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O Estado de Sergipe tem metade de seu território coberto por Caatinga. Reconhecendo o valor desse bioma o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), promoveu durante esse último final de semana uma exposição em alusão ao Dia Nacional da Caatinga, comemorada no dia 28 de abril. A exposição, que aconteceu no Shopping Jardins, contou com diversas fotografias da fauna e da flora da caatinga, assim como produtos produzidos pelo bioma a exemplo de sementes, mel e raízes.

Durante todo o final de semana centenas de pessoas visitaram a exposição que teve como finalidade mostrar o outro lado do único bioma genuinamente brasileiro que ocupa aproximadamente uma área de 750.000 km2, e cerca de 11% do território nacional. “Um dos objetivos da exposição, é passar para a população da capital as experiências e vivencias do sertanejo, mostrando assim sua realidade assim como suas alternativas de sobrevivência mediante aos tempos de escassez hídricas”, afirmou o gestor do Monumento Natural Grota do Angico (MONA), Thiago Roberto.

Na exposição o agricultor rural, Carlos Soares, ofertou aos visitantes do estabelecimento comercial balas e bolos feitos do mel de abelha da própria caatinga e fabricados pela Associação de Melicultores de Canindé do São Francisco. “Trouxe também algumas plantas da região como o mucuná, o pau ferro, a Bagé da catingueira, entre outros”, disse.

Ainda segundo o trabalhador rural, a exposição foi de importância uma vez que a população irá retirar de suas mentes que a caatinga é tratada como uma região estéril e pobre em diversidade. “As pessoas devem retirar já esse conceito de suas cabeças, pois a caatinga é um bioma bastante rico e produtivo”, afirmou, dizendo ainda que por mais que a mídia reforce a ideia de um lugar improdutivo, para ele a caatinga tem surpreendido cada vez mais pela sua resistência às condições climáticas adversas a exuberância de suas formas de vidas.

Quem também ficou encantada com a exposição, foi a comerciante Adriana Almeida. “Jamais pensaria que a caatinga fosse um bioma tão belo assim, pois o que vemos na televisão é uma região seca, sofrida por causa dos fatores climáticos. Porém ao vê essa exposição tenho a certeza que sairei daqui com outro olhar”, disse.

O Sertanejo é um forte

Outro atrativo diante da exposição se deu a partir de alguns utensílios do cotidiano da região da caatinga, feitas assim pelos moradores do município de Porto da Folha. Quem passava pelo local se impressionou com as peças, assim como o cortejo dos sanfoneiros mirins do Peti e cangaceiros perna de pau de Canindé de São Francisco que animaram todos os visitantes ao som do velho e autentico forró.

Durante o cortejo, os sanfoneiros fizeram também uma homenagem ao Rei do Baião, Luiz Gonzaga, tocando assim sucessos como Asa Branca, entre outros. Para o prefeito Heleno Silva, que também participou do cortejo e da exposição, a iniciativa foi excepcional. “Essa exposição foi importante primeiro, pela conscientização do bioma caatinga. Devemos conscientizar os brasileiros principalmente aqueles que vivem na região, no sentido de preservá-la, já que a caatinga é muito importante para o nosso ecossistema’, disse, enfatizando ainda que uma alternativa de manter essa preservação se dá pela educação ambiental.

Ações

Referente às ações para a preservação do bioma, o secretário de Meio Ambiente, Genival Nunes, destacou que o Governo do Estado vem arduamente trabalhando para a conservação e preservação do mesmo. Deu como exemplo a criação do Monumento Natural Grota do Angico, que protege 2.138 hectares de caatinga, da qual abrange áreas dos municípios de Poço Redondo e Canindé do São Francisco.

“A área protegida resguarda também a Grota do Angico, local onde Lampião e parte do seu bando foram mortos, marcando assim o fim do Cangaço. Outro diferencial da área é que estudiosos de várias partes do país veem até a região para fazer estudos, produzindo assim inúmeros trabalhos científicos contemplando o bioma. Outra ação do Governo na proteção do bioma se dá a partir do trabalho feito junto às cerâmicas visando à diminuição do consumo de vegetação nativa. Temos ainda a modificação da matriz energética das padarias saindo de lenha para gás”, comemora o secretário, destacando ainda outras ações.

Genival Nunes destaca ainda que a Caatinga é marcada pela presença de um povo forte e resistentes às adversidades do clima.

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