SE apresenta a melhor taxa de crescimento na Produção Animal

Na ultima quinta-feira, 29, foi divulgada a Pesquisa Pecuária Trimestral, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando o comportamento da produção pecuária dos estados brasileiros. Em Sergipe, a aquisição de leite feita pelos estabelecimentos industriais que atuam sob algum tipo de inspeção sanitária cresceu a uma taxa média de 10,8% nos últimos cinco trimestres. No segundo trimestre desse ano, foram adquiridos 32,8 milhões de litros e, no trimestre anterior, a aquisição atingiu 32,66 milhões de litros.

No acumulado do primeiro semestre, a aquisição somou 65,46 milhões de litros. Em comparação com o mesmo período de 2010, quando a produção foi de 41,14 milhões de litros, a alta chega a 55%. “Segundo a análise feita pelos nossos economistas, a pesquisa aponta que, em comparação com os estados do Brasil, Sergipe é o que apresenta a melhor taxa média de crescimento nos últimos cinco trimestres. Esse crescimento, na aquisição do leite pelas indústrias, reflete um aumento da produção leiteira em Sergipe”, disse o superintendente de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), Walter Uchôa.

Os estados do Nordeste que mais se aproximaram do desempenho apresentado por Sergipe foi Pernambuco – com crescimento médio de 4% – seguido pelos estados da Bahia, Ceará e Maranhão, que cresceram em torno de 3% no período. A região Nordeste foi a que apresentou o maior crescimento entre todas as regiões, com alta de 3%. No Brasil, de maneira geral, houve uma retração da produção, com o crescimento negativo médio de 0,73%.
       
Animais abatidos

No segundo trimestre desse ano, foram abatidas 18.280 cabeças de gado em Sergipe, sendo que o estado é o quinto maior produtor da região Nordeste. No acumulado do semestre, já foram abatidos 37.441 cabeças de gado, e no mesmo período do ano anterior foram abatido 34.926, apresentando uma alta de 7,2 % no período.

No que se refere à análise do peso médio por cabeça abatida, Sergipe apresenta o melhor resultado do Nordeste, com peso médio de 18,53 arrobas, seguido por Alagoas, com resultado de 18,3 arrobas e pela Bahia com média de 16,6 arrobas por cabeça. No Brasil esse indicador é de 17,75 arrobas por cabeça, inferior ao apresentado pelo estado. Isso mostra que a criação de gado de corte em Sergipe é a mais produtiva e de maior valor agregado do Nordeste.

O abate de aves chegou a 340.927 unidades no segundo trimestre de 2011, apresentando uma queda de 7% em relação ao primeiro trimestre desse ano. O número de cabeças abatidas de aves apresente um viés de queda nos últimos três trimestres, entretanto havendo um salto de eficiência produtiva nos últimos cinco trimestres, quando o peso médio por cabeça aumentou de 0,93 kg em no primeiro trimestre de 2010 para 2,75kg no segundo.

Produção de ovos

A produção de ovos chegou a 4.020 dúzias no segundo trimestre de 2011, o crescimento apresentado na comparação com o primeiro trimestre desse ano é de 10%. Na comparação como o mesmo período no ano anterior observa-se uma alta de 13,5%, no segundo trimestre de 2010 foram produzidas 3.542 mil dúzias. O crescimento médio dos últimos cinco trimestres apresentado pelo estado foi de 2,4%, ficando pouco abaixo do Piauí que apresentou um crescimento de 2,44% em igual período. A região Nordeste cresceu 1,25% no período em analise e o Brasil obteve expansão de aproximadamente 1%.

“Os resultados dessa pesquisa sobre produção animal realizada pelo IBGE demonstra o grande impulso quantitativo e qualitativo que algumas cadeias produtivas vêm apresentando em nosso estado nos últimos anos, o que ajuda a melhorar o nível de renda e emprego, contribuindo para erradicação da pobreza em Sergipe”, analisou o diretor geral de Pesquisas, Estudos e Análises, Marcelo Geovane.

Esse estudo teve como base as informações da Pesquisa Pecuária Trimestral do IBGE, e faz parte das ações do Observatório de Sergipe, sediado na Superintendência Estudos e Pesquisas que tem o objetivo de organizar e sistematizar dados estatísticos, econômicos, geográficos e cartográficos, bem como elaborar estudos econômicos e sociais sobre Sergipe, subsidiando o desenvolvimento de políticas públicas pelo governo estadual.