[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Missão cumprida. A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial (REAP) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Camille de Aragão Arruda, avalia positivamente a programação desenvolvida na Semana em Defesa da Luta Antimanicomial. O evento ocorreu na semana passada em vários locais de Aracaju e reuniu centenas de pessoas, gestores e trabalhadores em saúde, além dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps).

“Como resgate de sujeitos para discutir o movimento antimanicomial, a gente conseguiu, sim, nossos objetivos com a Semana Antimanicomial. A gente teve momentos muito bonitos e muito emocionantes na praça Dom José Thomaz, no bairro Siqueira Campos, nas discussões da Sociedade Médica de Sergipe (Somese), enfim, a gente deu voz ao portador de transtorno mental e sofrimento psíquico”, salientou a coordenadora.

Segundo ela, a palavra da Semana foi interação. A programação desenvolvida pelas equipes da REAP foi elaborada para que trabalhadores da Saúde e usuários pudessem interagir com a sociedade. Grande parte da população não acredita que é possível que aquelas pessoas possam cantar, dançar e se divertir normalmente. “A gente conseguiu mostrar isso na Semana”, ressaltou Camille Arruda.

A coordenadora lembrou ainda a participação das comunidades e o entrosamento dos estudantes das universidades Federal de Sergipe (UFS) e Tiradentes (Unit). “Tenho certeza de que quem vivenciou pelo menos um dos momentos das atividades da Semana, sentiu o que a gente sente agora. Somos militantes na Reforma Psiquiátrica, mas ver a comunidade participando dos eventos lá na praça, a escola participando da quadrilha, enfim, são coisas muito sutis, mas que tem uma força muito grande para quem passou anos internado em um hospital psiquiátrico e que não acreditava que seria possível viver as coisas mais simples da vida”, enfatizou.

Durante a Semana em Defesa da Luta Antimanicomial, a REAP realizou vários eventos culturais e lúdicos em vários locais de Aracaju: exibição de filmes; exposição ´Visões da Loucura´; e performances com os grupos teatrais ´Caixa Cênica´ e Stultifera Navis, e com a companhia de Dança ´Espaço Liso´.

Na praça do bairro Siqueira Campos, oficinas, mostras, prática de esportes, brincadeiras e muita diversão marcaram a atividade lúdica e interativa ´Praticarte – fazendo diferente´. As pessoas que tiveram a oportunidade de assistir ao evento foram testemunhas da interação entre agentes de saúde, usuários e comunidade em geral.

Além disso, ainda houve rodas de discussões com enfermeiros, com alunos das duas universidades. Em mesas redondas, foram discutidos direitos sociais, a cidadania dos portadores de sofrimento psíquico, a inclusão social dos mesmos e políticas públicas de Saúde Mental. Atividades lúdicas e recreativas realizadas no Centro de Criatividade na sexta-feira, dia 18, atraíram a atenção da comunidade.

O mesmo ocorreu com o projeto ´Arte em Toda a Parte´, coordenado pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju), que foi à praça Franklin Roosevelt, no bairro América, zona oeste de Aracaju, no último dia da Semana, dia 19, sábado. Na Tenda Circense, a oficina de palhaçaria ´De palhaço e louco todo mundo tem um pouco´, o Bazar dos Caps e a exibição do filme ´Simples como Amar´ fecharam em grande estilo a programação da Semana em Defesa da Luta Antimanicomial.

Resgate

Camille de Aragão Arruda frisou que acredita que a REAP pode trazer de volta o movimento antimancomial. “Resgatar a discussão da loucura para a sociedade é tentar reacender esta luta enquanto militância. É preciso também que a gente desconstrua a visão da loucura como algo incapacitante e inábil. A gente tem que fortalecer a discussão sobre a potência de vida do portador de transtorno mental”, finalizou.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Comments are closed.