[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]Com a proposta de promover autonomia aos pacientes de longa permanência em hospitais psiquiátricos, a Prefeitura Municipal de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vem desenvolvendo desde o ano passado um trabalho de reiteração social com estes usuários, através de casas normais, inseridas na comunidade.

De acordo com a psicóloga Simone Barbosa, coordenadora das residências terapêuticas, todos os pacientes com longa permanência que moram em residência terapêuticas contam com o auxílio reabilitação de um salário mínimo por mês. “Os pacientes recebem um auxílio de reabilitação psicossocial, benefício do programa ´De Volta Para Casa´, do Governo Federal, e ainda garantem a continuidade de seu tratamento, realizado no Centros de Atenção Psicossocial (Caps)”, comenta.

Ela acrescenta ainda que o atendimento no Caps é realizado por equipes multidisciplinares formadas por psicólogos, psiquiatras, pedagogos, educadores, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e enfermeiros. “Nessas unidades os pacientes são atendidos com o objetivo de ser reinserido no meio social, evitando o internamento por tempo integral em hospitais”, informa.

As residências terapêuticas são alternativas de moradia para um grande número de pessoas que estão internadas há anos em hospitais psiquiátricos por não contarem com suporte social e familiar adequado. Os moradores recebem tratamento através da rede integral de saúde e contam com a supervisão de profissionais de saúde mental e de dois cuidadores.

Segundo a psicóloga, o resultado é bastante satisfatório, pois já há casos de pacientes que vão à padaria acompanhados, outros já saem sozinhos e conseguem estabelecer uma boa relação com as pessoas da comunidade. “Quando algum deles completa anos, sempre é feito o aniversário, onde os vizinhos são convidados, onde os pacientes se divertem, com músicas e pessoas diferentes na casa”, diz a coordenadora.

Segundo a auxiliar de enfermagem Cristiane Barros, responsável pela casa da Rua Aloísio Campos, no bairro Atalaia, os usuários participam das atividades diárias na casa. “Temos duas cuidadoras, que se revezam a cada 12 horas, mas os moradores especiais também ajudam a varrer a casa, a limpar os móveis, entre outras atividades”, explica.

“Aqui eles assistem TV, fazem desenhos e pinturas. Além disso, ainda fazemos passeios na praia, no Parque da Sementeira, assim eles participam do cotidiano de outras pessoas, o que contribui para o tratamento, principalmente na auto estima desses usuários”, comenta Cristiane.

Para a moradora V.J., 37, a casa é muito melhor que o Hospital em que estava internada. “Aqui eu ajudo a varrer a casa todos os dias, mas gosto muito é de ver TV”, diz. Para L.C, 37, companheiro de morada de Virgínia, revista é a atividade. “Antes eu vendia picolé e não tinha onde morar, agora tenho casa e estou bem”, afirma o morador.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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