[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]

"Basta de termos no horizonte apenas alguns acenos". Assim o secretário de Estado da Cultura de Sergipe, Luiz Alberto dos Santos, abriu e definiu o tom do Fórum de Secretários de Cultura do Nordeste na manhã desta terça-feira, 29, no hotel Celi, na Orla de Atalaia. Secretários de Estado e representantes de órgãos de cultura de todo o Nordeste estão em Aracaju para discutir novas diretrizes para distribuição de recursos, assim como refletir sobre políticas de intercâmbio cultural para a região. O encontro se encerra nesta quarta-feira, 30.

A pauta central do encontro é a redistribuição de recursos para a cultura, o que passa por uma reflexão sobre a Lei Rouanet, criticada pelas autoridades presentes por inviabilizar o envio satisfatório de recursos para o Nordeste. A presidente do Fórum e da Fundação Cultural do Piauí, Sônia Terra, argumentou que a lei falha, sobretudo, por não vislumbrar a complexidade cultural da região. "Há falta de sensibilidade para entender que o Nordeste presta uma contribuição enorme ao país. As políticas de financiamento ainda são muito centralizadas no eixo Rio-São Paulo". Dos cerca de R$ 1 bilhão patrocinados por empresas, o Nordeste fica com menos de 10%, enquanto 70% do montante é direcionado ao eixo Rio -São Paulo – Minas Gerais.

A chefe da Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura, Tarciana Portella, reforçou o quadro pouco favorável da região em relação à política nacional de investimentos culturais. "Existe, de fato, não só um estrangulamento em relação a recursos, como tambem um estrangulamento operacional. E uma vez que temos aqui uma intensa movimentação cultural, a distribuição de recursos é insuficiente", disse.

O posicionamento dos secretários no Fórum será encaminhado ao Ministério da Cultura. "Vamos sair daqui com algumas diretrizes e linhas visando fortalecer a cultura na região no que diz respeito à democratização e ampliação das ações de fomento", explicou Tarciana Portella.

Sônia Terra, presidente do Fórum, destacou que não há falta de bons planos para a cultura brasileira, mas falta de recursos para viabilizá-los."E não viemos aqui fazer política de Governo. Queremos solidificar uma política de Estado respeitando a diversidade da cultura brasileira. Queremos, nesse Fórum, abordar de forma direta as políticas de cultura sobre a região Nordeste", destacou Sônia Terra.

Intercâmbio

A outra pauta do Fórum é a implementação de intercâmbio cultural entre Sergipe e os Estados da Bahia, Pernambuco e Ceará. "Já é hora de se ter um contato maior com esses centros de crescimento econômico, populacional e de produção cultural. Precisamos nos organizar mutuamente em circuitos, pois esses espaços podem se constituir em mercado para nossos artistas. Vamos colocar o pé na estrada", declarou o secretário Luiz Alberto dos Santos.

O secretário de Estado da Bahia, Márcio Meirelles, destacou a importância do encontro para reforçar também a proximidade entre os estados. "É importante esse alinhamento do Nordeste em torno de uma identidade cultural. Os estados têm muitos traços em comum, e a enorme diversidade mais nos aproxima do que nos afasta. Se conseguirmos juntar nossas forças, poderemos atrair recursos e maior desenvolvimento para a cultura nordestina", disse ele.

Presenças

Também compareceram ao Fórum os secretários Sandoval Nóbrega Souza, da Paraíba, Joaquim Crispiniano Neto, do Rio Grande do Norte, Osvaldo Viégas, de Alagoas, Francisco Auto Filho, do Ceará, Luciana Azevedo, representante da Secretaria de Pernambuco, e o secretário-adjunto de Cultura do Maranhão Nataniel Silva Máximo.

Na tarde desta quarta-feira, 30, após o encerramento do encontro, os participantes visitarão os mercados do centro histórico de Aracaju e os Museus de Arte Sacra, Afro-brasileiro, e a Igreja Camandaroba, localizada na cidade de Laranjeiras.

[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.