Seminário de meteorologia revela transformações em Sergipe

Nesta quinta-feira, 9, foi realizado no mini auditório da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), o I Seminário de Meteorologia de Sergipe promovido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Semarh), com o apoio da Seagri.

O secretário de Estado da Agricultura, Paulo Viana, fez a abertura do evento, destacando o papel transcendental do serviço de meteorologia de Sergipe, parceiro de todos os instantes da Seagri e de sus vinculadas Emdagro e Cohidro, e por desdobramento do trabalhador rural, em razão das informações prestadas sobre a incidência de chuvas e projeção para o Estado, permitindo o repasse de orientações ao homem do campo.

Ele defendeu um trabalho focado numa politica de integração, evitando-se o paralelismo de ações e atividades, em razão da eficiência do trabalho executado em Sergipe pelo órgão específico; e foi taxativo quando expôs a necessidade de interação de toda a cadeia produtiva da agricultura, para que não se transfira renda para outros segmentos.

Paulo Viana mostrou ainda como exemplo de investimento e decisão, a racionalização do Projeto Jabiberi, em Tobias Barreto, cujo perímetro recebeu transformações a partir da mudança do método de irrigação, passando para aspersão localizada, redundando numa economia de água de tal monta que permitiu o abastecimento de água do município.

Apontou o projeto Balde Cheio que vem modificando a pecuária leiteira, uma vez que o criador anteriormente dispunha apenas de uma vaca por hectare e hoje, adotando o sistema de rodízio de pasto já detém 10 animais com a mesma área, já promovendo a melhoria no rebanho para que venha a atingir patamares de produção conseguidos em São Paulo, mostrando ao criador a necessidade de estruturação de mercado para absorver a produção projetada tecnicamente para aquele perímetro.

O superintendente de Recursos Hídricos da Semarth, Ailton Rocha, fez um relato sucinto sobre os avanços tecnológicos da meteorologia em Sergipe. Segundo ele, permitindo informações online, incluindo a introdução no Estado de 18 telepluviômetros, formatando assim a Rede Hidrometeorológica, o que coloca Sergipe em situação privilegiada no que tange ao monitoramento de clima e tempo, além de um trabalho poliqualitativo das águas.

“Dentre as perspectivas, está aquisição de um radar meteorológico, como também a instalação de uma Sala de Situação para coar o controle de informações preventivas visando minimizar danos maiores em casos de intempéries”, disse Ailton Rocha.

A primeira palestra foi proferida pelo coordenador do Centro de Meteorologia de Sergipe (Cemese), Overland Amaral Costa, que mostrou em dados concretos, a evolução da Meteorologia no Estado, ressaltando que, neste governo, praticamente se saiu do zero para intervenções progressivas, incluindo a introdução de equipamentos de ponta, adequando ao que a modernidade exige, oportunizando a operacionalização de monitoramentos no Estado e possibilitando a emissão de ocorrências, evitando-se prejuízos em casos em que se projete maior gravidade.

Ele assegurou a possibilidade de avisos à Defesa Civil, e às prefeituras municipais cujos municípios estejam em áreas que possam ser atingidas por intempéries, possibilitando a retirada de pessoas e animais, o que tem reduzindo o impacto de precipitações pluviométricas de maior incidência em Sergipe. Da mesma forma que se torna possível o fornecimento de informações ao grande parceiro que é a Secretaria da Agricultura, no que tange aos quantitativos de pluviosidade para que, em cima desses dados, os agricultores venham ser orientados sobre o plantio.

César Durco, diretor da Fapes/SC, foi o segundo palestrante da Mesa Redonda ‘Rede de Desastres Naturais para o Estado de Santa Catarina’. Pela tarde o tema se concentrou numa discussão voltada á consolidação de uma proposta de Rede de Desastres Naturais para o Estado de Sergipe, sob a coordenação de Ricardo Santana, da Fapitc/Se, tendo como relatos Overland Amaral Costa da Cemese.