Sergipanos debatem propostas com delegados de todo o país no 2º dia da Consocial Nacional

A 1ª Conferência Nacional Sobre Transparência e Controle Social (Consocial), em Brasília (DF), seguiu, no sábado, 19, com a programação de debates e discussões das propostas que comporão o Plano Nacional de Transparência e Controle Social. Em seu segundo dia, a Conferência conta com um intenso trabalho de priorização de 20 propostas, por cada subgrupo de debates, que resultará num total de 80 diretrizes para apreciação do Governo Federal.

Segundo a coordenadora geral da Consocial Nacional e diretora de Prevenção da Corrupção da Controladoria Geral da União (CGU), Vânia Vieira, o desenrolar da Conferência está atendendo plenamente a expectativa dos organizadores do evento. “Ontem, as pessoas passaram toda a tarde debatendo nos grupos e hoje este debate será mais aprofundado. Ao final do dia, nós teremos a priorização de vinte propostas em cada grupo de trabalho para que, amanhã, possamos preparar a priorização final para a Conferência”, afirma Vânia.

A coordenadora explica que a Consocial adota uma metodologia diferenciada de trabalho baseada no debate democrático, principalmente no privilegiamento dos debates das etapas preparatórias. Vânia esclarece que a política de priorização, das propostas eleitas nas Conferências, faz questão de respeitar a discussão iniciada nos municípios, nos Estados, e que, agora, se finaliza em âmbito nacional.

“Nós não estamos incluindo nem rechaçando propostas, estamos elegendo aquelas mais prioritárias e urgentes para sociedade nesse momento. Temos a melhor expectativa possível de toda essa movimentação para que possamos ter uma Conferência fantástica, e que reflita, de fato, naquilo que a sociedade anseia”, observa a coordenadora da Consocial Nacional.

Atuação intensa

Com 28 representantes, a delegação de Sergipe, junto à equipe da Controladoria Geral do Estado (CGE), permanece atuando fortemente na discussão das propostas que vão da promoção da transparência pública aos mecanismos de capacitação da sociedade para o controle da Gestão Pública.
O diretor de Gestão Estratégica da Controladoria Geral do Estado (CGE) e membro da Comissão Organizadora da Consocial/SE, Roberto da Costa, presente no evento, ressalta que a delegação sergipana é uma das mais legítimas dentre os diversos representantes estaduais e regionais presentes na Conferência.

“Não tenho dúvidas que esse evento é uma coroação de tudo aquilo que vivenciamos em Sergipe, das conferências municipais até a estadual. Infelizmente não pudemos trazer todos os delegados eleitos nas Conferências municipais, mas a delegação de Sergipe estão dentre as mais atuantes que encontramos aqui. Não podemos perder a chama acessa da integração que esses grupos tem demonstrado para as ações de controle social e transparência pública”, analisa Roberto.

Com bastante perseverança, a delegada sergipana eleita pela sociedade civil, Cláudia Dias, participa do grupo de trabalho que debate sobre a atuação dos Conselhos de Políticas Públicas como instâncias de controle. Portando a deficiência da baixa visão, a delegada diz que atuar nesse grupo traz a possibilidade de se criar políticas públicas mais eficientes àqueles que passam por situação semelhante.

“Acredito que no eixo três poderemos priorizar alguns pontos de interesse da sociedade, a exemplo da criação de conselhos voltadas às pessoas com deficiência. A proposta é de que estas pessoas possam atuar fortemente nesses conselhos. Nesta Consocial, a interação nos grupos está muito boa e acredito que as nossas propostas estão sendo bem acolhidas”, declara  Cláudia.

É o que também pensa a sacerdotiza Marlene Monteiro, conhecida como Yakoleci, da delegação de Rondônia. “Da mesma forma que defendemos com muita força nossas propostas nas conferências anteriores, nessa Consocial Nacional temos que trabalhar com mais garra, até pela grande quantidade de sugestões que foram encaminhadas para essa Conferência. Estou no eixo que se refere às diretrizes para a prevenção e combate à corrupção e não tenho dúvidas que este é um tema que deve ser tratado com muito zelo”, avalia.