[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), executado pela Prefeitura de Aracaju por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), tem conquistado grande êxito na capital sergipana. Além de manter crianças e adolescentes afastados das ruas da cidade e longe da exploração, que as colocavam em situação de risco e vulnerabilidade social, o Programa tem obtido excelentes resultados a partir das oficinas sócio-educativas disponibilizadas nos Centros de Referência de Assistência Social, onde são desenvolvidas atividades artísticas, que contribuem com a elevação da auto-estima destes jovens.

É nestas oficinas que o Peti tem revelado grandes talentos artísticos. Um dos exemplos é Roseane da Silva, que aos 11 anos descobriu-se dançarina com as aulas que freqüenta na Oficina de Dança. Participando do espetáculo de dança folclórica, “Andanças”, Roseane sempre arranca aplausos da platéia que a assiste. Para artistas profissionais, Roseane é considerada uma revelação. A dança fez dela uma verdadeira cidadã. “Quando danço me sinto emocionada, alegre e feliz”, revela, animada. “Na primeira vez que dancei fiquei nervosa, com medo de errar, mas depois saiu tudo bem. Isso me deu muita confiança não só na dança, mas em tudo que eu faço”, observa. Autoconfiante, longe do trabalho pesado a que era submetida para ajudar a família, ela lembra que sua vida começou a se transformar há cinco anos quando começou a ser atendida pela Semasc. Hoje, a garota já vislumbra um futuro brilhante, o que no passado parecia praticamente impossível. “Quero ser advogada quando eu crescer”, diz.

Outra revelação do Peti é Patrick Santana, também com 11 anos, que há dois anos foi incluído no programa. “Gosto muito daqui porque tenho a oportunidade de dançar, de brincar e fazer as dinâmicas de leitura, escrita e pintura”, revela, ao listar suas preferências. Além de participar da coreografia dos palhaços, Patrick se apresenta também no espetáculo “Papagaio Joaquim”, uma peça teatral, que mistura interpretação e expressão corporal, baseada na obra do escritor Manoel Cerqueira, que narra a história de um papagaio que vem conhecer Aracaju.

Satisfação
Para a coordenadora pedagógica do Programa, Telma Maynart, o desempenho dos jovens representa uma grande satisfação para a equipe técnica da Semasc. “Para a gente que trabalha diretamente com eles, é uma grande satisfação porque estamos percebendo o resultado do trabalho que estamos desenvolvendo”, diz, emocionada. “Muitas vezes somos abordados pelos pais que declaram o quanto está sendo importante a participação e o aprendizado das crianças e adolescentes no Peti”, analisa Telma.

Os irmãos Lucas Santos, 13 anos, e Grecy Kelly Santos, 11anos, também surpreendem com seus talentos. Grecy, além de atuar na peça o Papagaio Joaquim, também faz parte da coordenação de eventos formada por alunos do Peti. Esta comissão é responsável pela organização e decoração do espetáculo. “Eu sinto uma alegria porque tenho uma oportunidade que, quando não fazia parte do Peti, eu não tinha”, comenta. “Antes minha vida era só trabalhar em feiras e, em casa, eu vivia brigando com um irmão. Agora estou melhor, aprendendo a me controlar e, depois que entrei no grupo de dança, sei que quando eu crescer posso seguir na dança”, vislumbra a adolescente.

Lucas, que interpreta o papagaio Joaquim, revela que o Peti lhe abriu novos horizontes. “As apresentações me fizeram perder a timidez. Quando me apresentei pela primeira vez, senti um nervoso e um frio na barriga. É muito bom estar ali me apresentando. Você vê que as pessoas gostam e tem gente que quer participar junto com a gente”, comenta, satisfeito. “Aqui no Peti eu tenho atividades e gosto de tudo. Faço esportes, futebol, capoeira e há dois anos e meio faço a dança”.

Muito orgulhoso pelo sucesso dos alunos, o educador de arte social Sidney Azevedo comenta a satisfação que tem ao ver seus alunos progredirem. “Começar do nada e ver o espetáculo no palco com estes meninos é uma emoção muito grande. É uma satisfação única. É uma prestação de contas com a comunidade, dos trabalhos que são realizados aqui no Peti”, conceitua o educador.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.