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Técnicos da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (SES) reuniram na última quarta-feira, 22, coordenadores de Vigilância Epidemiológica e da Atenção Básica, além de gestores de hospitais regionais, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Clínicas de Saúde da Família (CSFs) 24h dos 75 municípios sergipanos. O objetivo foi apresentar o novo protocolo clínico de tratamento, preconizado pelo Ministério da Saúde, para a Síndrome Gripal (SG) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Durante o encontro, coordenado pela diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, Giselda Melo, e realizado no auditório do Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose), foi divulgada nota técnica emitida pela SES, e o novo protocolo do Ministério da Saúde, disponíveis no Portal da Saúde. O novo protocolo foi lançado pelo ministério com o objetivo de orientar a conduta dos profissionais de saúde diante dos casos das Síndromes Gripal e Respiratória Aguda Grave no país durante o período sazonal dos vírus Influenza este ano.

De acordo com a diretora de Vigilância Epidemiológica da SES, a principal finalidade da reunião foi divulgar e atualizar os gestores municipais sobre o novo protocolo, que ampliou o tratamento com o medicamento Oseltamivir. “Antes, a recomendação desse tratamento era para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Hoje, permanece essa recomendação, mas o tratamento foi estendido também para os casos de síndrome gripal, descritos no protocolo”, informou Giselda Melo.

A diretora de Vigilância Epidemiológica informou ainda que a partir de agora, o medicamento, em face desse novo protocolo, será disponibilizado para todas as secretarias municipais de Saúde de Sergipe. “Assim, o objetivo dessa reunião, além de divulgar o protocolo, é o de iniciar hoje a distribuição dessa medicação”, disse. Giselda Melo informou ainda que a população também poderá ter acesso gratuitamente ao Oseltamivir (produzido pelo Laboratório Farmanguinhos, da Fiocruz), nas unidades próprias do Programa Farmácia Popular do Brasil nos municípios que são sedes de regionais de saúde.

Presente ao encontro, o coordenador técnico-assistencial do Hospital Regional de Própria, Magaiver Magno e Silva, destacou a importância de a SES atualizar os gestores sobre o protocolo de tratamento para as duas síndromes. “O hospital de Própria é uma referência para a Atenção Básica, pois quando esta não consegue resolver determinados casos é para lá que eles são encaminhados”, disse. Por isso, segundo acrescentou, é essencial manter os gestores atualizados sobre os protocolos clínicos. “Isso para que possamos ofertar o tratamento adequado à população, fazendo frente a eventuais epidemias, principalmente nesta época do ano, quando há uma maior incidência de gripes e doenças respiratórias”, justificou.

Protocolo

O novo protocolo estabelece que, nos casos de Síndrome Gripal, o tratamento com o Oseltamivir somente deve prescrito àqueles pacientes com fatores de risco para complicação, como crianças menores de dois anos, idosos acima dos 60 anos, grávidas em qualquer idade gestacional, puérperas até duas semanas após o parto, incluindo aquelas que se submeteram a aborto ou tiveram perda fetal. Nesses grupos de risco também estão as nutrizes e pessoas com comorbidades, como diabetes descompensado, obesidade mórbita, cardiopatas, hipertensos, pacientes transplantados e com vírus HIV.

De acordo com o médico Marco Aurélio Góes, da Vigilância Epidemiológica da SES, as principais mudanças promovidas pelo novo protocolo em relação ao anterior estão justamente na ampliação das indicações para o tratamento com o Oseltamivir. “Além da indicação para os casos graves de gripe, antes também limitados principalmente às primeiras 48 horas, hoje o protocolo já estende a possibilidade de, mesmo diante de um diagnóstico mais tardio, introduzir o medicamento”, afirmou.

Além disso, segundo ele, o novo protocolo beneficia principalmente os casos de síndrome gripal nos chamados grupos de risco para complicação. “A gestante seria o principal alvo, porque nos estados onde houve muitos óbitos causados pelo vírus influenza, as gestantes foram as maiores vítimas. Então, as grávidas, puérperas com síndrome gripal, mesmo sem complicação, passam a ter indicação agora para utilizar o oseltamivir no tratamento”, salienta.

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