Saúde garante assistência aos cidadãos de Maruim e Laranjeiras

O Governo de Sergipe está se empenhando para garantir assistência à população de Maruim e Laranjeiras, municípios atingidos pelas fortes chuvas da última semana. Nesta segunda-feira, 12, o secretário de Estado da Saúde, Rogério Carvalho, esteve em Maruim, acompanhado de técnicos das vigilâncias Epidemiológica e Sanitária, Atenção Básica e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe). Os gestores estaduais participaram de uma reunião com agentes comunitários, médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde do município.

"Num momento assim, a solidariedade é fundamental para diminuir o sofrimento e motivar as pessoas a reconstruírem suas vidas. A Secretaria de Estado da Saúde está à disposição das equipes não só de Maruim, mas também de Laranjeiras, para construir um plano de ação que garanta a saúde da população de Maruim. Vamos colaborar com tudo que estiver ao nosso alcance. Esse é o sentimento da equipe da Secretaria e a determinação do governador Marcelo Déda", afirmou Rogério Carvalho.

Segundo ele, desde a sexta-feira, 9, profissionais da SES têm ido a Maruim e Laranjeiras para auxiliar de diversas formas a população. "Coordenadores da Vigilância Epidemiológica estiveram aqui logo depois do ocorrido e elaboraram um mapa de risco de toda a área afetada pela enchente. No sábado, profissionais do Samu Sergipe montaram uma sala de estabilização para possíveis emergências. Além disso, os fiscais da Vigilância Sanitária iniciaram o trabalho de monitoramento ambiental", comentou o secretário.

Ao todo, aproximadamente 80 casas foram destruídas ou danificadas em Maruim. Centenas de pessoas ficaram desalojadas com as chuvas que caíram durante 12 horas ininterruptas entre a noite da última quinta-feira, 8, e a manhã da sexta-feira, 9. No sábado, 10, o Governo do Estado confirmou que vai autorizar o pedido de decreto de estado de emergência e colocou em prática um plano de ação imediata para atender os desabrigados e recuperar a infra-estrutura da cidade. Em Laranjeiras os estragos foram menores.

O secretário de Saúde de Maruim, José Aparecido, destacou que nenhum óbito foi registrado, apesar da gravidade do problema. "Algumas pessoas se machucaram, mas tiveram apenas ferimentos leves. De qualquer forma, a situação é muito difícil porque há um número enorme de famílias desabrigadas. Felizmente contamos com a ajuda do Governo, que se colocou a nossa disposição para o que for preciso", frisou.

Jéferson Santana, prefeito da cidade, também classificou o apoio do Estado como determinante para conter e sanar os problemas causados pela enchente. "Quando esteve conosco no sábado, o governador viu in loco tudo o que era preciso para nos ajudar no atendimento aos desabrigados, na recuperação das vias e pontes prejudicadas e em toda a infra-estrutura de saúde e segurança para os cidadãos", ressaltou o prefeito.
 
Reorganização e medidas preventivas

A coordenadora de Atenção Básica da SES, Ana Débora Santana, afirmou que a reorganização da assistência à saúde é uma das prioridades nesse momento. "Como duas unidades básicas foram atingidas pelas chuvas em Maruim, discutimos com os profissionais do município alternativas para que o atendimento aos cidadãos continue em outro local. Também pedimos que eles façam um levantamento das perdas e das necessidades para que o Estado possa contribuir com insumos e equipamentos", comentou Ana Débora.

Acácia Setton, técnica da Vigilância Epidemiológica, destacou a importância do trabalho profilático, ou seja, de medidas preventivas contra doenças. "Leptospirose, febre tifóide e hepatite, entre outros, são problemas de saúde que podem atingir essas comunidades. Estamos sensibilizando as equipes dos municípios para essa questão, orientando-os sobre sintomas, período de incubação e vigilância dessas doenças", disse Acácia, acrescentando que o Estado já encaminhou kits com soro fisiológico, sais de reidratação oral e medicamentos.

De acordo com Antônio Pádua, coordenador da Vigilância Sanitária estadual, o órgão está atuando com foco na vigilância ambiental e fiscalização dos estabelecimentos que foram atingidos pela enchente. "Diante de um desastre como o que ocorreu, é preciso ficar alerta para o risco iminente de contaminação do solo e da água. Por isso, estamos coletando amostras e fazendo análises, principalmente da água oriunda de fontes alternativas de abastecimento, como cisternas e tanques", explicou Pádua.