seed. Desenvolvemos um trabalho pedagógico conjunto para orientar e preparar os alunos para o processo de seleção. Os simulados realizados ao longo do ano letivo, bem como o acompanhamento das notas dos alunos nesses simulados fazem parte da metodologia aplicada”, explicou o coordenador do pólo de Lagarto, José Clécio Santana.

José Clécio comemora o fato do pólo de Lagarto ser, pelo terceiro ano consecutivo, o pólo com o maior número de aprovações no vestibular da UFS. No processo seletivo de 2012, a Unidade aprovou 280 alunos. Desse total, 174 foram aprovados para o campus de Saúde do município. “O campus de Lagarto é promissor porque oferta cursos na área de saúde. Além de representar a interiorização do ensino superior, significa também a interiorização da saúde pública, já que muitos desses futuros profissionais atuarão no município e nas regiões vizinhas”, disse.

Calouro do curso de medicina, João Santos Costa, 17 anos, é um dos 174 aprovados da rede estadual para o campus de Saúde de Lagarto. Filho de uma dona de casa com um lavrador, João vive no povoado Sítio Alto, em Simão Dias, e é o primeiro integrante da família a ingressar em uma Universidade. “Minha ficha só vai cair quando me matricular na UFS. Para quem é pobre, a educação é o único caminho para subir na vida. Tive receio em fazer vestibular para Medicina por conta da concorrência”, afirmou João.

A coordenadora do pólo de Simão Dias, Maria Emídia de Jesus, relatou que o jovem ficou apreensivo na inscrição para o curso de Medicina. “João tinha uma ótima pontuação no vestibular seriado, mas chegou a pensar em fazer Ciências Biológicas com receio de ser reprovado em Medicina. Oriundo de uma família carente, ele acreditava que ‘ser médico’ era algo distante da realidade dele. Conversamos com ele, mostramos que tinha potencial para ser aprovado. O campus de Lagarto abre um leque de oportunidades para os jovens do interior”, declarou. “A distância entre ensino público e privado está cada vez menor. Os meninos da rede estadual disputam com os alunos da rede particular de igual para igual”, destacou.

Seguindo o mesmo caminho de João, a trajetória de Tainara Bonfim (aprovada em Fisioterapia), Adênia Karen Cardoso (aprovada em Enfermagem) e Jairo Antonio da Silva Fontes (aprovado em Direito) também confirmam a Educação como eficaz instrumento de inclusão e de mobilidade social. Os três jovens são alunos da rede estadual de ensino, cujos pais não concluíram o segundo grau. “Ninguém acreditava que eu tinha passado. Minha mãe não parava de chorar, foi uma confusão em casa no dia do resultado do Vestibular. Não tenho dúvidas que minha aprovação é resultado da qualidade do Pré-Universitário e do esforço dos professores”, disse Jairo, que mora no povoado Colônia 13, em Lagarto, e foi aprovado no curso de Direito da UFS na terceira tentativa. “Não podia desistir da UFS porque não tinha como pagar o curso em uma instituição particular. Sempre tive o apoio de minha família, mas a confiança dos professores e coordenadores do Pré-Universitário foi fundamental para que continuasse tentando depois de duas reprovações”, afirmou.

“Senti dificuldade em concorrer com estudantes da escola particular porque muitos conteúdos que aprendemos no Pré-Universitário, o pessoal de escola particular aprende durante o terceiro ano do ensino Médio. Com o Pré-Universitário, essa diferença é igualada. A preparação é totalmente voltada para o vestibular”, disse Adênia.

Ações

Além dos investimentos em capacitação de corpo docente e no Pré-Universitário, o Governo do Estado, através da Seed, disponibilizou o pagamento de 5.200 taxas de inscrição do Vestibular da UFS, um aporte de R$ 260 mil, adquiriu 10.500 títulos da literatura para as escolas da rede e pólos e um mil dicionários de inglês e espanhol.

“Promovemos quatro grandes ‘simuladões’, revisões e acolhimento no dia do vestibular. Levamos os alunos à Universidade Federal de Sergipe para conhecer melhor os cursos oferecidos pela instituição, doamos livros literários e financiamos o pagamento da taxa de inscrição de 5.200 alunos, num investimento de R$ 265 mil”, disse Maria Zelita, coordenadora do Departamento de Apoio do Sistema Educacional (Dase).

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