Saúde e SSP discutem um plano para custódia de presos no Huse

Desenvolver um plano de custódia para o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) foi o principal objetivo de uma reunião que envolveu gestores da saúde e Secretaria de Segurança Pública (SSP). Durante o encontro, os profissionais das duas áreas sugeriram melhorias no serviço para o acompanhamento dos pacientes presos que necessitam de internamento na unidade.
 
Segundo o coordenador do posto policial do Huse, Murilo Melo, a intenção é garantir mais segurança aos usuários. “Muitas vezes recebemos aqui acusados de vários crimes com ferimentos, além de homens com histórico de alta periculosidade que são encaminhados de delegacias por algum motivo de saúde. Queremos prezar pela tranquilidade dos outros doentes, que têm o direito de se recuperar sem correr riscos,” explicou Murilo.
 
Medidas
 
Uma das propostas apresentadas foi a criação de uma ala especial para a custódia dos pacientes em conflito com a lei. A medida facilitará o trabalho dos Civis ao tempo que oferecerá segurança aos funcionários. “Separando os leitos teremos uma garantia maior. Assim, as equipes de enfermagem ficarão mais concentradas até nos procedimentos sem se preocupar com um possível resgate,” destacou a coordenadora da gestão de leitos do Huse, Suyan Vasconcelos.
 
O superintendente do Huse, Francisco Claro, anunciou que não vai poupar esforços para colocar a ideia em prática. “Vamos estudar uma forma de estruturar a enfermaria pensando sempre em um bem maior, que é a vida dos usuários e servidores da unidade,” contou Francisco.
 
Parcerias
 
Hoje, o Huse conta com a atuação de 13 agentes de Polícia Civil distribuídos em escala de plantão. Eles acompanham a passagem desses pacientes na unidade e auxiliam em paralelo o andamento dos inquéritos.
 
De acordo com o superintendente da Polícia Civil, João Batista, essa cooperação mútua só reforça o sistema de segurança do Estado. “Estamos dispostos a ajudar. Estreitando ainda mais a relação entre as duas secretarias, vamos beneficiar a sociedade”, concluiu.