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O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMAUnep) elegeu os anos de 2011-2012 como ‘Ano Internacional do Morcego’, numa iniciativa que visa à valorização dessa espécie. Durante a manhã desta terça-feira, 6, técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) lançaram a campanha educativa “Morcegos seres extraordinários, importantes na manutenção e formação de florestas”, com a realização de palestras educativas nas escolas públicas e particulares do entorno do Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, localizado no município de Capela.

A campanha, desenvolvida através da Superintendência de Áreas Protegidas Biodiversidade e Florestas da Semarh, tem como foco divulgar e conscientizar a população sergipana sobre a importância dos morcegos para a biodiversidade do Estado. A palestra foi ministrada pelo biólogo e coordenador da Unidade de Conservação Monumento Natural Grota do Angico, Jefferson Mikalauskas.

Durante sua explanação, Jefferson retirou das mentes de alunos e professores a ideia de que os morcegos são conhecidos como seres de crendice e de superstição, principalmente quando as pessoas o associam como pragas. Mostro, ainda, a importância ecológica e econômica que eles trazem para a sociedade.

O biólogo destacou também que os morcegos interagem como agentes polinizadores ou controladores de pragas, frisando que, em apenas uma única noite, algumas espécies podem dispersar mais de 60 mil sementes, enquanto outras comem mais de seis vezes seu peso em insetos, que são considerados como pragas agrícolas.

 “As sementes dispersadas por morcegos ajudam na recuperação de áreas desmatadas ou na regeneração da vegetação de morros e encostas. Devemos, portanto conhecer e valorizar estas espécies, agradecendo sua existência”, citou.

Através de uma representação esquemática, o palestrante explicou para os alunos o sistema esquelético de um morcego na qual é composto por ossos longos, finos, tubulares e leves. Ressaltou que os morcegos são os únicos mamíferos que têm a capacidade de realizar um vôo verdadeiro.

Jefferson abordou também sobre a ordem Chiroptera, que é um dos grupos mais diversificados de mamíferos, tendo 18 famílias, 202 gêneros e 1120 espécies. Além de duas subordens a Megachiroptera e a Microchiroptera.

No Brasil, existem cerca de nove famílias: Emballorunidae, Phyllostomidae, Natalidae, Furipteridae, Thyropteridae, Noctilionidae, Vespertilionidae, Mormoopidae e Molossidae. Em Sergipe, não são encontradas as espécies Thyropteridae e Furipteridae.

Jefferson também explicou que os morcegos podem transportar mais de 500 pequenas sementes de árvores para longas distâncias, e auxiliar na reprodução de centenas de espécies de plantas, polinizando suas flores, assim como os beija-flores e abelhas.

Participação

Mediante as explanações, alguns alunos responderam de forma positiva à palestra. A aluna do 8º ano Marcela Alexia Cardoso, de 13 anos, disse que aprendeu várias coisas, principalmente sobre a quantidade de espécies de morcegos existentes no Brasil como também os tipos de alimentos que eles consomem.

“Aprendi que existem vários tipos de morcegos e isso era algo que não sabia. Outra coisa que me chamou atenção foi que pensava que os morcegos só bebiam sangue e eram considerados como vampiros, quando na verdade eles se alimentam de outras formas”, cita o estudante do 6º ano, Pedro Guilherme.

Para a diretora do colégio, Magali dos Santos, palestras de cunho educativo são fundamentais para o conhecimento de seus alunos. “Essas palestras são necessárias para os alunos, uma vez que a temática dos morcegos era algo que muitos não conheciam. Através dessa palestra, creio que os alunos poderão ter uma nova visão desses mamíferos, despertando assim uma certa curiosidade para obter novas informações dessas espécies”, revela.

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