Saúde Municipal intensifica controle nos casos de esquistossomose na capital
As atividades não acontecem simultaneamente em todos os bairros de Aracaju. Atualmente o trabalho está sendo desenvolvido nas proximidades do Aeroporto. “Nós trabalhamos cada comunidade durante um certo período e somente iniciamos a atuação em outro bairro quando o trabalho na área anterior estiver fechado”, informa a coordenadora do CCZ, Gina Blinofi. Segundo ela, para a identificação dos casos estão sendo feitas visitas de casa em casa, disponibilizando um coletor do material para cada morador da residência. No dia seguinte, é feita a coleta dos frascos pelos agentes.
O material coletado é levado para análise no próprio centro e analisado por um biomédico e quatro laboratoristas. Se o resultado do exame for negativo, a pessoa recebe o exame e é orientada sobre os males ocasionados pela doença. No caso de ser positivo, uma das vias do exame é entregue ao paciente para que ele saiba que é portador da esquistossomose. A outra via, vai para unidade de saúde mais próxima da casa do paciente onde ele se submeterá ao tratamento. O tratamento é feito em dose única, e os medicamentos são oferecidos gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde.
Doença
A esquistossomose é uma infecção causada por um verme parasita, o Schistossoma mansoni. O principal hospedeiro e reservatório desse parasita é o homem, sendo a partir de suas excretas (fezes e urina) que os ovos são disseminados na natureza. Mas o Schistossoma mansoni possui ainda um hospedeiro intermediário: os caramujos, caracóis ou lesmas, nos quais os ovos passam à forma larvária, dispersa principalmente em águas não tratadas, como lagos.
Os ovos eliminados pela urina e fezes dos homens contaminados evoluem para larvas na água que se alojam e desenvolvem em caramujos. Estes últimos liberam a larva adulta que, ao permanecer na água, contaminam o homem. Além das visitas domiciliares, os agentes de endemias do CCZ também aplicam em alguns locais propícios ao desenvolvimento da larva o moluticida. “Mas por ser um produto tóxico, nós não podemos sair por aí usando de forma aleatória”, finalizou a coordenadora do CCZ.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]
- Saúde Municipal intensifica controle nos casos de esquistossomose na capital – Fotos: Ascom/SMS