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Representando o governador Marcelo Déda, o secretário do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), Genival Nunes, participou das comemorações dos 30 anos do Projeto Tamar, no sábado passado, 10, em Aracaju. Em Sergipe, a programação foi realizada no Oceanário, na orla da Atalaia.

O ápice da programação foi a soltura simbólica de 10 milhões de filhotes de tartarugas, nascidas sob a proteção do Tamar, marca alcançada nesta última temporada. A soltura aconteceu simultaneamente em todas as 23 bases de pesquisa do país, de Santa Catarina ao Ceará, inclusive nos estados onde há mais de uma base, como é o caso de Bahia, Sergipe e Espírito Santo.

Em Sergipe, foram soltos filhotes de tartaruga Oliva, da espécie Lepidochelys olivacea. É a menor de todas as tartarugas marinhas. Tem o tamanho de 76 cm de comprimento de carapaça e pesa, em média, 52k podendo atingir os 65 kg. Alimenta-se de peixes, moluscos, crustáceos (principalmente camarões) e plantas aquáticas. O maior sítio dessas tartarugas está em Sergipe.

O secretário Genival Nunes participou da soltura de alguns filhotes dessa tartaruga, ao lado do cantor Lenine. O cantor participa do movimento de músicos famosos que, em apoio à causa das tartarugas, criou novas letras, musicou e gravou canções compostas por pescadores e moradores de pequenas comunidades.

Após a soltura simbólica dessas tartarugas, teve apresentação do grupo folclórico Lariô das Tartarugas, de Pirambu, resgatado graças ao Projeto Tamar. Teve ainda apresentação do Reisado de Sabau, apresentação da Banda Som no Caso e do cantor Pedro Moraes.

O oceanógrafo Guy Marcovaldi, coordenador nacional do Projeto Tamar, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), patrocinado nacionalmente pela Petrobras, chama esse evento de “o dia da volta”. Lembra que as tartarugas marinhas nascidas sob a proteção do Tamar, há 30 anos, quando o Projeto foi criado, só agora atingiram a maturidade sexual e estão retornando à praia onde nasceram para depositar sua primeira desova. Assim, os filhotes que nesta temporada seguem para o mar representam a segunda geração protegida pelo Tamar. “Os primeiros foram como filhos para todas as equipes envolvidas nos esforços de conservação. Estes, que nascem agora, são os nossos netos”, completa Guy Marcovaldi.

As solturas programadas de filhotes à beira-mar são tradicionalmente organizadas durante as temporadas anuais, contando sempre com a participação do público, entre turistas e as comunidades locais. Elas integram o pacote de ações do Tamar que visam a divulgação, informação, sensibilização e educação ambiental, pois os participantes aprendem um pouco sobre o ciclo reprodutivo das tartarugas marinhas. É uma das atividades que mais atraem o interesse do público, em qualquer praia onde aconteça.

Apesar dessas conquistas, completa Marcovaldi, as tartarugas marinhas ainda estão ameaçadas de extinção, sobretudo por artes de pesca como redes de emalhe, espinhel e arrasto, além do desenvolvimento costeiro desordenado, o lixo e a poluição do mar. Por se tratarem de animais altamente migratórios, de vida longa e maturação sexual tardia, é necessário dar continuidade às atividades de manejo, proteção e pesquisa, numa perspectiva de longo prazo. “Por isso, nossa meta principal é manter as estações de trabalho e orientar estudos que possam preencher lacunas de conhecimento sobre a biologia das espécies e o status das populações, contribuindo assim para um melhor desempenho das ações de conservação”.

Projeto Tamar

O Projeto Tamar-ICMBio foi criado em 1980. Ele é um projeto conservacionista brasileiro, dedicado à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção. O nome Tamar é uma contração das palavras tartaruga e marinha, necessária, no início da década de 1980, para a confecção das pequenas placas de metal utilizadas para a identificação dos espécimes pelo Projeto, para estudos de biometria, monitoramento das rotas migratórias e outros.

Desde então, o nome passou a designar o Programa Brasileiro de Conservação das Tartarugas Marinhas, executado pelo Ibama, através do Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisa das Tartarugas Marinhas (Centro Tamar-Ibama), órgão governamental, e pela Fundação Centro Brasileiro de Proteção e Pesquisas das Tartarugas Marinhas (Fundação Pró-Tamar), instituição não governamental, de utilidade pública federal. Essa união demonstra a natureza institucional híbrida do projeto, que conta, adicionalmente, com a participação de empresas e instituições nacionais e internacionais, além de outras organizações não governamentais.

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