Sergipe participa do lançamento do Plano nacional de cultura exportadora
O Estado de Sergipe, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), esteve presente no lançamento do Plano Nacional da Cultura Exportadora, ocorrido nesta quarta-feira, 22, em Brasília (DF), durante a reunião do Conselho Nacional de Secretários de Desenvolvimento Econômico (Consedic). Na oportunidade, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Maurício Borges, entregou ao gestor da Sedetec, Saumíneo Nascimento, uma via do Plano Nacional da Cultura Exportadora com o Plano de Ação para o Estado de Sergipe.
O Plano Nacional da Cultura Exportadora visa coordenar e promover ações de desenvolvimento e difusão da cultura exportadora nas Unidades da Federação. Sergipe faz parte dos 22 Estados que participam do Plano, que têm cinco eixos de atuação: cultura exportadora; inteligência comercial e competitiva; ambiente de negócios; diversificação e qualificação da pauta exportadora; e promoção comercial.
Durante o evento, no auditório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Fernando Pimentel, destacou que o Brasil faz parte hoje do clube das economias desenvolvidas do mundo. “Isso é um fato consolidado e precisamos compreender os desafios que estão pela frente”, disse o ministro.
Para Pimentel, a indústria brasileira deve se adaptar para crescer de forma semelhante aos setores agrícola e mineral. O ministro ainda enfatizou que a pauta brasileira de produtos exportados deve mudar. “Os países desenvolvidos não têm uma pauta exportadora concentrada em commodities agrícolas e manufaturas de trabalho intensivo. Eles têm uma pauta de produtos de capital intensivo e de alto valor agregado, com aplicação de tecnologia e inovação. Essa é a pauta do século 21 e essa é a mudança que temos que implementar na economia brasileira”, analisou.
A secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Lacerda Prazeres, que coordena o Plano Nacional da Cultura Exportadora, disse que a ideia é ainda desconcentrar, regionalmente, as exportações brasileiras. “O objetivo é mobilizar e capacitar gestores públicos, empresários de pequeno e médio porte, e profissionais de comércio exterior para aumentar e qualificar a base exportadora”, explicou a secretária.
Plano de ação em Sergipe
A partir de agendas de trabalho construídas com os governos estaduais, foram elaborados Mapas Estratégicos (14 Estados) e Planos de Ação (8 Estados) de Comércio Exterior. Para cada Estado, foram selecionados setores estratégicos para o comércio exterior com definição das respectivas ações e atividades. A execução do Plano será acompanhada online pelo Sistema de Informações Gerencias (SIG) para avaliação das ações.
Para Sergipe, inicialmente os setores estratégicos para a implantação do Plano são os de agroindústria (alimentos e bebidas), biocombustíveis (álcool), calçados, cosméticos, madeira e móveis, metal mecânico, minerais não metálicos, tecnologia da informação e comunicação e têxtil e confecção.
No Plano de Sergipe, consta uma matriz consolidada pelo MDIC com as ações planejadas pelo Estado, destacando-se o atendimento de empresas pelo Projeto Extensão Industrial Exportadora (Peiex), envolvendo a Apex e a Federação das Indústrias de Sergipe/IEL; as capacitações do Banco do Brasil; as possibilidades de financiamento às exportações pelo BNDES; programas de inteligência comercial e encontros de negócios via a Confederação Nacional da Indústria; dentre outros; com o próprio Ministério do Desenvolvimento.
Parceria
Para executar o plano, o MDIC conta com a parceria das seguintes instituições: Apex-Brasil, Agência Brasileira do Desenvolvimento Industrial (ABDI), Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Caixa Econômica Federal, Confederação Nacional da Indústria (CNI), Correios, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Ministério das Relações Exteriores (MRE), Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sebrae, Senac, Senai e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).
*Com informações do MDIC
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