[vc_row][vc_column width=”2/3″][vc_column_text]A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por intermédio da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc), responsável pelo Projeto ´Viver Legal´, desenvolvido no Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), tem como público-alvo, adolescentes encaminhados pela 17ª Vara da Infância e Juventude e que estão em cumprimento de medidas sócio-educativas em regime de liberdade assistida. Além desse público, o Creas também está aberto para a comunidade local. O Centro promoveu ontem, terça-feira, a primeira Amostra de Arte da oficina de Customização.

A oficina de customização existe desde a implantação do Projeto ´Viver Legal´, que além de proporcionar o resgate da auto-estima dos adolescentes e pessoas da comunidade inseridas nesta oficina, propicia oportunidade para que as pessoas possam abrir o seu próprio negócio. No final do curso, eles serão encaminhados para o Núcleo de Apoio ao Trabalho (NAT), com o objetivo de receber a carteira de artesão, estando assim habilitado a desenvolver o seu comércio.

Para o instrutor Anderson Dias, esse é um trabalho de cunho social, não só por proporcionar a reintegração junto à sociedade desses adolescentes que estão em cumprindo de medidas sócio-educativas e se encontram inseridos neste projeto, como também oferecer aos outros jovens e as demais pessoas que fazem parte desta comunidade uma oportunidade de desenvolverem e descobrirem novos talentos. Segundo o instrutor, a origem da palavra ´customização´ está relacionada a clientes e produtos.

“A origem da palavra customização, começou na década de 60, quando um condutor de motocicleta resolveu montar a sua própria motocicleta, da sua maneira, do seu estilo. Assim, são as camisas, vestidos, calças, aqui expostas, confeccionadas por adolescentes, que procuram retratar o seu próprio estilo e as suas características. Então, antes de confeccionar essas roupas, eles passam por um processo de aprendizagem, que é confeccionar em pequenos retalhos de panos e depois serão transportados, para as camisas, vestidos, saias e calças. No entanto, esses são modelos que define a personalidade de cada um, no seu estilo presente, com os moldes da época atual e o grupo a qual eles estão inseridos. Contudo, a oficina não está direcionada somente ao público jovem, mas aberto a toda comunidade, porque o nosso público é bastante diversificado, desde a adolescência até a terceira idade”, comentou

“Conheci o curso através de uma amiga, que já faz trabalhos manuais aqui, em pintura em panos de pratos, a qual me trouxe para que eu pudesse conhecer e estou até hoje. Nisso, descobrir que a pessoa que se sente velho, é porque ele não teve oportunidade de mostrar o seu talento ainda”, ressaltou a artesã, Maria dos Reis Ramos, 60. “Depois que comecei a participar dessa oficina de arte, estou outra pessoa, rejuvenesci, fiz amigos e não sabia que tinha aptidão para fazer essas belas roupas com a cara e a alegria dos jovens. Então, é bom estar com esses adolescentes e poder passar para eles a minha experiência, principalmente, aqueles que estão aqui cumprindo medidas de acordo com a lei, são pessoas que precisam do nosso apoio. Além do mais, depois desse curso, poderei abrir o meu próprio comércio, é uma renda a mais, irá me ajudar muito”, completou a artesã.

A coordenadora do Creas, Vilma Teixeira, comentou sobre a proposta da oficina de customização e sobre a demanda que chegam para aquela unidade social. “A oficina desde o início do projeto foi alocada com o propósito de ensinar esses adolescentes que estão aqui inseridos, e fazer com que eles aprendam, utilizando-se de sua criatividade, para que mais tarde possam obter a sua geração de renda. Na maioria das vezes, alguns deles, que estão sob a tutela do poder judiciário, cumprindo medidas sócio-educativas, são imbuídos de preconceitos, estigmatizados por uma sociedade arraigada de preconceitos. No entanto, o trabalho desenvolvido aqui no Centro está aberto a toda comunidade que nos procura, como forma de integração social”, enfatizou.

“Participar de uma oficina desse estilo, é muito importante, porque, além de recebermos um acompanhamento psicológico, trabalhar a auto-estima, resgatar a nossa cidadania, o projeto tem como objetivo lançar o jovem no mercado de trabalho. Aqui, aprendi a conviver com outras pessoas e ajudar também, mostrar para elas que existe oportunidade para todos, a gente vê que os jovens que estão inseridos nos programas, seja de oficina de arte ou informática, são iguais e merecem respeito”, destacou Daniela Ribeiro, 17, moradora da comunidade do Castelo Branco e aluna do curso de customização.[/vc_column_text][/vc_column] [vc_column width=”1/3″][vc_column_text] [/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

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