Saúde vai otimizar rede assistencial para pacientes oncológicos
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniu nesta terça-feira, 7, em seu auditório, gestores das três principais redes de Atenção à Saúde (Atenção Primária, Especializada, e Hospitalar) e Fundações Estatais de Saúde para realização da pré-oficina de Implementação do Modelo de Atenção e Vigilância Oncológica no Estado. A ação tem como meta a otimização do atendimento e encaminhamento dos pacientes oncológicos desde antes de detectada a doença. Para isso, foi criado, no último mês de maio, um grupo de trabalho para definir a linha de cuidado que deve ser adotada em Sergipe.
Cada setor de cada uma das redes assistenciais, inclusive os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) e Centro Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism), apresentaram as facilidades, dificuldades e o fluxo que têm para receber e encaminhar os pacientes e dar continuidade ao tratamento.
De acordo com o secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Guimarães, as reuniões do grupo de trabalho vão nortear as políticas assistenciais do paciente oncológicos na rede de saúde. “A oncologia é um tema que está palpitante na sociedade com a questão do hospital oncológico. Esse encontro é importante para que consigamos delinear as diretrizes da atenção oncológica contemplando equipamentos de saúde e definição do perfil que a gente deseja para isso, mas não acreditando que somente a existência de um único hospital será capaz de satisfazer todas as nossas necessidades”, disse o secretário.
Já o secretário adjunto de Estado da Saúde, Jorge Viana, que é o coordenador da pré-oficina, chamou a atenção para a necessidade de uma rede assistencial eficiente que seja inclusiva dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). “A linha de cuidado tem que abranger desde a introdução do paciente oncológico na Atenção Básica até o final do tratamento na Atenção Hospitalar, passando pela Atenção Especializada e no cuidado paliativo, quando necessário. Cada ator do cuidado da atenção oncológica precisa saber como vai conduzir o paciente na rede assistencial”, afirmou Viana.
Rede Assistencial
Segundo o diretor de Atenção Integral à Saúde da SES, David Souza, a linha de cuidado deve ser montada para contemplar o atendimento ao usuário do SUS na prevenção das doenças, acolhimento de acordo com a complexidade e os exames e procedimentos aos quais ele será submetido. “A linha de cuidado constrói o percurso que o paciente seguirá dentro do Sistema de Saúde quando ele é acometido por uma doença. O desafio do sistema, por exemplo, é fazer com que essas pessoas sejam cobertas por equipes do Programa de Saúde da Família para que recebam as ações de prevenção”, explicou o diretor.
Ainda de acordo com o diretor de Atenção à Saúde da SES, para que os usuários sejam atendidos de forma correta, é necessário que o Sistema de Saúde seja bem definido. “Em primeiro lugar, é preciso pactuar os serviços e as etapas de assistência ao paciente. A segunda parte busca capacitar todos profissionais de saúde de todos os serviços para que eles encaminhem corretamente os usuários nas etapas assistenciais. Por fim, é preciso trabalhar as dificuldades que possam atrapalhar o andamento do sistema”, disse Souza.
Para Rute Andrade, coordenadora do Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), o correto funcionamento da rede assistencial do paciente oncológico fará com que o tratamento seja mais eficaz. “Quando o paciente chega com a doença menos adiantada, a eficiência do tratamento aumenta. Outra questão é a chegada do paciente já diagnosticado, o que fará com que ele ganhe tempo no tratamento”, concluiu Rute Andrade.
Humanização
Transversal a todos os níveis assistenciais e serviços da linha de cuidado, o que inclui a oncologia, a humanização se fará presente para garantir o melhor e mais adequado atendimento ao usuário do SUS. “A humanização garantirá que os princípios do SUS sejam cumpridos dentro desta linha de cuidado através de uma atenção humanizada, do acesso dos pacientes a um serviço de qualidade, da garantia dos processos participativos de escuta dos usuários com relação a atenção ofertada”, explicou Jane Curbani, coordenadora de Políticas de Humanização da SES.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Saúde vai otimizar rede assistencial para pacientes oncológicos – Foto: Fabiana Costa/SES