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A reestruturação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192 Sergipe) permitiu que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reduzisse em 91% a quantidade de pacientes encaminhados ao Hospital de Urgência de Sergipe Governador João Alves Filho (HUSE) de janeiro a setembro deste ano. Os dados constam nos relatórios emitidos mensalmente pelo Serviço e são resultado do início da implantação do modelo geométrico do Samu, desenvolvido pela nova gestão, e da reorganização da rede hospitalar, fatores que contribuem para desafogar o HUSE.

"Com bases descentralizadas, colocadas em pontos estratégicos do Estado, e com a melhora na resolutividade dos Hospitais Regionais reassumidos pelo Governo do Estado, estamos conseguindo reduzir o fluxo de pessoas encaminhadas ao Hospital de Urgência", disse Márcio Barretto, coordenador-geral do Samu 192 Sergipe.

O modelo geométrico, que já começou a ser implantado, não concentra as ambulâncias do Samu apenas na capital, mas divide o Estado em oito micro-regiões, onde estão sendo distribuídas as Unidades de Suporte Avançado (USA) com médico intervencionista, enfermeira, técnico ou auxiliar de enfermagem e condutor, e Unidades de Suporte Básico (USB) com um condutor e o técnico ou auxiliar de enfermagem. A mudança está permitindo diminuir o tempo-resposta de cada chamado.

Um bom exemplo da agilidade implantada pelo Samu é a cidade de Canindé do São Francisco, distante em média duas horas e 30 minutos da capital. O modelo anterior falhava porque permitia que o município ficasse sem cobertura do Serviço de Urgência durante cinco horas, caso fosse necessário deslocar um paciente de Canindé a Aracaju. "Se a unidade móvel levar este mesmo paciente para o Hospital Regional de Glória, o tempo de deslocamento e retorno cai pela metade e a região de Canindé não fica descoberta"”, explicou Márcio Barretto.

No início do novo Governo, o Samu Sergipe tinha 28 ambulâncias, das quais apenas 19 funcionando. "Com a disponibilização de mais 14 viaturas do Governo Federal em maio deste ano, somadas às 12 anunciadas no final de setembro pelo ministro da Saúde José Gomes Temporão e às quatro que temos de reserva técnica, vamos fechar o ano com 58 viaturas", contabilizou o coordenador.

Segundo ele, o primeiro ano de trabalho está preparando as bases para o futuro. Com toda a reestruturação, o repasse do Governo Federal passou de R$ 470 mil para R$ 1 milhão ao ano. "Estamos vivendo quatro anos em um. Mudamos a logística, a educação permanente, ampliamos serviços. O trabalho de 2007 vai ter grandes reflexos para a população nos anos seguintes", avaliou Barretto.

Mudanças

No mês de janeiro, o Estado possuía 19 bases descentralizadas do Samu Sergipe. Este número já aumentou para 29 e a meta é que chegue a 34 até janeiro de 2008. As parcerias firmadas com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros de Sergipe também já surtem efeitos. Desde fevereiro, quando começaram as ações conjuntas com a PRF, até o último mês de setembro, o número de atendimentos nas rodovias sergipanas cresceu de 10 para 48.

A nova administração do Governo de Sergipe encontrou o Samu desestruturado, sem a definição dos protocolos e normas técnicas administrativos, de intervenção e de regulação médica necessários. O que pode parecer burocracia, é fundamental para que a equipe realize um bom trabalho. "Nossa equipe já concluiu todas as normas e rotinas para que os profissionais sigam um padrão e possam trabalhar de maneira correta e igualitária em todos os casos", enfatizou Conceição Mendonça, coordenadora de Enfermagem do Samu 192 Sergipe.

Concurso

O Samu 192 Sergipe tem a perspectiva de que ainda no primeiro semestre de 2008 a Secretaria de Estado da Saúde realize um novo concurso para o Serviço, o que vai qualificar ainda mais a qualidade do trabalho e possibilitar a conclusão do modelo geométrico. "Esperamos trabalhar com pelo menos 1.100 profissionais ao todo a partir do ano que vem", disse o coordenador-geral Márcio Barretto.

Desde o início do ano, o Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Serviço já capacitou 219 funcionários com cursos de atualização sobre as mais modernas técnicas de atendimentos de urgência e emergência. A capacitação permitiu, dentre outras coisas, que os profissionais fossem redistribuídos para equilibrar a qualidade do atendimento prestado em todas as regiões sergipanas.

Na Central de Regulação, onde são recebidos os chamados e encaminhados os atendimentos, o número de profissionais praticamente dobrou, aumentando de 13 para 25. No início do ano, 30 médicos intervencionistas trabalhavam nas Unidades de Suporte Avançado (USA) e, atualmente, 49 exercem a função.

O Serviço também dispõe de 56 técnicos e auxiliares e quantidade igual de condutores. "Após a capacitação, eles deixaram de ser somente motoristas para serem socorristas também", complementou Márcio Barretto. Também compõem a equipe do Samu 192 Sergipe 46 enfermeiros e 43 telefonistas auxiliares de regulação médica e rádio-operadores de frota.

Atendimentos

As estatísticas mensais do Samu Sergipe mostram que em janeiro foram realizados 2.083 atendimentos e em setembro o número aumentou para 4.419, um acréscimo de mais de 112%. Em média, 88% dos socorros são prestados pelas Unidades de Suporte Básico e apenas 12% pelas Unidades de Suporte Avançado.

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