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“Mesmo que não saia empregado, você passa a se sentir capaz”. Assim a auxiliar administrativa Ana Cláudia dos Santos, 19, sintetiza os benefícios proporcionados aos alunos do programa Enter Jovem Plus. “Aumentou minha auto-estima, minha vontade de buscar coisas novas”, diz a moradora do bairro Cidade Nova, em Aracaju, que acaba de ser aprovada no vestibular. “Agora só quero aprender mais, até já fiz outros cursos”, conclui Cláudia.

Cerca de 500 estudantes do ensino médio da capital e do interior sergipano já foram contemplados pelo Enter Jovem Plus. Assim como a Cláudia, eles frequentaram cursos de raciocínio lógico, informática, cidadania, postura profissional, liderança, empregabilidade e inglês básico. Também como ela, mais de 30% obtiveram colocações no mercado de trabalho após os seis meses de aulas.

“Eles não recebem qualquer ajuda de custo, e ainda assim a taxa de evasão é mínima: menos de 5% dos alunos deixam de ir às aulas. É um trabalho importantíssimo, que quando não insere os jovens no mercado de trabalho, ao menos os motiva a continuarem estudando”, observa o secretário de Estado do Trabalho, José Macedo Sobral.

É através da Secretaria de Estado do Trabalho, da Juventude e da Promoção da Igualdade Social (Setrapis), em parceria com o Instituto Empreender, que o Governo do Estado desenvolve o Enter Jovem Plus. Responsável por financiar a iniciativa, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), já manifestou interesse em renovar o acordo no período de dezembro de 2010 a dezembro de 2011.

Resultados satisfatórios

Em carta enviada ao governador Marcelo Déda, o diretor da Usaid/Brasil, Denny Robertson, propõe a renovação do período de vigência do acordo, uma vez que o órgão considerou o trabalho exitoso. “A proposta se fundamenta nos satisfatórios resultados alcançados no ano de 2010, dentre eles a capacitação de mais de 500 jovens e a perspectiva de inserção de 200 no mercado de trabalho”, descreve Robertson.

Na próxima edição do Programa, conforme o representante da Usaid/Brasil, a expectativa é que mais 500 jovens sejam beneficiados. “Dado o reconhecido êxito do Enter Jovem Plus em 2010, esperamos que o Governo de Sergipe, através da Setrapis, possa ampliar o número de municípios participantes e jovens beneficiados pelo programa, fortalecendo essa importante aliança”, conclui o diretor da Usaid/Brasil.

Em Sergipe, as organizações parceiras do programa localizam-se nos municípios de Aracaju, Simão Dias, São Cristóvão, Lagarto, Pirambu, Laranjeiras e Barra dos Coqueiros. O Enter Jovem Plus também atua nos estados de Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro. Somados os quatro estados, até o ano passado, cerca de 8.000 alunos foram capacitados e mais de 2.000 acabaram inseridos no mercado de trabalho.

Para viabilizar mais um ano de atividades em Sergipe, o órgão do governo Americano deverá repassar a quantia de R$ 400 mil, enquanto o Estado entrará com uma contrapartida de R$ 100 mil. Nesse sentido, um novo convênio será assinado pelo governador no decorrer do mês de janeiro.

Oportunidades

Criado em 2003 numa parceria entre o Instituto Americano de Pesquisa (AIR), o Comitê de Democratização da Informática (CDI) e o Instituto Empreender, o Enter Jovem Plus é um programa de empregabilidade que objetiva criar oportunidades para jovens em desvantagem social como o Genilton da Silva Junior, 17.

“Todo adolescente na minha idade busca uma independência financeira, principalmente em casos como o meu, que os pais não têm boas condições”, comenta o estudante do Colégio Estadual Costa e Silva, que também foi capacitado este ano. “Tive a oportunidade de crescer como pessoa”, diz Genilton, que hoje tem um emprego formal e ainda faz um curso de assistente administrativo pago pela empresa que o contratou.

Todos os participantes do programa são jovens com idade entre 16 e 29 anos, matriculados ou com frequência regular em escolas públicas do ensino médio (ou que já o tenham concluído), oriundos de famílias com renda per capita equivalente a meio salário mínimo e sem experiência em empregos formais.

Empregabilidade

De acordo com o secretário de Estado do Trabalho, outro diferencial do programa está em sua metodologia de preparação dos educadores, com ações voltadas a capacitar e avaliar o profissional, preparando-o para executar o programa e lidar com os jovens. “Essa metodologia já foi absorvida pela Setrapis e replicada nos demais cursos profissionalizantes, inclusive com o Sistema S. O conteúdo programático é muito bom e voltado à empregabilidade, sem vincular a um determinado arco ocupacional”, comenta José Sobral.

Segundo ele, dessa forma, ao invés de ser preparado para atuar numa função específica (como por exemplo, pintor, eletricista ou cozinheiro), o educando fica livre para aproveitar as oportunidades do mercado de trabalho. “Produz um efeito extraordinário na auto-estima do público-alvo e o prepara para bem desempenhar seu papel na sociedade economicamente ativa, como empregados, empreendedores ou para continuarem os estudos melhorando sua qualificação”, coloca o secretário.  

“Gostaria de ressaltar que, atendendo ao programa de combate às drogas, especialmente combate ao crack, todos os cursos da Setrapis encontram suporte para campanha de prevenção na Secretaria de Segurança, através do Proerd [Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência]”, conclui Sobral. 

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