[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A inclusão no mercado de trabalho já é uma realidade para mulheres gestantes, que integram o Projeto GestAção, criado a partir de uma parceria firmada entre a Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), e o Instituto G. Barbosa para atender e profissionalizar gestantes inclusas no Programa Bolsa Família ou em situação de risco e vulnerabilidade social. Esta é mais uma ação da Prefeitura Municipal de Aracaju para oferecer oportunidade de geração de renda e tornar autônomos os beneficiários do Bolsa Família.

Em pouco mais de quatro meses, o curso oferecido pelo Projeto GestAção já viabilizou contratos profissionais de algumas alunas com Salão de Beleza da cidade, atendendo convite do cabeleireiro Gilvan dos Santos. O Projeto, desenvolvido pela Semasc e Instituto G. Barbosa, conta com apoio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e está atendendo atualmente a 50 mulheres, com aulas ministradas no Centro de Referência João Oliveira Sobral, localizado no bairro Santos Dumont. Naquele Centro de Referência, as gestantes têm acesso a aulas de relacionamento interpessoal e aulas práticas sobre técnicas de tratamento capilar, corte, penteado e escova, além de ministradas aulas envolvendo conhecimentos sobre autogestão empresarial. Além das aulas práticas e teóricas, as gestantes passam por acompanhamento pré-natal, de vacinas e participam de palestras educativas.

Durante as atividades, as mulheres que já deram à luz encontram apoio do Centro de Referência, que disponibiliza creche e berçário. Naquele espaço, as mulheres deixam as crianças para acompanhar o curso, que é sinônimo de esperança e vida melhor para as alunas. “Esse curso representa um futuro, uma porta de emprego”, resume Marília Aragão Cardoso, de 18 anos, que está grávida do primeiro filho. “Agora já consegui um emprego, o que foi maravilhoso porque meu filho não tem pai e desse emprego sairá o nosso sustento”, revela Marília, refletindo sobre a importância do curso em sua vida.

Marília já está atuando no Salão de Beleza Gil Saint. “Para mim, esta está sendo uma experiência muito boa, pois estou aprendendo na prática como lidar com clientes”, observa Marília. “Aqui no salão as alunas têm a oportunidade de aprender um pouco mais”, comenta o cabeleireiro Gilvan, que já contratou quatro alunas do curso. “Eu tenho a pretensão de contratar mais alunas para trabalhar em um segundo salão que estou abrindo. A contratação só vai depender do esforço delas”, revela o cabeleireiro.

A decisão do cabeleireiro garante a felicidade das alunas. Para Danielle Alves de Jesus, de 23 anos, que há um mês começou a trabalhar no salão, o curso representou a conquista do primeiro emprego. “Antes do curso eu não sabia nada e não trabalhava. Com o curso, fui me desenvolvendo mais e já estou até trabalhando”, conta a jovem sem esconder o orgulho. Ela revela que, com o salário que está recebendo no Salão onde trabalha, somado às comissões que recebe por cliente atendido, já prepara o enxoval do seu bebê.

Joseane da Conceição Santos, de 22 anos, também comemora o primeiro emprego. “Eu estou adorando poder trabalhar aqui no salão e, com o dinheiro que recebo, já ajudo em casa”, revela a jovem, vislumbrando um futuro melhor para sua família. “Em casa eu já trabalhava fazendo escova. Mas com o curso estou aprendendo mais e é muito importante porque no final ainda recebemos certificado,”, comenta Joseane, que há dois meses teve seu primeiro filho e garante que este episódio não atrapalhou suas aulas devido ao apoio que tem recebido da Secretaria Municipal de Assistência Social.

Cidadania

Aquelas que já tiveram os filhos também podem levar os bebês para o Salão de Beleza para o qual foram contratadas. “Todos aqui ajudam. Se uma está ocupada com uma cliente, a outra vai amamentando os bebês. Dividimos os carrinhos e os cuidados com os nossos filhos,” conta Elisângela Rocha Oliveira, de 27 anos, que trabalha no salão e há dois meses teve seu primeiro filho e há três ingressou no Salão, ainda gestante. “Meu objetivo agora é me profissionalizar. Ter conhecimento, que era algo que eu não tinha”, complementa.

Elisângela não esconde a emoção pela oportunidade. “Eu trabalho aqui duas vezes por semana e só parei um pouco quando tive o meu bebê, mas logo voltei”, revela orgulhosa, entre sorrisos, a jovem mãe Elisângela que nunca teve a oportunidade de se profissionalizar e possuir uma profissão definida.

Os clientes do Salão de Beleza não escondem os elogios à turma. A funcionária pública Lenise de Araújo Santos, que é cliente do salão, não se incomoda com a presença dos bebês. “Eu acho muito importante esta oportunidade que elas estão tendo porque proporciona o desenvolvimento social delas. Eu gostei muito do trabalho delas. Agora sou freguesa cativa”, brinca a cliente.

De mesma opinião é a pensionista Zelimar Santos Silva Costa. “Eu acho ótimo essa oportunidade que estas mães estão tendo porque o trabalho delas é ótimo. Eu gosto dos bebês e eles não incomodam”, comenta Zelimar.

Além da oportunidade do primeiro emprego, o curso também permitiu a estas mães a planejar suas vidas. As amigas Rita, Marília e Elisangela já fazem planos de, num futuro breve, gerenciar um negócio próprio. “Temos planos de montar uma cooperativa com um salão”, declara Rita Oliveira. “Vamos comprando tudo aos poucos e cada uma vai contribuindo com uma coisa”, planeja Elisângela Rocha Oliveira.

Rita Oliveira tem 26 anos e conta que trabalhava como doméstica antes de participar o Projeto GestAção. “O curso mudou minha vida. Antes eu trabalhava em casa de família e não sabia nada, passava o mês todo para ganhar uma mixaria e não era valorizada”, relembra a moça. “Hoje eu aprendi a dar escova, a cortar cabelos… Descobri que adoro cortar”.

Suely Gustavo Ribeiro também é outro exemplo. “Para mim, este curso foi um exemplo de vida maravilhoso. Eu já mexia com cabelo, mas aprendi mesmo foi no curso e agora o que eu pretendo é trabalhar bastante e, com o tempo, montar meu próprio salão”, comenta Suely, que recentemente recebeu proposta para estagiar durante três meses em um Salão de Beleza, recebendo 50% de comissão. “Eu estou muito animada porque é um salão famoso e eu sei que, se me esforçar, serei contratada”, afirma ela esperançosa.

Para o cabeleireiro e instrutor Gilvan dos Santos, que ministra os fornecidos pelo Programa de Inclusão Produtiva idealizado pela Semasc para tornar independentes as pessoas beneficiárias do Bolsa Família, a experiência com as alunas foi surpreendente. “As alunas realmente se dedicaram, mostrando que só precisam mesmo é de oportunidades como esta. Eu fiquei tão impressionado com o desempenho delas que acabei contratando sete alunas para trabalhar nos meus salões e indiquei outras para salões que conheço”, observa o instrutor.

Michele da Conceição, que está no sétimo mês de gestação, já se prepara para começar a trabalhar após o parto do primeiro filho. “Esse curso sem dúvida representou muita coisa porque antes dele eu era tímida e não sabia nada”, revela Michelly ao denunciar que teria sido demitida de uma empresa, onde desenvolvia função de recepcionista por estar grávida. “Eu agora estou feliz porque recebi a proposta de trabalhar com maquiagem no salão do professor e começo a trabalhar assim que meu bebê nascer. No futuro, quero abrir meu próprio salão”, sonha Michelly.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]

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