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Voluntariado teen
Fonte: Conversa afiada
Apenas 5% dos adolescentes brasileiros estão engajados em algum tipo de trabalho voluntário. |
Os números são do Centro de Pesquisa Motivacional e apontam para o desafio de dar aos jovens os meios necessários para que possam concretizar o desjo de participar da construção social.
O que está faltando é informação. Eles simplesmente nao sabem onde estão as entidades que recrutam voluntários ou desconhecem aquelas nas quais poderiam encontrar atividades mais a seu gosto ou aptidão.
O papel da mídia é estratégico: os veículos teens podem multiplicar a ação dos adolescentes. Embora comecem a surgir mecanismos de orientação adequados sobre o voluntariado, eles ainda são poucos divulgados |
Porém 67% deles concordam em abrir mão de duas horas de seu final de semana para ajudar outras pessoas. |
Trabalho Decisivo O trabalho voluntário é uma via de mão dupla. Ele é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e, ao mesmo tempo, desempenha importante papel na formação de cidadãos mais solidários e conscientes de seus direitos e deveres.
O envolvimento com projetos de voluntariado se mostra ainda mais significativo para o adolescente. Dedicando parte de seu tempo a contribuir para a melhoria da vida do próximo e da comunidade onde vive, o jovem desenvolve uma visão dinâmica e participativa diante do processo social como um todo.
Pela Internet
Existem hoje dois sites na Internet inteiramente voltados à simplificação do contato entre os candidatos a voluntário e as organizações que utilizam esse tipo de trabalho no Brasil.
>> O Programa Comunidade Solidária mantém a home page Programa Voluntários (www.uol.com.br/voluntarios). De visual atraente e fácil navegação, oferece informações sobre os "Centros de Voluntários" mantidos pelo próprio Programa, além de uma biblioteca virtual com várias notícias e textos (incluindo dados sobre projetos sociais bem-sucedidos e a íntegra da nova Lei do Voluntariado), um espaço de discussão sobre o voluntariado e links para páginas afins. O melhor da home page, porém, é o "Voluntário Virtual", espaço onde os internautas podem se oferecer, via e-mail, para trabalhar em entidades e projetos sociais, de acordo com tempo disponível, cidade e habilidade. Além disso há dicas e programas de planejamento, implantação e administração do trabalho voluntário, voltadas às entidades que absorverão os candidatos.
>> A página Filantropia (www.kanitz.com.br/filantropia), é uma iniciativa da empresa de consultoria Kanitz & Associados, que atua na área do Terceiro Setor Empresarial. O site traz diversas informações: em "Seja um Voluntário" é possível pesquisar entre 2000 entidades cadastradas que utilizam o trabalho voluntário, procurando por cidade, área de atuação, nome da organização ou palavra específica. E em "Sua Ajuda" podemos encontrar entidades que necessitam de ajuda material ou de trabalho voluntário. A página traz, ainda, uma lista com as 200 maiores entidades sociais do Brasil, além dos nomes das 50 organizações premiadas em 1997 pelo projeto Bem Eficiente, de iniciativa do consultor Stephen Kanitz.
A cultura da solidariedade Ao contrário do Brasil, onde apenas agora o ato de ajudar o próximo torna-se parte de um movimento nacional, nos Estados Unidos existe uma cultura da solidariedade há muito enraizada nos valores da população.
>> Desde a adolescência este comportamento é estimulado: o Serviço Voluntário é parte do currículo de qualquer escola e rende créditos. >> O total de doações para instituições filantrópicas em 1996, nos EUA, foi equivalente a 25% do PIB brasileiro: U$ 150,7 bilhões. E, ao contrário do que se pode imaginar, cerca de 80% desse dinheiro vem do indivíduo comum e não das empresas. >> Para se ter uma idéia da diferença em relação ao Brasil, enquanto nos EUA uma família doa por ano em média U$ 1.017,00 para entidades beneficentes, em nosso País esse número não passa de R$ 23,00 por pessoa. >> Mais importante do que isso, no entanto, é que 93 milhões de pessoas, ou 49% dos adultos norte-americanos, dedicam quatro horas semanais, em média, a trabalhos voluntários em hospitais, escolas, asilos, igrejas e organizações não-governamentais.
Os bons projetos
>>Centros de Voluntários Os Centros de Voluntários foram criados pelo Programa Comunidade Solidária não só para facilitar o contato entre os candidatos a voluntários e as entidades que necessitam de apoio, mas também para treinar e capacitar estes candidatos. Entre maio de 97 até o início de 98, dez cidades brasileiras já haviam instalado seus Centros de Voluntários. Contato: Francisco Almeida Lins – (011) 853-2140/7895
>>Pacto do Sítio do Descobrimento pela Educação No sul da Bahia, centenas de adolescentes trabalham como voluntários na luta para colocar todas as crianças na escola. O mutirão mobiliza cinco municípios e conta com apoio das prefeituras locais e de várias instituições. Mas a liderança do Pacto está mesmo na mão dos jovens. É a partir de seus grupos que os resultados aparecem: foram matriculados mais 6.590 novos estudantes em relação ao ano passado. Contato: Cláudia França/Bruno Silveira (Fundação Odebrecht) – (071) 340-1556 >>Atitude- Grupo Jovem de Prevenção às DST e Aids Formado por estudantes de 2° grau da rede pública de Brasília, o Atitude quer tornar o tema Aids/DST tão presente na vida dos jovens quanto a música, as artes e os esportes. Para tanto, convidou bandas de rap e rock, grafiteiros, atores e portadores do HIV – cuja contribuição também é voluntária – a participar de debates sobre Aids e DST que começam a acontecer em junho de 98. Segundo o Atitude, "a idéia é que as discussões funcionem como uma roda de capoeira, onde as pessoas chegam e se integram imediatamente ao grupo já em movimento". Contato: Sérgio do Nascimento – (061) 581-5684 >>Universidade Solidária O projeto Universidade Solidária utiliza o trabalho voluntário de estudantes universitários para combater a pobreza e a exclusão social. Durante as férias de verão, os jovens ganham lições de vida e deixam lições de higiene, saúde, organização e cidadania através de ações centradas nos municípios mais pobres do País. Para participar do programa, o estudante deve fazer parte de uma universidade inscrita, que será responsável pela seleção e capacitação dos candidatos. Contato: Elizabeth Vargas e Ana Cristina Torres – (061) 411-4781 >>Projeto Saúde e Alegria O Saúde e Alegria visita regularmente várias comunidades ribeirinhas isoladas, no Pará, levando informações sobre saúde, educação, meio ambiente e cultura popular. O objetivo é qualificar a população para atuar como agente ativo de seu próprio desenvolvimento. O projeto transmite as informações através da Rede Mocoronga, formada por rádio, televisão, jornal e circo, que é instalada nas comunidades e lá permanece durante a semana das atividades. São os próprios adolescentes voluntários que fazem as reportagens da TV e os programas educativos e musicais transmitidos pela rádio. Contato: Eugênio e Caetano Scannavino – (091) 523-1083
>>Serviço Civil Voluntário Com perfil totalmente diverso das ações aqui apresentadas, existe o Serviço Civil Voluntário, que está sendo implantado experimentalmente nos estados do Rio de Janeiro e Goiás e no DF. Para maiores informações sobre o projeto, que visa capacitar profissionalmente jovens de ambos os sexos de camadas menos favorecidas da população, falar com Mônica Cipriani ou Sheila Matos, no Programa Comunidade Solidária: (061) 411-4711/4745.
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