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Com o objetivo de estimular o debate em torno da instalação de uma usina nuclear no estado, o Governo de Sergipe – por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec) – em parceria com a Eletronuclear e a Associação Brasileira para o Desenvolvimento de Atividades Nucleares (Abdan), promove no próximo dia 21, no Hotel Radisson, o 3° Workshop de Energia Nuclear no Nordeste.

O evento – que tem como público-alvo empresários, políticos, engenheiros, ambientalistas, Organizações Não Governamentais (ONGs), lideranças comunitárias, técnicos do setor e estudantes – será aberto às 9h com um debate sobre o tema ‘Energia Nuclear no Nordeste: visão de futuro’. Participarão desta atividade representantes da administração estadual, do Ministério das Minas e Energias, Eletrobrás, Eletronuclear e Abdan.

Em seguida, será promovida uma palestra sobre ‘O Planejamento Energético e a Necessidade de Usinas Nucleares no Nordeste para o Sistema Interligado Nacional’, proferida pelo secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério das Minas e Energias, Altino Ventura Filho.

A programação segue durante todo o dia, com palestras, depoimentos de lideranças políticas e debates sobre temas relacionados à energia nuclear. O encerramento será feito pelo secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo, Jorge Santana.

“O Governo de Sergipe já manifestou seu interesse em receber esse importantíssimo investimento, mas diante das controvérsias e mitos que ainda persistem na sociedade, quer promover o mais amplo debate sobre esse tema, buscando mostrar as vantagens, benefícios e riscos decorrentes da implantação da central nuclear”, explicou Jorge Santana.

Também apoiam a realização do workshop a Federação das Indústrias do Estado de Sergipe (Fies) e as construtoras Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e Odebrecht. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo endereço eletrônico www.octeventos.com/energianuclear. Eventos semelhantes já foram realizados em Alagoas e Pernambuco.

Usinas nucleares

A Eletronuclear (Eletrobrás Termonuclear) está elaborando estudos técnicos para apontar o local mais adequado para instalação de duas centrais nucleares, que deverão ter capacidade para seis usinas cada. Duas delas devem ser construídas na primeira etapa.
O resultado sobre a localização da central nordestina deve sair ainda este ano, para que em 2019 entre em operação a primeira usina e, em 2021, a segunda. Já o Sudeste deverá iniciar as operações em 2023. A segunda deve ser instalada em 2025.

A escolha do local – que envolverá aspectos geográficos, demográficos, meteorológicos, hidrológicos, geológicos, sismológicos e geotécnicos – dependerá da decisão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que fará a escolha diante de uma lista elaborada pela Eletronuclear sob a supervisão do Ministério de Minas e Energia. A decisão final caberá ao Congresso Nacional.

A construção, que deverá movimentar a quantia equivalente ou superior a U$ 4 bilhões para cada usina, é pleiteada por Sergipe, entre outros estados do Nordeste. A região será a primeira contemplada com o início da construção de uma central nuclear, já que não dispõe de novas fontes de geração de energia hidrelétrica. Com o crescimento econômico acelerado, a região tornou-se importadora de energia, justificando a criação de novas fontes.

Em março deste ano, uma comitiva formada por parlamentares, empresários, jornalistas, representantes do meio ambiente e da área acadêmica – além de integrantes do Governo do Estado – visitou a Usina de Angra II e as obras de Angra III.

Energias renováveis

Além de defender a vinda da usina nuclear para Sergipe, o Governo do Estado tem investido também em energia alternativa. Em dezembro de 2009, o diretor presidente da Energias Renováveis (Energen), Joaquim Ferreira, apresentou ao secretário Jorge Santana um projeto no qual anuncia que Sergipe será o mais novo estado brasileiro a produzir energia eólica. O parque de aerogeradores será construído no município da Barra dos Coqueiros, e terá capacidade para produzir cerca de 30 MW – energia suficiente para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes.

Uma parceria entre a Sedetec – através da Companhia de Desenvolvimento Industrial e de Recursos Minerais de Sergipe (Codise) – e a Energen, garantiu a cessão do terreno onde será construído o Parque, além do sucesso sergipano no leilão de energia de reserva – que escolheu os projetos, do qual participaram 11 Estados. Em um cenário mundial de esgotamento de energias fósseis não-renováveis e de crescimento do consumo energético proveniente da expansão das cidades, estudos realizados em 2005 mostraram que as condições climáticas sergipanas são bastante favoráveis à implantação da tecnologia.

Projeto estruturante
 
Para consolidação de um núcleo de competências em energias renováveis, elevando a produção científica e tecnológica nessa área e apoiando negócios relacionados ao tema, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) liberou para o Estado de Sergipe um valor de cerca de R$ 12 milhões – já com contrapartida do Governo do Estado – que devem ser distribuídos em programas de atração e fixação de doutores, programas de bolsas e editais temáticos de pesquisa.

A principal finalidade é criar infraestrutura para o desenvolvimento de ações em Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) na área de energia, com foco específico em energias renováveis – biomassa, solar e eólica – incluindo a infraestrutura para a medição, melhoramento e acompanhamento dos impactos ambiental, biológico e de eficiência energética decorrentes do incentivo à industria de energia.

De acordo com o diretor-presidente do SergipeTec, a distribuição desse valor está em estudo feito por uma comissão reunida semanalmente, contando com membros do SergipeTec, da Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (Fapitec) e do Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) – os dois últimos  vinculados à Sedetec. “Já sabemos que serão construídos laboratórios de estudos de energias solar, eólica e biomassa, além de planejamento e eficiência energética”, afirmou.

 

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