Semarh desenvolve atividades para celebrar o Dia da Mata Atlântica

Para comemorar o Dia Nacional de Mata Atlântica, nesta segunda-feira, 27, a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) desenvolveu uma programação na capital e no interior do Estado com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da preservação desse bioma. Em Sergipe, 54% do seu território são de Mata Atlântica.

Na programação em Aracaju aconteceu pela manhã um plantio simbólico de espécies nativas da Mata Atlântica com alunos do curso fundamental menor da Escola Reunidas 8 de Maio, no bairro Porto Dantas, zona Norte da capital.

“Plantei junto aos meus coleguinhas um pé de Cajueiro. Ele vai deixar a escola mais fresquinha e nos fornecer mais oxigênio”, contou o esperto Leonardo Santos de Andrade, de apenas 07 anos. A pequena Yasmin Michelli Soares, que cursa o 4º ano, contou que tem horta e pomar em sua casa e que agora irá regar mais uma planta. “A árvore é uma espécie da mata atlântica e fruto símbolo da cidade de Aracaju. Quando ela crescer, vamos colher caju aqui na escola”, sorriu feliz.

De acordo com a diretora da Escola, Maria Carmem Melo, os alunos participaram de uma importante iniciativa. “Eles não conheciam a importância da área de preservação. Já que moramos bem próximos a Apa que protege o bioma da Mata Atlântica da capital, eles ficaram sabendo quanto é importante proteger e preservar esse espaço”, destacou parabenizando a ação da Semarh.

Para o conselheiro consultivo da Apa Morro do Urubu, membro representante da prefeitura municipal da capital sergipana, nenhuma ação ambiental voltada para a comunidade terá êxito sem a Educação Ambiental. “É preciso conhecer para que todos nós, adultos e crianças presentes e futuras gerações, sensibilizem-se e passem a proteger o meio ambiente”, frisou o diretor de controle ambiental da PMA, José Rosa Felipe Filho.

“O Morro do Urubu abriga um dos últimos testemunhos de Mata Atlântica da cidade, abrangendo assim uma área de 213.872 hectares, constituídas por áreas públicas e privadas. Por termos uma concentração de moradores em torno da área, há necessidade da promoção de atividades que despertem a conscientização ambiental sobre a área”, destacou a coordenadora da Apa Urubu, Melanie Nascimento.

Em Capela, onde a Semarh administra o Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, foram realizadas atividades educativas na feira do município como exposição fotográfica, oficina de mudas com apresentação de espécies nativas, distribuição de mudas e sementes, assim como um plantio no local do evento.

Iolando Nascimento Santos, líder da Banda Vila de Pífanos do Povoado Pedras disse está sendo legal unir a cultura popular da cidade em defesa ao meio ambiente e a mata atlântica que tem em Capela. “Temos que cuidar para não ter devastações queimadas e sim reflorestamento”.

“A importância dessa comemoração aqui na feira é sensibilizar a comunidade envolvendo os alunos, adultos e idosos para o real valor de cuidar da Mata Atlântica”, afirmou o professor de Biologia Colégio Estadual Edelzio Vieira de Melo, Raoni França.

“Eu fiz questão de trazer os meus alunos da 9º ano para mostrar a realização desse trabalho na feira, que considero o melhor lugar para destacar a importância de preservar o nosso Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, a nossa Mata Atlântica. E, junto a Semarh, trazer os alunos e a Banda de Pífanos da nossa cidade ajudando a distribuir mudas e sementes da Mata Atlântica na feira José Pinto”, disse o professor de Historia do Colégio Estadual Edelzio Vieira de Melo.

Para o secretário de Meio Ambiente do Município, Pedro Alves Melo, foi importante essas atividades no Dia Nacional da Mata Atlântica por “mostrar à população a importância de cuidar do meio ambiente hoje, amanhã e sempre”.

A coordenadora do Refúgio de Vida Silvestre Mata do Junco, Maria Augusta, revela que a Mata Atlântica é um dos Biomas mais ricos em biodiversidade do mundo e também o segundo mais ameaçado do planeta. “Cerca de 70% da população brasileira mora em seu domínio. Por isso, viver na Mata Atlântica é um privilégio, mas também uma grande responsabilidade”. Conclui.