[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Para reintegrar à sociedade pacientes com transtornos mentais que passaram por longos períodos de internação em hospitais psiquiátricos, a Prefeitura de Aracaju adotou desde janeiro deste ano o Serviço Residencial Terapêutico (SRT), que hoje conta com 4 casas atendendo ao todo 25 pessoas. O acompanhamento é feito pelo programa Saúde Mental, da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), com recursos do Ministério da Saúde.

De acordo com a psicóloga e gerente do SRT, Silvia Maria Góes, cada Residência Terapêutica (RT) pode atender até no máximo oito pacientes, de acordo com a regulamentação do Ministério da Saúde. “Eles recebem os cuidados de uma equipe formada por quatro pessoas, sendo três auxiliares de Enfermagem, que se revezam nos plantões de 24 horas, além de uma ´cuidadora´, responsável também pelos serviços domésticos”, informou.

Além disso, todos os pacientes são assistidos pelos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) Liberdade e Davi Capistrano, responsáveis por duas residências cada, onde recebem todo o atendimento psicológico, psiquiátrico, medicação necessária e também participam das atividades e oficinas. A manutenção da casa é garantida por uma parceria com uma ONG que cuida da administração da casa.

Reintegração Social

Muito mais que um alojamento para tratar desses pacientes, as RTs oferecem a vivência aproximada de um verdadeiro lar, com todo o conforto e assistência. Segundo a supervisora Simone Barbosa, que também é psicóloga, e juntamente com a gerente acompanham o SRT, o objetivo principal dessas casas é devolver para essas pessoas, que viveram isoladas em hospitais, a convivência em sociedade.

“Existe um trabalho paralelo para restabelecer a convivência e hoje, depois de quase um ano, o resultado é muito positivo, fruto de um trabalho com êxito. Alguns pacientes já saem sozinhos, vão à padaria, à feira. Outros recebem benefício social e decidem sozinhos o que fazer com o seu dinheiro. São muitos frutos que levam à produção de autonomia e evolução do quadro clínico”, relatou a supervisora.

Outro dado positivo é a aceitação da comunidade para as RTs. No início do serviço, até mesmo por preconceito, houve algumas reclamações por parte de vizinhos das residências, já que se trata de pacientes com transtornos mentais graves e grande comprometimento social. Mas, de acordo com a gerente Sílvia Góes, hoje isso já não acontece.

“A loucura nunca foi bem vinda na sociedade, mas com o tempo, quando as pessoas começam a ver que os pacientes não oferecem apenas riscos, mas também afeto, percebem que é somente uma vida diferente da sua. Hoje temos experiências muito boas com a vizinhança, que ajudaram nos momentos de crises dos pacientes e que visitam a casa, mas isso só acontece com o tempo”, destacou a supervisora.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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