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O Dia Mundial de Luta Contra Aids (1º de dezembro) foi lembrado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), nesta quarta-feira, 1º, com ações de prevenção, diagnóstico e lançamento de programas com foco no combate às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). No mercado municipal, em Aracaju, no período da manhã foi realizada uma mobilização com distribuição de preservativos aos feirantes.

A atenção das pessoas no local foi tomada com ajuda de atores do Instituto de Artes Cênicas de Aracaju (Iacema) que, através de encenações e músicas, levaram a mensagem de prevenção. “Não adianta fazer terror com a população falando que a aids mata. Temos que passar nosso recado de forma lúdica e com humor”, disse Almir Santana, gerente do Programa Estadual de DST/Aids.

Formado por atores e profissionais de saúde, o grupo Iacema levou três atores para  fazer o alerta sobre as DST/Aids. “O personagem Manuel Cuiúdo é um sujeito ‘pegador’ e ele mostra ao público que não há limites nas aventuras amorosas que ele vive, mas sempre protegido com a camisinha”, contou Virgínia Lúcia, diretora do grupo teatral e especialista em saúde coletiva.

Sobre o trabalho desenvolvido pelo Iacema, a diretora ainda informou que há um cunho educativo nas peças apresentadas pelo grupo. “Há dez anos fazemos um trabalho de prevenção nas escolas, feiras e comunidade em geral. Fazemos alertas sobre a prevenção de doenças de forma humorada”, informou Lúcia.

O feirante Marcelo Palmeira, 24 anos, reconheceu a importância do uso da camisinha e não só como uma maneira de prevenir doenças. “Muitos homens levam doenças para as esposas dentro de casa, mas é pior quando a mulher engravida e não tem condição de criar a criança. Isso gera um problema ainda maior”, disse Palmeira.

Novo projeto

Durante a intervenção realizada no mercado municipal, foi lançado o projeto ‘Camisinha tá na feira’, que disponibilizará, de forma permanente, preservativos na associação dos feirantes. “Os feirantes são profissionais que têm dificuldade de acesso às unidades básicas de saúde, por conta do período de trabalho deles. Então, para evitar que fiquem sem a camisinha, estamos colocando à disposição aqui no local de trabalho deles”, explicou Almir Santana. 

Também na manhã desta quarta-feira, 1°, os funcionários do comércio tiveram acesso ao teste rápido realizado na unidade do Serviço Comercial do Comércio (SESC) do centro de Aracaju. O objetivo da ação foi facilitar o acesso ao exame e diagnosticar precocemente possíveis casos. Também houve palestra para funcionários que trabalham na sede da Petrobras.

Tema deste ano

Criado em outubro de 1987 pela Organização das Nações Unidas (ONU), diante do crescimento acelerado de pacientes soropositivos, o Dia Mundial de Luta contra a Aids (1º de dezembro) traz a cada ano um tema relacionado à doença. Mais do que um dia para lembrar a existência de milhares de infectados no mundo, a data serve para colocar em debate questões como transmissão, acesso gratuito aos medicamentos e prevenção, além de reforçar aspectos como solidariedade, tolerância e compreensão com as pessoas soropositivas.

O tema deste ano é sobre o preconceito, principalmente, com relação aos jovens que vivem com HIV/Aids. A escolha da população jovem leva em conta critérios epidemiológicos e comportamentais. Em geral, eles se expõem mais e têm mais parceiros casuais. Uma pesquisa também demonstrou que 40% não usam preservativo em todas as relações sexuais, apesar de saberem que o preservativo é a melhor forma de evitar a infecção pelo HIV.

No que diz respeito ao preconceito, dados do Departamento Nacional de DST, Aids e Hepatites Virais mostram que essa ainda é uma das principais barreiras enfrentadas pelas pessoas que vivem com a doença: 13% da população brasileira acreditam que uma professora portadora do vírus da aids não pode dar aulas em qualquer escola; 22,5% afirmam que não se pode comprar legumes e verduras em um local onde trabalha um portador do HIV; e 19% acreditam que, se uma pessoa ficasse doente de aids, não deveria ser cuidada na casa da família.

Por isso, a iniciativa deste ano busca dar maior visibilidade às questões do viver com aids, combater o estigma e a discriminação que recaem sobre as pessoas vivendo com HIV/Aids e mostrar a proximidade da aids do universo dos jovens. “A ideia é mostrar a toda sociedade civil que quem vive com o vírus pode trabalhar, estudar, praticar esportes, namorar, fazer sexo com camisinha, entre outras coisas, como todo mundo”, enfatizou Almir Santana.

Dados

Em Sergipe, foram notificados 2.342 casos residentes no estado, desde 1987, ano do primeiro registro. Desses, 836 foram a óbito. Com relação ao sexo, a proporção é de dois homens para uma mulher com aids, pois são 1.568 casos entre a população masculina e 774 entre a feminina. As faixas etárias mais atingida são de 30 a 39 anos (918 casos), de 20 a 29 anos (615 casos) e de 40 a 49 anos (477 casos). Entre a população que tem de 50 a 59 anos e de 10 a 19 anos, os casos somam 216. 

Quanto à origem dos casos, as 15 cidades sergipanas que apresentam maior número de notificações são: Aracaju (1.073), Nossa Senhora do Socorro (233), Itabaiana (140), Estância (100), Lagarto (77), São Cristóvão (64), Campo do Brito (44), Própria (43), Boquim (42), Barra dos Coqueiros (36), Tobias Barreto (33), Itabaianinha (22), Capela (21), Simão Dias (21) e Laranjeiras (20).

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