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“É muito bom ver que as coisas estão mudando para nós do audiovisual. Esta iniciativa é muito abrangente fortalecerá muito a área em Sergipe”. Essas foram as palavras do realizador e presidente da Associação Brasileira de Documentaristas em Sergipe e representante do Fórum do Audiovisual, Anderson Bruno, sobre o ‘Projeto Orlando Vieira – 80 Anos’.

Ele não é o único. Os realizadores da área em Sergipe estão extremamente satisfeitos com o ‘Projeto Orlando Vieira’, lançado na noite da última quarta-feira, 05, pelo Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), o projeto conta com apoio da Segrase, Associação Brasileira de Documentaristas e Curtametragistas em Sergipe (ABD-SE), Fundação Aperipê, Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPDOV), Cine Circuito Livre (CCL) e Sesc/SE.

O projeto faz uma homenagem aos 80 anos de um dos maiores artistas sergipanos, o ator Orlando Vieira, e visa propiciar ao público o conhecimento de sua obra, bem como um resgate da realidade histórica na difusão do audiovisual, e a qualificação técnica dos profissionais da área. A iniciativa abrange uma série de ações como exibição de filmes com acesso gratuito, oficinas, mesas redondas, mostras fotográficas, além da digitalização de todo acervo documental e de fotos do artista homenageado.

Constam ainda na programação a viabilização de um box promocional com longas e curtas sergipanos, a produção de um documentário que encerrará o projeto e será exibido no final do ano, e, por fim o Edital de Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Digitais de Curtas Metragens no valor de R$ 150 mil. 

Durante a solenidade do lançamento, a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, destacou que a pasta tem buscado beneficiar as mais diversas linguagens culturais, sempre aliando os projetos a elementos como formação e capacitação, difusão, acesso e formação de plateia para as manifestações culturais sergipanas. “Esse é um momento especial, pois a Secretaria de Cultura se lança em mais um linguagem de maneira efetiva e utilizando das ferramentas que caracterizam a política de cultura no Brasil”, disse.

A gestora destacou ainda que as ações para o audiovisual têm um significado especial para ela, já que tem formação na área. “Tenho uma relação muito forte com a área e que acredito ser uma vertente cultural que chega de maneira efetiva nas pessoas. Por isso é tão significativo que a Secult consiga lançar um edital que vise estimular a produção de quem faz audiovisual no nosso Estado, porque é uma forma de retratar nas telas elementos da nossa cultura e do nosso cotidiano, levando isso para muito mais pessoas”, ressaltou.

Edital

O Edital e Apoio à Produção de Obras Audiovisuais Digitais de Curtas Metragens (Edital Orlando Vieira) foi construído em parceria com o Fórum do Audiovisual, garantindo mais legitimidade e transparência à ação.O edital contemplará cinco projetos de curtas metragens digitais de até 15 minutos nas categorias ficção e documentário. As inscrições serão abertas no dia 07 de novembro e finalizadas em 07 de dezembro. Os candidatos podem inscrever quantos projetos desejarem, mas apenas uma dessas produções será contemplada com R$ 30 mil para sua execução.

Para o secretário adjunto de Cultura, Marcelo Rangel, o ‘Projeto Orlando Vieira’ irá contemplar e desenvolver consideravelmente o audiovisual de Sergipe. “Esse projeto e o edital, em particular, se destacam por sua grandiosidade e por ter sido elaborado pela Secretaria de Cultura, mas sempre ouvindo os anseios da classe. É uma iniciativa que contempla várias áreas, mas pensando na preservação da memória de um grande ator sergipano, que tem uma passagem marcante no cinema brasileiro. Vejo que o Projeto Orlando Vieira tem a marca da gestão da Secult, uma gestão que procura ouvir as vertentes culturais e trabalhar sempre com ela”, completou.

Para os realizadores que foram conferir de perto o lançamento do projeto, o momento é de realização e principalmente de novas perspectivas para o audiovisual sergipano. “Em dez anos tivemos muitos avanços na área do audiovisual, como a gravação de quatro longas, a criação do NPDOV, e da ABD/SE, por exemplo. Esse movimento já era um sinal de que essas instituições precisavam se juntar e formar um projeto como o que estamos vendo agora. Sem dúvida, a classe está muito feliz e nossa expectativa é que muitos outros projetos e editais surjam para a nossa área no Estado surjam daqui pra frente”, comemorou Anderson Bruno.

Já o realizador André Aragão, responsável pelo curta metragem ‘Xandrilá’, que ficou em segundo lugar no Curta-se 2011, e pelo curta ‘Ao seu Lado’, vencedor do Festival Tr3s Minutos, o momento é de expectativa e comemoração. “Tudo que está acontecendo é consequência da boa safra de realizadores competentes que tem surgido em Sergipe. O cenário no Estado está amadurecendo, e vejo que pelo Governo estar apoiando nossa classe e lançando um edital, é sinal de que estamos sendo vistos e reconhecidos”, observou.

O produtor e realizador Hélio Marinho, que é outro sergipano reconhecido nacionalmente, tendo, inclusive, um longa metragem que será patrocinado pela Lei Rouanet, novas perspectivas surgem para a área com a realização do projeto. “Ainda temos muito que conquistar, mas vejo que temos um grande avanço. O edital, em especial será muito bom, e nossa expectativa é que ele tenha continuidade e possa beneficiar ainda mais realizadores”, acentuou.

Homenagem

A noite também foi de homenagem ao grande mestre do cinema sergipano Orlando Viera. Cada convidado que tomava a palavra, não deixava de citar o ator. Um dos momentos mais emocionantes da noite foi a homenagem prestada pela atriz Virgínia Lúcia, que elaborou versos de cordel e os entoou com simpatia e destreza.

“Um artista que é homenageado em vida carrega uma responsabilidade enorme. É uma recompensa muito boa em saber que o trabalho de toda uma vida está sendo reconhecido pelas pessoas, o que só engrandece ainda mais o nome do profissional e o trabalho que ele realizou. Estou muito feliz”, frisou o ator.

Orlando Vieira é sergipano de Capela. Conhecido do grande público brasileiro, ele teve sua primeira oportunidade no cinema, em Recife, estado de Pernambuco, onde fez várias peças e atuou ao lado de artistas como Lânia Duarte, entre tantos outros.

Orlando Vieira fez 13 filmes, sendo 12 longas metragens e um curta. Dentre eles, ‘Sargento Getúlio’, que lhe deu a premiação de melhor ator coadjuvante, em 1983. Além disso, participou de duas minisséries na Rede Globo de Televisão: ´Tereza Batista´ e ´Uma mulher vestida de sol´ (adaptada da peça de Ariano Suassuna). Orlando também fez parte do elenco da novela ‘Irmãos Coragem’, entre muitos outros trabalhos nas telas do cinema brasileiro.

Presenças

Marcaram presença na solenidade o Secretário de Estado de Articulação com Movimentos Sociais, Chico Buchinho, o diretor-presidente da Fundação Aperipê, Luciano Correia; o diretor do Centro de Criatividade e coordenador do Projeto, Isaac Galvão; a diretora do NPDOV, Graziele Ferreira; a gerente do Sesc Comércio, Tânia Oliveira Araújo, que na ocasião representou a diretora regional do Sesc, Excelsa Machado, e muitos atores, realizadores do audiovisual e amigos do homenageado.

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