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O trabalho da Secretaria de Estado da Saúde (SES) no combate às doenças endêmicas vem colocando Sergipe numa situação de tranqüilidade em relação a problemas de saúde pública que, em algumas regiões, são motivo de preocupação. Segundo dados da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da Secretaria, os índices em Sergipe de doenças como a dengue, esquistossomose e leishmaniose (calazar), por exemplo, são menores que a média nacional registrada pelo Ministério da Saúde (MS).

De acordo com a gerente de Antropozoonoses da SES, Sidney Sá, a situação da dengue no Estado é um das mais positivas em relação ao Brasil. No ano passado, dos 510.117 casos da doença notificados no país, apenas 2.178 foram registrados em Sergipe, o equivalente a 0,42%. E o índice vem sendo reduzido a cada ano. Em 2002, o Estado notificou 7.594 casos de dengue, representando 2,19% dos 346.139 casos registrados em todo o país.

“Sergipe vem avançando bastante no combate à dengue. No entanto, é importante frisar que os gestores e a população devem permanecer em alerta, adotando todas as medidas preventivas. O combate à dengue requer esforço coletivo. Nas visitas às residências, os agentes de saúde fazem o trabalho de supervisão e esclarecimento, mas no dia-a-dia todo cidadão deve se tornar um agente de saúde na sua casa e no seu bairro”, disse Sidney.

A gerente reforça a necessidade de prevenir a proliferação do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença, com ações simples como não deixar água parada nos pratos de plantas e pneus, vedar as caixas d’água e lavanderias, colocar garrafas vazias de cabeça para baixo, etc. “A única maneira de evitar a dengue é não deixar o mosquito nascer”, afirmou.

Orientação e monitoramento

Os índices de leishmaniose visceral, doença mais conhecida como calazar, também apontam Sergipe numa posição favorecida em relação ao Brasil. Atualmente, a região Nordeste representa 56% dos casos no país, mas de acordo com a última avaliação do Ministério da Saúde, Sergipe responde apenas por 2,45% dos casos. “É uma doença que começou na zona rural, mas que vem se expandindo para áreas urbanas. Em nosso Estado, a maior concentração de casos está em Aracaju”, frisou a gerente.

A atuação do Governo no combate a essas e outras doenças endêmicas, como raiva, leptospirose, Doença de Chagas e hanseníase, entre outras, está focada principalmente na orientação das diretrizes e no trabalho de monitoramento. “Apesar de não ser o executor das ações de controle das endemias, o Estado tem um papel determinante nesse processo, através de capacitações para os profissionais de saúde, fazendo o acompanhamento das ações e a avaliação dos indicadores”, comentou.

Busca ativa

Sidney Sá destaca ainda que alguns indicadores que podem ser considerados elevados, nem sempre representam uma situação de descontrole. Exemplo disso são os índices de esquistossomose, que nos últimos anos representou aproximadamente 10% dos casos no Brasil. “É comum que as pessoas interpretem esses indicadores como algo negativo. No entanto, isso é resultado da busca ativa por novos casos da doença, trabalho que os municípios vêm colocando em prática de forma cada vez mais eficaz”, explicou a gerente.

As ações de controle da esquistossomose estão centradas no diagnóstico precoce. O objetivo é identificar os casos com a antecedência necessária para iniciar o tratamento e evitar complicações. “Apesar do número elevado de notificações, os índices de internamento e óbito por causa da doença foram reduzidos”, disse Sidney, acrescentando que o controle da doença não se restringe às ações de saúde. “É um problema sócio-econômico também”, destacou.

Capacitações

A exemplo do trabalho que foi realizado em 2007, a Vigilância Epidemiológica já programou para este ano uma série de capacitações para aprimorar o conhecimento dos profissionais, discutindo aspectos clínicos e epidemiológicos das doenças endêmicas. Estão programadas para os próximos meses cursos sobre dengue, leishmaniose, hepatites virais, tuberculose, febre tifóide e Doença de Chagas, entre outras.

“Durante o ano passado também foram realizados vários cursos e oficinas sobre essas doenças. Só sobre dengue tivemos quase dois meses inteiros de capacitação, contemplando médicos, enfermeiros e agentes comunitários do Programa de Saúde da Família, profissionais da rede hospitalar da capital e do interior, coordenadores de endemias dos municípios e digitadores do sistema de informações sobre a dengue”, acrescentou.

Avaliação

Além do apoio logístico e técnico que a SES oferece aos municípios, a avaliação dos indicadores é outro importante papel do Estado. “Através do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (Sinan), os coordenadores municipais nos encaminham semanalmente os eventuais registros das doenças que são de notificação compulsória, ou seja, obrigatória. É com base nesses dados que definimos as áreas endêmicas e as orientamos sobre as ações que deverão ser implementadas em cada lugar”, afirmou Sidney Sá.

Segundo ela, alguns municípios sergipanos se empenham bastante no combate às doenças, não só no aspecto da prevenção, mas com a notificação e o acompanhamento dos casos. “Na presença dos sintomas de qualquer uma dessas doenças, o profissional de saúde deverá indicar o procedimento adequado para diagnóstico. É muito importante que elas sejam confirmadas através de exame laboratorial”, concluiu a gerente.

 

 

 

 

 

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