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Mais um dia de espetáculos no III Festival Sergipano de Teatro, e duas apresentações marcaram a quarta-feira, 3, oitavo dia do evento. A praça Fausto Cardoso, centro de Aracaju, foi palco para a apresentação ‘Dando nó em pingo D’água’, do Grupo Eitcha, que atraiu dezenas de pessoas que passavam pelo local e eram contagiadas pela alegria e espontaneidade do grupo.

A apresentação retratava uma história que acontecia em uma cidade chamada Eitcha Pentcha, e que era estrelada por cabra esperto e trapaceiro, chamado Benedito Lima. Na trama, o rapaz faz de tudo para ir a um baile na casa do Capitão João Mariano, tentando, inclusive, conquistar o coração da jovem Rosinha, filha do Capitão.

A secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, prestigiou a apresentação e ficou encantada com o trabalho do grupo recém-criado. “Não conhecia o grupo, mas vim assistir ao espetáculo, pois ele tem vários atores já conhecidos da cena e também de outros grupos. Achei a apresentação muito interessante, pois eles interagem o tempo inteiro com o público, com muita alegria e movimentação”, destacou a gestora.

Eloisa falou ainda sobre a importância dos espetáculos de rua serem uma constante no Festival Sergipano de Teatro. “Esta parte de rua, dialoga com as pessoas que estão passando, que, por curiosidade ou pela estética, se deixam atrair, param e ficam até o final porque gostam do que vêem”, completou.

Já no período da noite, foi a vez do Teatro Lourival Baptista receber mais um espetáculo. Desta vez, a peça foi da Companhia História EnCena, que levou seu espetáculo ‘Na praia, 1855’. A trama contou a história da mudança da capital sergipana através da visão dos principais historiadores do estado. Sempre carregada de dramaticidade, a narrativa traça uma radiografia dos bastidores políticos da época sob uma perspectiva Brechtiana.

Primeira vez no festival

Ambos os grupos que participaram da programação do III Fest na quarta-feira, estavam pela primeira vez na programação do evento. O grupo Eitcha, por exemplo, é uma companhia recém criada. Sua fundação ocorreu em 2011, e apesar de ser nova na idade, a companhia já tem uma boa bagagem, com mais de 110 apresentações na capital e no interior do Estado, dois espetáculos montados e dezenas de esquetes.

Além disso, o grupo foi contemplado em 2012 com o Edital Microprojetos Culturais da Bacia do São Francisco, através da Fundação Nacional das Artes (Funarte). De acordo com André Santana, ator e diretor da peça, o Festival de Teatro é muito importante para os artistas e a população aracajuana, principalmente pelo fato de ser uma vitrine para os fazem teatro no Estado.

“Através de eventos assim nós conseguimos disseminar o nosso trabalho. Em espetáculos de rua como esse, é muito difícil conseguirmos espaços para atuar, e são em oportunidades assim que podemos mostrar nosso trabalho. Ficamos muito felizes em ter uma gestão na Secult que dê valor aos nossos artistas e que esteja dando continuidade a este belo projeto”, frisou o André.

Com a Companhia História EnCena a  história é bem semelhante. O grupo que é formado, prioritariamente por estudantes ou professores de história, tem seis anos de estrada e foca seus espetáculos na história sergipana, retratando fatos históricos, o folclore, e a cultura de Sergipe como um todo.

Seguindo Lina Regina, que é atriz e diretora do grupo, é uma satisfação muito grande estar na programação do III Fest. “Hoje em dia este Festival é de máxima importância para a cena sergipana, então para nós nos sentimos lisonjeados em ser selecionados. Sem dúvida esse evento é uma grande vitrine para a divulgação do nosso trabalho”, ressaltou a jovem.

Sobre o FEST

O III Festival Sergipano de Teatro (FEST) acontece desde a última quarta-feira, 27 de março, com espetáculos gratuitos nos diversos teatros da cidade. O evento que prossegue até o dia 9 de abril, é uma realização do Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura e Instituto Banese. Apóiam o evento o Banese, Sated/SE, Fundação Aperipê e Shopping Riomar. A Vivo é a operadora oficial do evento.

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