Reunião discute a cadeia produtiva da mandioca em Sergipe
Técnicos de órgãos ligados à produção de mandioca em Sergipe se reuniram na manhã desta segunda-feira, 26, no auditório da Secretaria de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri), para ampliar as discussões da cadeia produtiva da mandioca no Estado. Na abertura da reunião, o assessor técnico da Seagri, Jose Holanda Neto, enfatizou o interesse do Governo em envolver os segmentos que trabalhem, de forma integrada, na busca pela maior produção dos agricultores familiares sergipanos.
O agrônomo Geraldo Ferreira Sobrinho falou sobre o projeto de desenvolvimento e fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca, explicitando sobre os fatores críticos da cultura no Estado. Entre os aspectos, ele enfatizou a utilização de variedades de baixa produtividade e vulneráveis à podridão radicular, o baixo nível de utilização das tecnologias recomendadas, o baixo padrão de qualidade dos derivados da mandioca, reduzindo o valor de venda e impedindo a comercialização no mercado institucional, os impactos ambientais provocados pela manipueira e o desmatamento para utilização como lenha e a produção concentrada em farinha, cuja matriz pode ser diversificada a exemplo do amido.
Geraldo Sobrinho também destacou a necessidade de desenvolver projetos e ações de pesquisa de forma articulada e integrada, a prestação de assistência técnica aos produtores de mandioca através de metodologias educativas e participativas, centrada no fortalecimento da agricultura familiar e das suas organizações, com vistas a contribuir para o desenvolvimento rural sustentável e a necessidade de apoiar processo de agroindustrialização da mandioca, buscando agregar valor ao produto e gerar renda.
Entre as metas apresentadas para a melhora do cultivo da mandioca no Estado estão a implantação de oito câmaras de propagação rápida de maniva-semente e a implantação, neste ano, de 100 bancos de manivas-sementes de mandioca numa área de 100 tarefas, número que subiria para mil tarefas em 2009 e para sete mil tarefas em 2010. Além disso, é necessário atender 6.500 agricultores familiares em 300 comunidades localizadas nos oito territórios do Estado, realizar 60 cursos para 1.200 agricultores familiares e 60 técnicos, formalizar 100 contratos de compra e venda, viabilizar reformas de 20 casas de farinha, adequando-as às inovações tecnológicas e reduzindo os impactos ambientais provocados durante o processo de produção.
Uma nova reunião será realizada nesta quarta-feira, 28, às 15h, e o tema será a propagação rápida de manivas-sementes e a implantação de bancos comunitários de manivas-sementes.
Participaram do encontro os diretores da empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), Jodemir Pires, e da Companhia de Irrigação e Recursos Hídricos de Sergipe (Cohidro), Vander Costa, o diretor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), José Guimarães, além de representantes da Empresa do Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe, da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedetec), do Banco do Estado de Sergipe (Banese), da Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa) e do Banco do Brasil.
[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text]- Reunião discute a cadeia produtiva da mandioca em Sergipe – Foto: Luiz Carlos Moreira