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A V Semana do Turismo em Sergipe vem sendo comemorada com várias palestras e debates sobre o tema com diversos segmentos do setor. Alunos do curso de turismo da Faculdade Estácio de Sá (Fase) participaram nessa quarta-feira, 28, de dois seminários sobre o turismo e cultura e a legislação e multiculturalidade. Também participaram do encontro o coordenador do curso de turismo da Fase, Fernando Monteiro, o turismólogo, Adalberto Junior, e as palestrantes Gabriela Nicolau e a professora Maria Angélica de Campos.

Para a mestra em turismo, Gabriela Nicolau, a cultura deve ser entendida como o conjunto de crenças, costumes, valores espirituais e materiais, realizações de uma época ou de um povo. A dança de São Gonçalo, que foi um grupo bastante estudado pela mestra é o reflexo do atrito de cultura e turismo. “Temos que debater não apenas as manifestações como atrativos turísticos, mas também seus reflexos na cultura de um grupo”, disse. Ela também acredita que é importante saber respeitar os valores tradicionais de um povo que se expressa em forma artística, como danças, ou em crendices e costumes gerais. “É a hora de pensarmos não apenas a finalidade turística destas manifestações. Olhar as consequências deste turismo cultural que, se não for bem trabalhada, prejudica grupos cujas manifestações são centenárias e importantes para a comunidade”, conta.

Durante as palestras foi questionada a abordagem do turista. Para a mestra, da mesma forma que a comunidade se sente privilegiada com a presença de visitantes, a mesma se choca como alguns se comportam, além da interferência nos grupos folclóricos. O turismo religioso foi dado como exemplo. “As religiões se expandiram e se espalharam por lugares distantes de seus sítios de origem e em todo o mundo há lugares que são considerados sagrados por uma ou outra crença religiosa. Isso acaba por criar peregrinações a esses lugares. Como exemplos de romarias turístico-religiosas. Muitas vezes o turista chega em plena missa e começa a tirar fotos, nem ligando para o ritual que está acontecendo, o que deixa a comunidade irritada. É por conta disso que se deve repensar uma forma de fazer o turismo de cultura sem interferir na realidade local”, finaliza.

A professora Maria Angélica Campos palestrou sobre a legislação e multiculturalidade, dizendo que a classificação é uma obrigação de todos que lidam com o turismo. Por fim, a professora abordou as regras pertinentes ao transporte turístico e à organização de eventos e convenções. “Temos a obrigação de mostrar as regras que devem ser respeitadas por todas as pessoas que atuam no meio turístico, incluindo cadastro e classificação de empresas e profissionais que trabalham na área, atuação dos agentes de turismo, oferta e contratação de programas e roteiros, bem como suas condições específicas”, disse.

As palestras, de acordo com o coordenador do curso de Turismo da Fase, Adalberto Junior, mostraram que, para o turismo de forma geral se desenvolver, é preciso que os moradores, empresários e gestores públicos conheçam, apreciem, protejam e promovam o seu patrimônio. “Se a população, os hoteleiros, taxistas, comerciantes e vendedores não conhecerem e gostarem de seus ambientes especiais e de suas manifestações culturais, não saberão como se comunicar e o que indicar aos visitantes. Mais ainda, se uma comunidade não conhece a si mesma, terá pouca chance de se beneficiar dos frutos do turismo ou de enriquecer a experiência do visitante. É por isso que se diz que um lugar só é bom para o turista se for bom para o morador”, acredita.

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