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Para celebrar os 100 anos do primeiro diagnóstico da anemia falciforme no mundo, a Sociedade de Apoio às Pessoas com Doenças Falciformes de Sergipe (Soapafi), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), reuniu técnicos da área com o objetivo de traçar diretrizes para o controle da doença. O evento aconteceu na manhã desta quarta-feira, 27, no auditório do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose).

De acordo com a professora e especialista em doença falciforme, Maria do Céu Vieira, presidente da Soapafi, é preciso dar uma atenção especial à saúde da população negra. “A doença acomete também os brancos, mas é um percentual bem menor. Precisamos fazer uma política de saúde voltada para o público afrodescendente. A SES está empenhada em resolver o problema, por isso reunimos os técnicos, a fim de melhorar o diagnóstico nas unidades”.

Uma das diretrizes discutidas é a necessidade de preparar a política estadual da doença falciforme e, como uma das ações, capacitar os profissionais do Programa de Saúde da Família (PSF) dos municípios sergipanos. 

Segundo Maria do Céu, a anemia falciforme não tem cura, mas vários cientistas vêm desenvolvendo pesquisas para encontrá-la. “Aqui no Brasil, por exemplo, existe um grupo de pesquisadores em Belo Horizonte (MG) trabalhando para achar a cura, porque a expectativa de vida das pessoas que têm a doença é em torno de 40 anos. A partir dos 30, a vida dessas pessoas já fica difícil, devido à quantidade de dores que sentem”, enfatizou.

Ainda de acordo com a presidente da Soapafi, uma das propostas da entidade é fazer com que seja criada uma lei que permita a aposentadoria das pessoas com anemia falciforme. “É muito difícil para a família manter uma pessoa doente sem trabalhar. O dinheiro da aposentadoria já ajudaria no tratamento e acompanhamento do paciente”, justificou Maria do Céu.

Centenário

Neste 27 de outubro completa 100 anos do primeiro diagnóstico da anemia falciforme. Walter Clement Noel, nascido na ilha caribenha de Granada, tinha vinte anos quando desembarcou em Chicago (EUA) para estudar estomatologia. Era um jovem de inteligência acima da média, com desejo enorme de entrar para o mundo da medicina.

Certo dia, com menos de quatro meses de presença em território norte-americano, Walter Noel procurou ajuda médica no Presbyterian Hospital, acometido de queixas múltiplas, designadamente dispneia, palpitações, cardiomegalia, sopro sistólico e pulsos cheios.

O jovem foi atendido pelo médico James Herrick, cardiologista, que na análise sanguínea feita ao paciente descobriu uma alteração física nos glóbulos vermelhos (que se viam ao microscópio em forma de foice, ao invés do seu habitual desenho arredondado).

Este olhar lançaria definitivamente um novo e revolucionário conhecimento das Ciências Médicas: estava descrita a anemia falciforme, tal como se a percebe até aos dias de hoje. O médico norte-americano publicou as suas observações na edição de novembro daquele ano do Journal Archives of Internal Medicine.

Com informações do portal “O País”.

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