[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Concentração, adrelina e muita expectativa. Estes foram os ingredientes que marcaram a primeira experiência de crianças e adolescentes atendidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania como músicos. Eles criaram a Banda Afro-Peti, que é formada por crianças e adolescentes antes marcados pela exploração do trabalho infantil e que agora abraçaram novas oportunidades a partir da jornada ampliada do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) executado na capital sergipana pela Prefeitura Municipal em parceria com o Governo Federal.

Pela primeira vez o grupo teve acesso a um estúdio profissional para realizar um ensaio coletivo, servindo de preparação para a primeira apresentação em público a ser realizada na terça-feira da próxima semana, dia 22, a partir das 14h, no Colégio Purificação. A banda é fruto das aulas ministradas na Oficina de Percussão do Centro de Referência da Assistência Social Madre Tereza de Calcutá, localizado no Bairro Jabotiana, pelo arte-educador Alberto Geraldo Nunes dos Santos, que é o instrutor do grupo.

As crianças e adolescentes que integram a banda têm aulas periódicas de música dentro da proposta da Semasc de utilizar a arte-educação como ferramenta eficaz de inclusão social. A banda prioriza ritmo afro-brasileiro, com sotaque de regue, samba-regue e viés do folclore sergipano, a exemplo do samba de coco, batuque do pisa pólvora, além de outros ritmos dentro da diversidade da música popular brasileira.

Os novos músicos não escondem a satisfação e agradecem à Prefeitura de Aracaju pela oportunidade. Para Sheila Tainá da Silva, de apenas nove anos, é única a experiência de participar da banda. “Estou muito empolgada”, resume. “Faz uns dois anos que tenho aula de música no Peti e agora estou muito feliz de participar da banda porque aqui eu me divirto muito”, revelou Sheila, a caçula da banda.

Matheus Silva, 11 anos, faz questão de demonstrar sua empolgação. “Eu já me sinto um profissional”, orgulha-se. “Há dois anos que faço as aulas de música e estou achando essa banda uma boa idéia, me sinto orgulhoso de estar aqui tocando. Estou muito animado com a apresentação que vamos fazer e um pouco nervoso também. É a primeira vez que vamos nos apresentar”, complementa.

Robson José Marquês Júnior, de 14 anos, não consegue esconder o nervosismo, misturado com muita ansiedade. “É ótimo para a gente se desenvolver. É a primeira vez que estamos tendo a oportunidade de tocar. Estou meio nervoso, mas muito confiante no trabalho que temos para mostrar”, revela. Robson sonha em ser músico profissional. “Esta oportunidade que estamos tendo de aprender um instrumento, tocar e fazer parte de uma banda é única, uma oportunidade dessa não se encontra em qualquer lugar. Com fé e muito ensaio eu sei que vai dar tudo certo”, completa Robson.

“Eu estou achando ótima esta oportunidade de estar ensaiando em um estúdio porque dá para ouvirmos o som melhor e a voz das meninas que cantam. Vejo que estamos melhorando, virando uma banda mesmo. Vamos sair daqui e fazer apresentações em outros lugares. Estou muito ansioso para saber como vai ser”, destacou Tomaz Costa de Castro, de 15 anos, ao avaliar o desempenho da banda. “Estou achando muito legal poder aprender coisas novas e, ao mesmo tempo, me divertir. Eu nunca imaginei que um dia eu pudesse ser um músico e agora quero trabalhar com música”, confessa Evandro Lima da Silva, de 16 anos, que se tornou um dos responsáveis pela marcação do grupo.

Loane da Silva Santos, 13 anos, diz que se sente feliz com a oportunidade de participar da banda. “Acho que tivemos um bom progresso. Já temos apresentações marcadas e eu estou mesmo muito ansiosa para o show. Se der, no futuro quero ser cantora profissional de reggae ou de forró”, revela a jovem cheia de sonhos, cujo talento vocal surpreende.

Em sala de aula, os educadores do Peti trabalham a história da música e seus conceitos, apresentando a origem de cada ritmo. “Procuramos trabalhar com estes jovens a identidade cultural. Na banda, procuramos misturar estes ritmos fazendo com que esta fusão rítmica seja a marca da banda, então acrescentamos novos instrumentos sem perdermos a batida original”, observa o instrutor Alberto George.

Daniel, o técnico do estúdio BDS, onde os jovens ensaiaram, ficou surpreso com a habilidade dos garotos. “Estes jovens estão de parabéns”, observou. “Eu fico muito feliz em ver a evolução do trabalho deles e a dedicação que eles têm”, disse o técnico, que acompanhou de perto o ensaio.

A perspectiva é que os próprios garotos comecem a compor. “Nós iremos começar a escrever as letras que iremos cantar. Este trabalho de incentivo a escrever já está sendo realizado nas salas de aulas do Peti com participação dos educadores sociais, que incentivam os jovens a escrever poesias e outros textos”, destaca o instrutor da banda.

Confira os integrantes da Banda Afro-Peti:

VOCAIS
Rosana Santos Matos, 11 anos
Cainá Lima, 13 anos
Daniele de Lima Alves, 13 anos
Loane da Silva Santos, 13 anos

AGOGÔ
EdvaldoEdvaldo Farias de Rezende, 10 anos
Douglas Vinícios dos Santos, 9 anos

MARCAÇÃO
Evandro Lima da Silva, 16 anos
Tomaz Costa Castro, 15 anos

DOBRA DE DOIS
Wrndel Alves, 15 anos

DOBRA DE U
Claudemir Santos, 14 anos
Robson José Marques Júnior, 14 anos

CAIXA
Wilims Santos Silva, 14 anos

BAEURINHO
Cleverton Santos Nunes, 11 anos
José Amauri, 11 anos

SURDINHO
Isabela Cristina dos Santos Silva, 11 anos
Sheila Tainá da Silva, 9 anos[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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