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A Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro), através de seus engenheiros e técnicos agrícolas sempre preocupados com novas tecnologias, vem periodicamente apresentando inovações para ajudar aos agricultores. Agora é o Perímetro Piauí, em Lagarto, que lança a fabricação de um excelente adubo feito à base de sangue e rúmen do boi.

O ‘inventor’ é o técnico agrícola Marcos Almeida que, vendo todo aquele sangue expelido pelo matadouro da cidade, achou que poderia haver uma alternativa. Ele sabia que os restos de matadouro serviam para adubo orgânico, mas não sabia a fórmula para o fertilizante. Pensou, pesquisou, estudou, elaborou uma receita e testou algumas vezes.

E deu certo. Agora tem gente testando até em Mato Grosso através da parceria com a Cohidro. Para Vander Costa, diretor presidente da Cohidro, essa é mais uma prova de que os engenheiros e técnicos da Cohidro estão atentos ao processo do desenvolvimento sustentável, e empenhados em alavancar a agricultura familiar, principalmente daqueles que se dedicam aos produtos orgânicos. A Cohidro tem se destacado nesse segmento e futuramente será o vínculo para qualquer um que queira ir por esse caminho.

A ‘receita’ de Marcos, que já tomou providências para patentear, vem sendo aprovada pelos agricultores familiares que estão sob a orientação da Cohidro. O rúmen do boi, popularmente conhecido como pança, é o primeiro compartimento do estômago dos ruminantes. Além desses compostos entra cal, cinza, farinha de rocha, hiperfosfato gafsa, pó de pinus, palha de milho, esterco bovino e o toque do inventor, tudo confinado em diferentes proporções. Um ensaio feito pelo Instituto Tecnológico e de Pesquisas do Estado de Sergipe (ITPS) revelou que o fertilizante é de ótima qualidade.

Tomate é uma cultura delicada e exige muitos cuidados, mas uma estufa montada pelos técnicos no Perímetro, mantida com o adubo, demonstra que o adubo ‘sanru’ (sangue e rúmen) está aprovado. A planta nasceu vigorosa – alta, 1,70 cm, cor verde escura, talo forte, pronto para suportar os cachos de tomates que pesam em cada planta. Já tem outra estufa testando o pimentão.

“Existe uma associação de orgânicos e observávamos a necessidade de se conseguir  uma fonte de adubo orgânico. Foi quando pensamos no  aproveitamento do rúmen e no sangue do boi. Sabíamos que era possível produzir um adubo, mas não sabíamos a fórmula. Conseguimos depois de algumas tentativas. O conteúdo do rúmen é formado por capim já fermentado na digestão, o estágio antes de virar esterco. E existia a preocupação com a preservação do meio ambiente, já que esses materiais ficam expostos em determinado local, após o descarte do matadouro, sem o menor trato, suscetível a serem levados através dos esgotos, ou pela chuva, contaminando o solo, o lençol freático, os rios e os  córregos. Com esse trabalho, vai ser eliminada essa preocupação e o material passa a ter, depois de preparado, uma grande importância na ajuda aos agricultores orgânicos que necessitam de um adubo com essa qualidade para nutrição das plantas. Outro fato importante é a parceria com a prefeitura municipal, no fornecimento do material bovino”, disse Marcos Almeida. 

O agricultor Delfino Batista Nascimento, que sempre visita o Perímetro, disse que está gostando do adubo e pretende crescer a área aonde vem utilizando. “Plantei alface e usei o adubo, e ele está “vindo” bem mais bonito. E fica bem mais em conta do que o convencional que a gente usa. O que vier para diminuir os custos é de bom tamanho, conclui ele. Mais dois agricultores, o João Pacheco da Silva e Edmilson dos Santos, estão testando o fertilizante e dando ótimas referências aos demais colegas.

Gonçalves, outro agricultor, veio com Delfino à procura de informações sobre o adubo acha uma novidade bastante interessante porque vai retirar esse sangue que era jogado nos esgotos e ser aproveitado dessa forma. Foi explicado a ele que se trata de um produto trabalhado, curtido, que nem mosca aparece. Realmente, no monte de adubo não havia nenhum tipo de inseto pairando. O produto fica sequinhos, granulado, sem odor.

Serviço

Sempre é recomendado que se faça análise do solo antes de se iniciar a adubação, para se detectar a necessidade de cada plantio, de preferência com o acompanhamento de um técnico ou engenheiro agrícola.

Segundo os dicionários e livros didáticos, adubos orgânicos são resíduos animais ou vegetais, sendo de ação mais lenta que os minerais, visto que necessitam ser transformados em compostos antes de serem utilizados nas plantas. A matéria orgânica acelera a atuação dos adubos químicos. São vários os tipos de adubos: esterco de boi; resíduos de matadouros formado por ossos, sangue seco ou farinha de sangue (extraído os ossos e gordura em tanques a pressão), chifres e cascos; resíduos oleaginosos captados de subprodutos da indústria de óleos; vinhaça, subprodutos das usinas após a destilação do álcool; resíduo de filtro prensa que é subproduto da usina de açúcar; adubo verde que são cultivos que se praticam para serem enterrados no solo.

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