[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O cinema é umas das grandes invenções do mundo do entretenimento, além de ser reconhecido como a sétima arte, desde a publicação do Manifesto das Sete Artes do teórico italiano Ricciotto Canudo em 1911. Por meio do cinema é possível registrar acontecimentos ou narrar grandes histórias. Outras ramificações são possíveis devido à comunicação audiovisual que, segundo a enciclopédia livre Wikipédia, “é todo meio de comunicação expresso com a utilização conjunta de componentes visuais e sonoros”.

Não diferente das pessoas de todo o mundo, o sergipano há décadas procura se inserir na produção da ´imagem em movimento´. Durante anos cineclubes e grupos de estudos da pequena Sergipe Del Rey propiciaram aos seus cinéfilos contato mais profundo a respeito do audiovisual. Atualmente, a fomentação no campo das artes se tornou facilitada com a implantação do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV), que integra uma das 11 unidades espalhadas pelo Brasil.

Através da Rede Olhar Brasil, em uma parceria entre a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura e Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), o Núcleo tem como gestora a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju). O NPDOV vem desenvolvendo suas atividades desde novembro do ano passado, objetivando apoio e fomento à produção independente local, a capacitação e formação em audiovisual para novos realizadores, inclusão digital e requalificação de profissionais que já atuem no mercado. Os cursos oferecidos dão embasamento teórico e prático de excelente nível, com professores renomados no mundo da imagem e do som.

Os cursos

Segundo a coordenadora pedagógica do NPDOV, Gabriela Caldas, o curso de formação e capacitação em audiovisual, visando formar novos realizadores, é dividido em módulos . No primeiro módulo foi trabalhada a história do cinema e o seu desenvolvimento até a contemporaneidade. O segundo, que foi um módulo mais prático, oportunizou aos alunos experimentar um pouco de tudo, como produção, direção e roteiro.

Há um mês estão sendo ministrados os cursos de direção, direção de fotografia, produção e roteiro, que corresponde ao terceiro módulo. Esta seqüência serve inclusive como uma especialização. “Os alunos estão cada vez mais afiados, acredito que o próximo Festival Luso Brasileiro de Curtas Metragens de Sergipe (Curta-SE) poderá contar com uma nova geração, tendo chances reais de concorrer a prêmios, devido a essa experiência adquirida no NPDOV”, ressalta Gabriela Caldas.

As especializações estão sendo ministradas de segunda à sexta-feira, no período da tarde, das 14 às 18 horas; à noite, das 18h30 às 22h30, com 60 alunos divididos em quatro turmas de 15 alunos por capacitação.

Produção

O curso está sendo ministrado pelo diretor, roteirista, produtor e editor Leonardo Pirovano. Bacharel em Comunicação Social e habilitado em Cinema pela Universidade Federal Fluminense. Pirovano coleciona na sua carreira alguns curtas, como ´Bem te vi´, ´Origami´ e ´Bairro Feliz´. As aulas de Produção acontecem de segunda à sexta-feira, das 18h30 às 22h30.

Roteiro

O professor do curso de Roteiro é Pedro Severien, formado em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), com mestrado em produção de cinema e televisão pela Universidade de Bristol na Inglaterra, diretor de curtas metragens premiados, como os clipes da banda Mundo Livre S/A, ´Carnaval Inesquecível na Cidade Alta´ e ´Laura Bush tem um Senhor Problema´, primeiro e segundo lugar no Festival de Vídeo de Pernambuco.

De acordo com Pedro Severien, as linhas do curso de roteiro abordaram, em seu início, a análise de filmes para que pudessem ser entendidos os elementos que compõe uma obra audiovisual. Após esta fase, a prática tem sido via de regra. Os alunos começaram a escrever roteiros e usaram métodos que levaram a destravar a escrita do roteiro. Num primeiro momento os alunos já escreveram um roteiro de curta-metragem e com isso eles exercitaram a parte criativa, e ainda puderam conhecer os formatos de roteiro.

“Em todas as turmas os alunos tem tido um engajamento fantástico, são pessoas talentosas e comprometidas. Uma aula depende muito de reação dos presentes. Eles têm correspondido, estão escrevendo, pensando e produzindo filmes paralelamente. Inclusive, alguns grupos já saíram para filmar por conta própria”, explica Pedro Severien.

Há dois anos o pernambucano Ricardo Albertim, 20, estudante de jornalismo, está residindo em Aracaju. Integrante da turma de roteiro em andamento, ele se diz muito otimista no processo de produção do cinema na capital sergipana. “Este incentivo da PMA é de extrema importância e de grande valia para o cidadão aracajuano, quando se trata a fomentação do audiovisual. Este momento que estamos vivendo é um marco na história cinematográfica de Sergipe. Acredito que daqui a cinco anos o cinema do menor estado do país poderá estar lançando grandes nomes”, prevê o estudante.

Direção

Pedro Severien também ministra o curso de direção. “Na aula de direção a prática é o nosso método pedagógico, focamos muito o trabalho em torno da câmara. Um diretor não é apenas responsável pela estética de um filme, mas pela própria dinâmica. É ele quem dá o tom a equipe. Entretanto, nos exercícios temos avançado na composição de idéias e montagens de seqüências. O que vai culminar com cinco projetos que vão ser produzidos em grupo usando as turma de produção, direção de fotografia, roteiro e direção. Contudo, os alunos dos quatro cursos vão filmar cinco roteiros em conjunto. Assim, eles estarão vivenciando um pouco da dinâmica real. Após o término das filmagens serão editados e exibidos no núcleo”, aponta Pedro Severien.

Direção de fotografia

Neste mês, será lançado na Bélgica, ´Lampião Sonhos de Bandidos´, um longa metragem do diretor Damien Chemin, que é formado em História da Arte e Direção de Fotografia na Universidade de Bruxelas, também na Bélgica. Diretor de outros cinco curtas metragens, ele é o professor da capacitação em Direção de Fotografia do NPDOV.

No primeiro mês os alunos tiveram uma noção geral de todos os aspectos de importância no trabalho do diretor de fotografia. Os formatos que existem de enquadramentos, a diferença entre filmes e vídeos, as diversas lâmpadas que existem e noções de iluminação em geral. “A partir deste segundo mês, vamos partir para prática, fazendo treinamento de iluminação e enquadramento, para os alunos de fato se acostumarem a usar a câmara”, afirma Damien.

Chemin tem mostrado para seus alunos que o diretor de fotografia tem que trabalhar para ajudar a contar a história e não é só fazer imagens lindas. Ele participa com sensações estéticas, contribuindo no desenrolar do projeto que o diretor tem para o filme. Os alunos vão aprender que o diretor de fotografia deve ser capaz de se adaptar à situação, desde um filme sem recursos, com câmara bem simples, até um mais sofisticado.

Para o profissional multimídia gaúcho, José Mauricio Oliveira, 43, em Aracaju há cinco anos, o curso de direção de fotografia está contribuindo muito em seu processo de conhecimento na área do audiovisual. “O Damien é um ótimo professor e as informações que ele nos passa são muito boas e abrangentes”, avalia.

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